terça-feira, 6 de dezembro de 2011

IRMÃO K - 3 de Dezembro de 2011

Mensagem no Venerável IRMÃO K no site francês:
3 de dezembro de 2011
(Publicado em 4 de dezembro de 2011)

Eu sou IRMÃO K.
Irmãos e Irmãs, presentes na humanidade, eu apresento minhas saudações a vocês.

Eu venho exprimir uma série de elementos que são suplementares ao que eu pude trazer-lhes nas intervenções anteriores.
Minha intervenção se inscreve no contexto do que lhes deu Omraam Mikaël (ndr: O.M. AÏVANHOV) e referente ao Amor.
Isso se inscreve na sequência lógica da maior parte das minhas intervenções com relação a conceitos (que, eu espero, começam a ser-lhes familiares, agora), referentes à Liberdade, à Autonomia, ao conhecido, ao Desconhecido.
Eu vou falar, também (e isso completará o que eu exprimi), sobre o Fogo da personalidade, o Fogo do ego, e o Fogo do Espírito.
Desde que muitos Irmãos e Irmãs começam a viver estados de Consciência que parecem sair, eu diria, do ordinário (da fragmentação), é importante dar-lhes esses elementos, não tanto como elementos de reflexão mental, mas, bem mais, de reflexão da própria Consciência com relação a essa palavra essencial que é a palavra « amor ».

Este amor pode se exprimir de diferentes modos e todos nós o sabemos.
Se vocês bem o quiserem, para a clareza do que eu vou expor (através das minhas palavras e da minha Presença), nós tentaremos compreender o que pode existir como diferença entre o amor que se expressa em meio à personalidade e o Amor que se aplica em meio ao Estado de Ser.
Nós iremos, primeiramente, se vocês o desejarem, tentar apreender, de algum modo, o amor, no sentido o mais comum e o mais nobre, tal como ele é compreendido (vivenciado ou não), tanto por uma consciência humana como pela sociedade, em seu conjunto (e pela própria humanidade, eu diria, em seu conjunto), qualquer que seja a cultura, as religiões, a origem ou as concepções.

O primeiro princípio é compreender (e todos vocês sabem) que o amor é uma manifestação, quase constante, nos Universos, qualquer que seja a Liberdade desses Universos ou o confinamento desses Universos.
Não pode existir (como o especificava de novo A FONTE) qualquer vida, nem qualquer criação, possíveis, sem o amor e sem sua antítese.
Naturalmente, o amor é colorido, sempre, por um conjunto de elementos que pertencem, propriamente, a uma pessoa, que estão ligados, é claro (vocês podem imaginar) à sua educação, à vivência de seus primeiros relacionamentos e comunicações (em meio à sua família, aos seus irmãos, ao seu meio social, ao seu meio afetivo).
Logicamente, o amor vai se colorir, também, das diferentes experiências vivenciadas pela própria Consciência, em sua infância (em sua presença na encarnação), que são, eu diria, circunstâncias que vão favorecer ou constranger, de algum modo, a expressão do amor através das experiências vivenciadas (felizes ou infelizes) e, sobretudo, durante a primeira parte da encarnação.
Obviamente, em seguida, o amor vai se tingir de diferentes acepções que estão, diretamente, conectadas ao que é veiculado por um conjunto de crenças ou de morais (oriundas, elas mesmas, das religiões, oriundas, elas mesmas, dos sistemas filosóficos ou de pensamentos).
Este amor está presente, é claro, em todo ser humano, mesmo naquele que apenas manifestava seu contrário.

Evidentemente, o Amor que nós começamos a falar-lhes (e que corresponde à Luz Vibral) não é, absolutamente, possível de ser sobreposto ao amor existindo em meio à personalidade.
E, no entanto, este Amor, nós tentamos falar-lhes, agora (nós o fazemos, justificadamente, durante este período), porque, graças às experiências que vários de vocês começam a viver, vai se tornar cada vez mais fácil para vocês reconhecer o amor em meio à personalidade (e, então, oriundo do Fogo do ego), do Amor, não altruísta, mas do Amor Vibral, inscrevendo-se em meio à Unidade (que nada mais tem a ver com o amor que se exprime, de alguma forma, em meio à Dualidade).
O conjunto dos relacionamentos humanos pode se definir por uma dose (mais ou menos importante) que existe, de amor ou de não-amor.
Quantas religiões, quantas guerras, quantos desentendimentos (ou acordos) foram produzidos com o próprio princípio do amor?
Parecia, então, que essa palavra fosse indissolúvel e indissociável, na totalidade, de todas as esferas de expressão da vida, em meio a este mundo chamado de 3ª Dimensão.
Todos nós sabemos que o amor (que ele seja entre dois seres, entre dois povos, para com uma religião, para com uma filosofia) se elabora, constrói-se e evolui segundo certo número de sequências que podem ser diferentes, para cada ser, para cada sistema social, mas que vão, por assim dizer, traduzir-se por uma maior ou menor identificação (uma maior ou menor adesão) ao princípio e ao preceito do amor (exprimindo-se, tanto entre dois seres, construído através dos relacionamentos, chamados de laços da carne ou laços de convenções familiares, sociais, morais ou espirituais).

Este amor foi, também, denominado « condicional » por oposição a um Amor que seria, ele, « incondicional ».
Fica, então, pressuposto (e prefigurado, de alguma forma) que todo amor manifestado em meio à personalidade apenas pode se exprimir, se manifestar, através de certo número de condições.
Essas condições, elas são evidentes e caem sob o senso comum, a partir do momento em que, por exemplo, nós falamos do amor de uma mãe para com seu filho ou de um pai para com seu ascendente ou seu descendente.
Existe, portanto, um amor que está inscrito, de algum modo, em uma espécie de sentimento, em uma espécie de laço materno, afetivo.
Existem, também, é claro, relacionamentos de amor entre seres que não são oriundos do mesmo sangue e que, no entanto, se descobrem, através de uma reconexão ou de um reconhecimento (que este reconhecimento recorra a coisas invisíveis ou a coisas mais palpáveis, em todo caso, entre dois seres, como entre dois países ou entre dois indivíduos), de noções que eu qualificaria, de bom grado, de afinidades.
Na realidade, o amor vai se definir segundo certo número de afinidades ou de repulsões.
Todos nós sabemos, também, que este amor vai passar por uma série de etapas que não estão, sempre, no mesmo desenrolar e no mesmo sequenciamento, mas que vão resultar em modificações de percepções e de expressões do dito amor, gradualmente e à medida do que é chamado de tempo que passa.
Todos nós sabemos isso, por tê-lo vivenciado, em um dado momento ou em outro.
Há amores que, quando eles desaparecem, por um final trágico, como o falecimento de um próximo (e eu vivenciei isso, sendo jovem em minha última encarnação), é suficiente para revolucionar, totalmente, as concepções do amor, e representa um choque tão importante que ele leva a se colocar a questão, em sua própria Consciência, desses sentimentos e deste amor que desaparece e que, de um dia para o outro, nos escapa porque ele se torna invisível (não palpável, não manifestado), não dando mais acesso aos sentimentos, nem à comunicação.
Isso, todos nós sabemos.
E depois, existem, também, amores independentes do que é conhecido, palpável e apreciável (e que caem sob o senso comum) com relação, tanto às filosofias, como às espiritualidades (quaisquer que sejam).

O ser humano é um ser de amor, inegavelmente, mesmo em meio à sua personalidade, e é apenas uma falta de amor que vai se traduzir por comportamentos que poderíamos chamar de opostos ao amor (que isso seja o sofrimento, o ódio e mesmo a guerra), que são, de alguma forma, apenas um incompreensão do amor ou da relação.
O que é, evidentemente, bem visível, em meio a todo amor (qualquer que seja, manifestado nesse mundo), é que ele desaparece um dia ou outro, ou pelo desaparecimento do sujeito que é amado (em uma relação afetiva ou ligado à hereditariedade) ou, ainda, na adesão ou na não adesão a princípios, a filosofias, a regras morais ou a espiritualidades ou, ainda, a religiões.
Este amor é, então, uma afinidade que pode se traduzir, também, por uma forma de atração fazendo com que haja uma necessidade, uma vontade de querer, de qualquer modo, comunicar-se e trocar com o objeto ou com o sujeito que cai sob nosso amor, ou que é nosso amor.
Todos nós sabemos que essas relações evoluem por fases, mais ou menos cíclicas, mais ou menos reprodutíveis, que, em geral, terminam, de uma maneira ou de outra, pelo desaparecimento desse dito amor, mesmo se o amor, em certas formas de expressões românticas ou idealizadas, possa durar por toda uma vida.
Mas que pode dizer que este amor vai se encontrar em uma outra vida ou que pode dizer, ainda, que esta relação (que flutuou, em um tempo mais ou menos breve, mais ou menos longo) vai ser capaz de se estabelecer além do desaparecimento do ser amado ou da não adesão a uma religião (por exemplo, para um determinado indivíduo que mudaria de religião).

Entretanto, vocês hão de convir, o conjunto do amor, idealmente, é sempre concebido como invulnerável, indestrutível, eterno.
A personalidade é estruturada (como vocês sabem e como todos nós vivenciamos, em um momento ou outro) como algo que é efêmero, perfectível, e que é, sobretudo, levada a desaparecer, já que jamais a consciência da personalidade pode se estabelecer em uma duração que está além do nascimento e da morte.
Ora, o princípio do amor, tal como é veiculado pela própria consciência, em meio à personalidade, é sempre construído sobre a noção de durabilidade, sobre a noção de eternidade.
Coisa, evidentemente, que jamais pode ser já que ele estará, de todo modo, limitado pela experiência do nascimento e pela experiência da morte.
Podemos dizer, de algum modo, que este amor é um amor ideal, idealizado e cuja consonância, quer gostemos ou não, é sempre marcada, fundamentalmente, por um elemento denominado medo.
De fato, quem poderia pensar amar seu filho, seu pai, seu companheiro (como ele o ama), como havendo possivelmente um fim, como podendo desaparecer, em momento ou outro.
Todos nós passamos por episódios de luto, de perda, de abandono, que nos reconduzem à fragilidade do amor humano, tal como ele é expresso e manifestado (que isso seja através de dois seres, através de um filho ou um ascendente, que isso seja em um sistema social, qualquer que seja).
O amor é, portanto, condicionado, permanentemente, por algo que deve transcorrer em um determinado tempo e trazer, de qualquer forma, um alimento que é trocado (compartilhado), que permite (a dois seres, a duas situações ou a uma religião, em relação àquele que ali adere) um sentimento de satisfação, um sentimento, às vezes, de plenitude.
Mas que, ele também, vai flutuar no tempo, segundo os humores, segundo a possibilidade de se preencher, de algum modo, deste amor, de uma maneira ou de outra.
Este amor está, sempre, ligado (como eu expliquei), é claro, à ATRAÇÃO e à VISÃO (ndr: ver as colunas “protocolos a praticar / Reconstrução do Corpo de Estado de Ser”).

O amor é uma ‘atração’, mesmo neste mundo, em todos os mundos.
Não pode ser de outra forma.
O amor está, evidentemente, condicionado a certo número de sinais que são, ou imaginados, ou pensados, ou reais.
E se exprimindo, essencialmente, pelos sentidos, que esse sentido seja o sentido amoroso, que esse sentido seja o sentido da carne ou, ainda, da adesão a rituais ou a crenças, quaisquer que sejam.
Este amor pode, também, se exprimir em uma plenitude, mas todos nós notamos que esta plenitude jamais é duradoura, e ainda menos eterna, porque ela passa, sempre, por uma satisfação ou uma insatisfação.
O grau de satisfação deste amor ou desta insatisfação está apenas ligado à manifestação (inconsciente, muitas vezes) de certo número de medos que nós podemos chamar, além da atração, de ‘apegos’.

Eu insisti longamente, em minhas últimas intervenções, sobre a Liberdade, sobre a Autonomia, sobre os princípios que são um pouco ao oposto, de certa forma, do que o ser humano, em meio à personalidade, chama de amor.
E, no entanto, será que há uma diferença fundamental entre o amor manifestado pela personalidade e o Amor manifestado, no sentido Vibral, ou no sentido do Coração?
Então, é claro, a linguagem atual emprega as expressões que recorrem ao coração como « ter coração » ou dizer que alguém não tem coração.

E, entretanto, será que é desse coração que nós falamos quando nós falamos do Coração, no sentido Vibral, no sentido do Si, no sentido da Unidade?
Vocês sabem muito bem que aqueles que fazem a experiência da Vibração do Coração jamais podem confundir (nem se enganar) o sentido e a qualidade do Amor que é vivenciado, porque o amor da personalidade jamais poderá ser assimilado ao Amor que se exprime em meio ao Estado de Ser, ao Si, à Unidade.
Então, realmente do Coração, não como o coração concebido enquanto princípio moral, mas em meio a um espaço Vibratório particular (alojado no peito) e se traduzindo por uma modificação, perceptível e completa, da Consciência.

Será que o amor da personalidade pode existir ou coexistir com o Amor do Estado de Ser?
De um conjunto de elementos que lhes foram dados, é evidente que isso é impossível, porque o amor da personalidade está ligado ao eixo ATRAÇÃO / VISÃO.
Ele está ligado ao Fogo do ego, ao Fogo da personalidade, traduzindo-se por uma necessidade de atrito, por uma necessidade de contato, por uma necessidade de visão, de atração, de provas, enquanto que o Amor que está situado (uma vez que a Porta Estreita é atravessada) ao nível do Coração, não tem necessidade de provas já que ele é, ele mesmo, sua própria fonte.

Dessa maneira, então, o amor, no sentido humano e pessoal, reflete-se por uma espécie de atração e de projeção a algo que é exterior, que isso seja o amor de Deus ou o amor de outro ser humano ou de um filho.
Evidentemente, no amor pessoal, existe uma enorme dificuldade para viver o outro, mesmo na empatia e no carisma onde é perfeitamente possível se colocar no lugar do outro, mas sem, no entanto, tornar-se o outro.
E, obviamente, não viria à mente de qualquer personalidade poder substituir (ou se tornar) aquele que amamos já que este amor apenas nasceu na visão e na atração do que é visto, é claro, no exterior de si, mesmo se este objeto, este sujeito nasceu no interior de si (eu penso, em particular, na relação mãe-filho).
Naturalmente, tudo isso é conhecido.
Tudo isso é perfeitamente reconhecido e perfeitamente viável, para todo ser humano, qualquer que seja seu caminho, qualquer que seja sua experiência, onde há a possibilidade de viver uma maior quantidade e qualidade de amor (em função de suas crenças, de suas mágoas, de suas esperanças, de suas experiências).

Existe, portanto, um contexto, por definição, pessoal, à expressão e à manifestação do amor, para um ser humano, em função de suas próprias mágoas, de seus próprios afetos, em suma, tudo o que faz o conjunto da personalidade.
Para muitos de vocês, nós começamos a falar de Luz Vibral.
Nós lhes falamos de Estrelas e de Portas, dos Novos Corpos, das novas estruturas que os levam a experimentar o Amor de outro modo onde não pode mais existir o menor apego, a menor, de qualquer forma, personalização.
Que esta personalização seja o objeto de uma idealização Interior, como de uma projeção exterior através de um ser amado, que isso seja um filho, um parente, uma relação ou uma religião.
Deste modo, passar do Fogo da personalidade (ou do amor pessoal) ao Fogo do Espírito, traduz-se por uma série de mudanças e de reversões que vêm, de algum modo, substituir a um amor por falta (atração), um amor que se estabelece, sobretudo, na ressonância, proporcionando, para os seres que o vivem, a capacidade para Comungar, além dos sentidos, além da carne, além das convenções, além das religiões, em suma, independentemente de toda história pessoal.
O Amor vivenciado ao nível do Coração torna-se, então (como nós lhes dissemos), uma Vibração.
E, sobretudo e antes de tudo, um estado de Consciência profundamente diferente que se manifesta, hoje, tanto mais facilmente, quanto se realiza, em vocês, o que foi chamado de Fusão dos Éteres, permitindo-lhes, de alguma maneira, sobrepor o amor da personalidade (ou expresso em meio à personalidade) e o Amor do Estado de Ser (expresso em meio ao Coração).

Do encontro desse Fogo do ego (e dos conjuntos das características da personalidade) com o Fogo do Amor (ou o Fogo do Espírito ou Fogo do Coração), traduz-se uma espécie de ‘alquimia’.
Esta alquimia se reflete, para a Consciência, por modificações da percepção, bem reais, bem concretas, do conjunto das manifestações afetivas e de amor.
Há, também, paralelamente a isso, a instalação (como vocês sabem, para aqueles que o vivem) de certo número de elementos, fazendo-os dizer que vocês realizaram a Alegria, a Unidade, a Visão do que está além da aparência (pela Visão Etérea ou pela Visão do Coração), levando-os a conscientizar, literalmente, um outro mecanismo da vida (aplicado e explicado, também, pelo Amor), mas que não depende mais de outra coisa senão de si mesmo.
Não em um amor egoísta (contrariamente a um amor altruísta), mas, sim, um Amor que é, de alguma forma, irradiado desde A FONTE, e manifestado, desde A FONTE (como a palavra que eu empreguei), que não tem mais necessidade de projeções, mas, que é, na totalidade, uma introjeção.
A diferença essencial vai se traduzir ao nível dos comportamentos.
Porque o amor pessoal tem sempre, subtendido, a noção de falta, a noção de medo da perda ou a noção de Abandono, enquanto que o Amor, vivenciado no sentido Vibral, satisfaz-se dele mesmo, não ao nível da personalidade, mas da qualidade deste Amor que vem, de algum modo (como vocês sabem), mudar a lei de ação / reação em um estado de Graça aonde o Abandono à Luz (a Renúncia à personalidade) vai se traduzir por uma maior fluidez na vida, por uma maior aceitação do princípio do Amor, não mais confinante, não mais limitante.
Este Amor era para vocês, então, Desconhecido.
E muitos de vocês, hoje, começam a viver isso e a torná-lo, de alguma maneira, um elemento conhecido e, sobretudo, um elemento de aprendizagem, permitindo distanciar (separar) o que é oriundo do amor da personalidade (ou em meio à personalidade) e do Amor em meio ao Estado de Ser ou à Unidade.

Assim, é claro, aquele que não vive o Amor, em meio à Unidade, sequer pode conceber o que é este Amor enquanto ele não o vivenciou.
Porque o amor da personalidade é a única coisa acessível aos sentidos, acessível ao afeto, acessível às emoções, acessível ao mental, mas, também, acessível à carne (ou, ainda, à estrutura causal quando se trata de uma relação amorosa), exibindo, de algum modo, os indivíduos que, no passado, tiveram um relacionamento (qualquer que seja).
Hoje, reproduz-se um relacionamento com uma sensação de já ter visto [“déjà vu”], de já ter conhecido, de reconhecimento e de reconexão.
O Amor Vibral nada tem a ver com isso porque a diferença essencial, como eu disse, é que este Amor Vibral se inscreve no contexto de uma introjeção onde não há mais necessidade de qualquer projeção, no exterior de si, de um amor idealizado ou romântico.
O Amor Vibral se basta, por assim dizer, a ele mesmo.
Ele não é, no entanto, egoísta.
Ele é o altruísta o mais total porque ele é Doação e Abandono, contrariamente ao amor condicional, expresso pela personalidade, mesmo quando ela exprime certa forma de altruísmo.
A diferença, como vocês sabem, encontra-se nos comportamentos e, sobretudo, na Vibração.

Todos nós conhecemos o amor, em meio a uma perda: quando um ser querido desaparece, nós experimentamos agonia, medo, tristeza, depressão, traduzindo-se por percepções corporais extremamente específicas.
Do mesmo modo, quando nós reencontramos um ser que nos é caro e que nós amamos (de maneira mais privilegiada, eu diria), qualquer que seja esta relação (entre pessoas ou em relação a uma religião ou em relação a um filho), há uma espécie de arrepio superficial, uma energia que se põe a circular (e, mesmo, no peito), que estritamente nada tem a ver com a Vibração do Coração e com o Fogo do Coração.
Esta vibração (esta pele arrepiada, este estremecimento) traduz a reconexão ou o reconhecimento, em meio à personalidade, de uma estrutura ou de um indivíduo que foi amado anteriormente, ou reconhecido, nesta vida.
O Amor Vibral não tem o que fazer de qualquer projeção exteriorizada.
O Amor, no sentido Vibral, é um estado de Consciência que se basta a ele mesmo.
Agora, aquele que vive isso, vive a Vibração do Fogo do Coração e se torna, por ele mesmo, em seu estado de Ser, uma irradiação de Amor que modifica o espaço-tempo, que modifica o ambiente, que modifica, até mesmo, a vida da personalidade.
Porque, a partir do momento em que esse Fogo do Coração (pela Fusão dos Éteres ou pela instalação do Fogo do Coração pela Coroa Radiante) ocorre, em vocês, é que vocês começam a ter percepções, cada vez mais claras, cada vez mais lúcidas, além dos sentidos, além de toda intuição e de toda visão (diretamente pela Visão Etérea, diretamente pela Visão do Coração), da realidade do que é o Amor: independente de toda projeção, independente de toda personalização e, sobretudo, independente de toda condição.

Existe um princípio de vasos comunicantes (isso são as palavras que lhes foram dadas) entre o amor pessoal e o Amor do Coração, mesmo se, evidentemente, a personalidade vai chamar de « amor » o que, para ela, representa, de alguma forma, o Amor.
Mas, a representação do amor, no sentido da idealização, no sentido, até mesmo, da relação e da comunicação (mesmo a mais harmoniosa) entre dois seres (entre um pai e um filho, por exemplo), não pode ser, em caso algum, o Amor, no sentido Vibral.
Porque, justamente, existe um laço, que esse laço seja da carne, que esse laço seja kármico, que esse laço seja ligado, tão simplesmente, à projeção exterior do amor.
O Amor é uma Irradiação, no sentido Vibral.
Não é, em caso algum, uma projeção.
Ele confere o que nós chamamos de Alegria, de Samadhi, de Paz, de serenidade, com diferentes expressões (dificilmente traduzíveis no idioma francês) como Sat Chit Ananda ou, ainda, Maha Samadhi.
Jamais uma relação amorosa entre duas pessoas poderá fazê-los viver o Samadhi.
Somente alguns seres foram capazes, em um momento de sua vida, de se extrair de sua personalidade, na totalidade, que isso seja por uma forma de tensão para a Luz ou de tensão para o Abandono (como exprimiu HILDEGARDA DE BINGEN) ou, ainda, este Amor indizível que animava outras estrelas, como GEMMA ou, ainda, SANTA TERESA.
É extremamente difícil, para o comum dos mortais (que nós somos e que nós fomos), poder, de qualquer modo, identificar-se a esta tensão.
Muitas vezes, o Amor Vibral vai nascer de um encontro que está além de um encontro exterior.
Mas é bem mais um encontro Interior que vai expressar, ou a ocasião de um sofrimento (a perda de um ser querido), ou a ocasião de uma dor ou, ainda (como lhes disse SRI AUROBINDO) a ocasião do ‘choque da humanidade’, ou seja, a Fusão dos Éteres ocorrendo ao nível dos corpos, não mais somente no céu, não mais somente na Terra, mas sobre o conjunto da Consciência da Terra e das Consciências que ali são apoiadas e sustentadas.

Existe, então, uma diferença fundamental: é que o Amor, no sentido Vibral, é suficiente em si mesmo.
O que não significa que convém, naquele momento, separar-se de quem quer que seja ou do que quer que seja.
Mas, toda relação (toda comunicação) torna-se transcendida, não por uma vontade de idealização, não por uma vontade de bem, mas porque, tão simplesmente, a relação não acontece mais em uma relação de dois objetos separados, mas Unificados (ou de duas Consciências separadas, mas, sim, Unificadas) pelo princípio da Comunhão, da Graça, tal como lhes foi dado pela Nova Aliança.
Vocês têm, então, a possibilidade, hoje (bem maior do que desde algum tempo) de perceber a diferença, pela sua Consciência, do que é o Amor Vibral e do que é o amor pessoal.
Obviamente, a Consciência que se estabelece em meio ao Amor Vibral vai ampliar e transcender suas próprias relações, vivenciadas em meio ao amor pessoal, não para se libertar (ou se liberar ou romper o que quer que seja), mas, bem mais, para iluminar a relação, bem além de todo laço, bem além de toda condição.
Ou seja, para permitir, naquele momento, viver, por intermédio do Amor Vibral, a Liberação de todo laço e, então, aproximar-se da Liberdade, aproximar-se do Desconhecido e viver a Autonomia e a Liberdade.

Será que isso significa que não há Autonomia e Liberdade em meio a uma relação pessoal?
Isso está perfeitamente correto.
Porque, se o ser humano é honesto com ele mesmo, independentemente do grau de satisfação de uma relação, qualquer que seja (ainda uma vez, mesmo a mais harmoniosa, a mais feliz, a mais autêntica, no sentido da personalidade), ela jamais substituirá a Comunhão que pode ser vivenciada, de Coração a Coração, além de todo laço.
Dessa maneira, então, quando o CRISTO veio, Ele lhes disse que vinha libertá-los da carne.
Ele o ilustrou, aliás, sobre a Cruz, através dessas palavras, que ele dirigiu a MARIA, referindo-se àquele que era, naquele momento, São João, dizendo a ele e a Ela: « Mãe, eis teu filho. Filho, eis tua mãe ».
O que isso significava?
Seria uma transferência de laço?
Absolutamente não.
Era uma transferência do amor pessoal, em meio ao Amor Vibral, pela vivência do Espírito Santo.

A descida do Espírito Santo (ou a polaridade feminina, se o podemos dizer, d’A FONTE, expressa por diferentes termos, e como Ela se apresenta, sobre a Terra, desde agora uma geração), é o elemento motor, de qualquer forma, que iniciou a Passagem do amor pessoal ao Amor Vibral.
Esta Passagem, hoje, está inteiramente realizada para aqueles que o vivem (está em via de realização para aqueles que não o vivem ainda).
Porque, lembrem-se: a única maneira de poder conscientizar a diferença entre o amor pessoal e o Amor Vibral é, evidentemente, viver o Desconhecido, a fim de que isso se torne, para vocês, um campo de experiências conhecido.
Vocês não podem se tornar Autônomos, vocês não podem se tornar Livres, enquanto o Fogo do Coração, enquanto o Amor Vibral não está instalado.
Não pode existir a verdadeira Autonomia, efetivamente, enquanto existe o menor laço situado ao nível da personalidade.
Isso, naturalmente, presume, não uma separação de quem quer que seja ou do que quer que seja, mas, sim, uma revolução interior, levando a reconsiderar os relacionamentos e a substituí-los por uma Comunhão.
Esta Comunhão, que ela seja entre um pai e um filho, entre um indivíduo e outro indivíduo, passa das palavras.
Ela passa dos sentidos.
Ela passa dos comportamentos já que é, justamente, algo que transcende a personalidade, a partir do momento em que os seres que estão nesta ressonância, vivem, eles mesmos, sua própria Comunhão Interior à sua Liberdade, à sua Autonomia, permitindo, então, uma troca (que não é mais uma troca, mas uma identificação) onde o outro se torna, na totalidade, si.
E onde o um se torna o outro, e o outro se torna o um.

A partir do momento em que a Vibração do Coração é ativada e se instala em uma forma de permanência, torna-se cada vez mais difícil, de algum modo, confundir o amor pessoal e o Amor Vibral.
Como vocês sabem, um é confinamento, outro é Liberação.
Evidentemente, as próprias leis deste mundo (que foram, como vocês sabem, falsificadas) através do eixo ATRAÇÃO / VISÃO, vieram substituir o Alfa e o Ômega, ou seja, AL / OD (ou o Fogo do Espírito) por um Fogo da personalidade.
Este Fogo da personalidade inscreve-se em uma noção de ‘limites’.
Esses limites se expressam, tão naturalmente, em meio ao amor pessoal: vocês têm sua mulher, seu marido, seu filho.
Mas o marido de uma não é o marido da outra, e tudo é recíproco.
Um filho que considera que seus pais são seus pais, jamais irá chamar um outro casal de « papai » e « mamãe ».
Esses são, em certa medida, os próprios princípios que associaram o princípio da Ilusão, através dos laços (da hereditariedade, da carne e do sangue, os laços afetivos), exprimindo-se ao nível de memórias de ressonâncias ditas kármicas ou emocionais ou mentais.
Assim, cada sistema social, cada indivíduo, exprimindo-se e criando leis, através da personalidade, dos comportamentos (morais ou imorais), vai fundamentar-se nesta noção do amor e da própria falsificação do amor.
O que não quer dizer, ainda uma vez, que o amor não existe, mas que este amor é condicionante, confinante, limitante e os impede, por ele mesmo, de viver a Autonomia e a Liberdade.
Compreendam bem o sentido de minhas palavras.
Não é se liberando de qualquer laço que seja (decidindo romper o que quer que seja ou com quem quer que seja) que vocês irão encontrar o Amor Vibral.
É, sim, Vibrando e passando no Amor Vibral do Abandono e da Renúncia que vocês irão permitir a uma relação evoluir no sentido de um amor pessoal, de um Amor mais altruísta porque vivenciado, realmente, no Coração (e na Vibração) e não mais nas concepções da carne, da moral, da sociedade na qual vocês estão ou, ainda, da adesão a princípios filosóficos, espirituais ou morais.
A experiência da Vibração é aquela que é capaz de fazê-los, não compreender, porque isso estritamente de nada serviria.
Vocês podem compreender a Unidade enquanto conceito sem, no entanto, vivê-la.
Vocês podem reivindicar a Unidade enquanto conceito sem, no entanto, vivê-la.
Porque a Unidade, como vocês sabem, está além do bem e do mal.
Ela está além do princípio de Atração e de Visão e se situa no eixo retificado AL / OD (ou seja, Alfa e Ômega) e se inscreve em uma retidão que nada tem a ver e que não é absolutamente tributária de qualquer regra social, moral, afetiva, hereditária ou kármica.
A Liberdade é a esse preço.
E é com o que vocês são confrontados, Interiormente: a Passagem da projeção de um amor pessoal à introjeção de um Amor que é a Verdade Vibral e que é a Luz.

Naturalmente, como vocês sabem, todo ser humano que se volta para a espiritualidade reivindica a Luz e reivindica o amor, como um estado de ser que vai poder se manifestar através do conhecimento exteriorizado.
O Amor não é um conhecimento exterior.
O Amor Vibral é um estado de Ser que se manifesta pela Vibração e pela própria Consciência que vem pôr fim à Ilusão de todos os apegos, sem qualquer exceção.
Viver a Liberdade e viver a Autonomia, viver o Amor, no sentido Vibral, necessita não mais estar apegado ao que quer que seja, não mais ser identificado ao que quer que seja, nesse corpo.
Isso significa estar, plenamente, nesse corpo a fim de viver a Liberação.
Ou seja, que naquele momento, não pode ali haver qualquer confusão entre o Amor manifestado e Vibrado, no Coração, e o amor da personalidade.
Porque, em meio ao Coração e à Vibração do Coração, manifesta-se o Amor, no sentido Vibral, que torna livre, que liberta e que mostra, realmente, o que é um amor limitado (contrariamente ao Amor Ilimitado vivenciado no Coração) porque o Amor Ilimitado (o Amor Vibral) jamais irá depender de qualquer circunstância deste mundo.
Então, é claro, aqueles que não vivem isso e que não estão inscritos no contexto da Vibração, mais ou menos permanente, do Coração, vão justificar o amor da personalidade por um lado que todos vocês conhecem, que se chama « o salvador »: ou seja, aquele que vai querer agir para o bem do outro.
Não há nada pior do que aquele que deseja agir para o bem do outro porque ele se coloca, ele mesmo, sob o princípio da Dualidade.

A Unidade Vibral e o Amor, ao nível do Coração, não têm o que fazer desta ‘vontade de bem’, não têm o que fazer desta ‘luta contra o mal’, porque eles se situam, de maneira definitiva e irremediável, além desta oposição, além deste antagonismo, além de todo laço e além de todo apego.
Naquele momento (uma vez que o Supramental, como irá explicar-lhes SRI AUROBINDO, penetrou suficientemente as Coroas Radiantes, o corpo e a Consciência, assim como os corpos sutis), o ser começa a manifestar a Liberdade e a Autonomia, renunciando, e se Abandonando, e atravessando a Porta Estreita.
Naquele momento, os Quatro Pilares (tais como lhes foram dados: do Coração), tornam-se a evidência da instalação em meio ao Coração (ver a coluna “protocolos a praticar”).
Não pode existir Amor Vibral sem Humildade.
A Humildade consiste em nada ser, sobre este mundo, para ser tudo, no outro mundo, como o exprimiu, à sua maneira, o Mestre PHILIPPE.
Vocês não podem estar na Unidade e estar na Dualidade.
Vocês não podem ser Transparentes e ser opacos ao Amor de todos os seres humanos da Criação.
Vocês não podem estar na Pobreza (no Caminho da Infância) enquanto vocês reivindicam qualquer intelecto, qualquer controle ou mestria do seu próprio afetivo, da sua própria vida ou da vida de quem quer que seja.
Na realidade e em última análise, existe uma total oposição e um total antagonismo entre o amor pessoal e o Amor Vibral.

Entretanto, o Amor Vibral deve se confrontar, pela transmutação da Passagem da Porta e da Ressurreição (pelo princípio da Fusão dos Éteres, vivenciado ao nível do corpo), com o amor da personalidade.
E, através desta confrontação (que é mais uma forma de alquimia, uma forma de iluminar, uma forma de Revelação), vai se viver, pouco a pouco, o que vocês chamam (o que nós nomeamos, com vocês) de Translação Dimensional ou Ascensão, que não é nada mais, em última análise (agora que vocês começam a vivê-lo), senão a etereação do seu próprio corpo e da sua própria Consciência, assim como do corpo da Terra.
Este mecanismo de etereação do planeta, assim como seu próprio desaparecimento, enquanto lagarta, acontecem nesse momento mesmo.
Muitos de vocês vivem as primícias, ou seja, um desaparecimento de toda consciência pessoal (podendo, aliás, trazer problema), um desaparecimento de todo amor pessoal e de todos os laços, fazendo-os penetrar no Amor Vibral onde tudo é Liberdade, onde tudo é respeito e restituição da Liberdade de cada um e de cada ser.

Respeitar o outro é deixá-lo Livre.
Respeitar a sociedade é não interferir em uma sociedade dual.
Isso não quer dizer deixar, entre aspas, « apodrecer as coisas » ou, ainda, degradar uma situação, mas é tomar consciência de que, enquanto vocês agem em um sistema que é desejado para a Dualidade, vocês não podem instalar qualquer Unidade.
Viver o Amor Vibral não pode tirar o melhor partido de qualquer amor pessoal.
Evidentemente, isso não é algo que convém aceitar, enquanto princípio.
É algo que convém viver e que culmina, necessária e obrigatoriamente, nesta mesma conclusão: eles não podem coexistir.
Eles podem se confrontar, transmutar-se, alquimiar-se.
Pode ocorrer um processo de Fusão dos Éteres, ao nível da célula, pela descida do Supramental (eu deixarei SRI AUROBINDO exprimi-lo), mas deve se tornar cada vez mais evidente que vocês não podem ser um e outro.
Entretanto, mais uma vez, a relação pessoal tornar-se-á transmutada pela relação do Amor Vibral, que não é mais uma relação nem uma projeção, mas, sim, uma introjeção correspondendo, assim, ao que nós lhes dizemos quando nós estamos no Interior de vocês.
Quando um Arcanjo ou um Ancião lhes diz que estamos no Interior de vocês, isso não é uma invenção da imaginação.
Isso não é uma projeção.
Isso não é uma quimera, mas, sim, uma realidade Vibratória.
Ou seja, quando vocês tomam consciência de que seu filho, de que o conjunto da sociedade, de que o conjunto da humanidade (amigo como inimigo, amado como não amado) encontram-se no Interior de vocês, vocês não poderão, evidentemente, mais entrar em qualquer amor pessoal.
Vocês permanecerão no Amor Vibral que irá lhes conferir a Alegria, na totalidade.
E esta Alegria irá aumentar, gradualmente e à medida de sua aceitação do que foi denominado este Abandono à Luz e esta Renúncia.

Enquanto vocês quiserem expressar ou manifestar o amor, isso será apenas o reflexo da personalidade.
Se o amor escapa de vocês, naquele momento, isso não é mais uma projeção, mas, sim, uma introjeção.
Vocês Irradiam.
Vocês difundem.
Mas, esta Irradiação e esta difusão, vocês tomam consciência de que não são voltadas para outra coisa que vocês mesmos, mesmo sendo o objeto de uma Comunhão entre duas pessoas.
Na realidade, amar o outro é amar-se a si mesmo.
Mas se amar a si mesmo, não é um amor no sentido pessoal.
É um estado de Vibração que confere a Alegria, a Liberdade, a Autonomia total.
É somente naquele momento que vocês poderão decidir, conscientemente, estabelecer-se, de maneira constante e cada vez mais importante, neste Amor Vibral.
Dessa maneira, portanto, o Amor Vibral vai obrigá-los, de algum modo, a desprender-se de todos os conceitos errôneos de todas as transposições do amor, em relação com as mágoas ou com os contentamentos que vocês podem experimentar, em relação a um ser humano, a um sistema social, a um sistema moral, espiritual ou religioso.
Vocês irão compreender, como eu disse em minha última vida, que não existe, para a Liberdade, caminho conhecido.
Que, para viver a Liberdade, não é preciso ser dependente de qualquer crença.
Porque, enquanto existe a menor crença, vocês não são Livres porque a crença (e mesmo no amor, idealizado, de uma religião ou de um salvador exterior ou de um deus qualquer) apenas reflete a incapacidade para viver a plenitude e apenas reflete um vazio Interior referente ao objeto desta projeção do amor para o exterior.
Há apenas muito raros casos onde esta projeção pôde ser vivida com uma tensão para o Abandono, como eu disse anteriormente.

Assim, todos nós somos tributários de relacionamentos que nós podemos dizer condicionais, e eles são condicionados, ainda uma vez, pela educação, pelos laços da carne, do sangue, pela experiência em meio à personalidade e em meio à alma.
Mas a alma jamais será o Espírito.
Isso, eu expliquei.
O Fogo da alma, sobre este mundo, está exclusivamente voltado para a matéria.
O Fogo da alma não conhece o Espírito, pelo menos enquanto não há inversão e Reversão do Triângulo Luciferiano (ou fazendo passar do Fogo da personalidade ao Fogo do Coração), enquanto não há Passagem da Porta Estreita, pela terceira vez, permitindo estabelecer-se no Coração.
Que é, eu os lembro: Liberdade, Autonomia.
Que é Desconhecido.
Que é, sobretudo, satisfação permanente e perpétua (não dependendo de qualquer relação efêmera), principalmente, não dependendo de qualquer humor, de qualquer afeto, de qualquer mental, de qualquer concepção e, sobretudo, de qualquer crença.
O Amor Vibral torna-os Livres e vocês se tornam fortes porque, justamente, não dependente de nada do exterior e, sobretudo, de uma projeção da Consciência no exterior.
O Amor Vibral torna-os fortes porque vocês irão considerar (porque vocês o vivem) que não há diferença e que não há necessidade de qualquer projeção deste Amor para um exterior que apenas existe na Ilusão da consciência deste mundo.

Realizando o Amor Vibral, vocês se aproximam (como isso foi dito por vários Anciãos e por várias Estrelas) do que nós denominamos Alegria, do que nós denominamos Samadhi, da Paz Eterna.
Se vocês raciocinarem bem e se vocês compreenderem bem, além do mental, as relações (quaisquer que sejam, no sentido pessoal) são sempre condicionadas pela sua própria possibilidade de desaparecimento, que isso seja uma relação de casal, de pai a filho, em um sistema social, em uma sociedade ou em não importa o quê.
O que não é o caso desde que vocês passam em meio e ao sentido do Amor Vibral, pela percepção da Vibração, e pelo estabelecimento da Consciência neste estágio particular da Consciência.
Como vocês sabem, as emoções se manifestam no plexo solar.
Uma perda vai se manifestar na garganta.
O corpo vai ressoar e manifestar o que está em relação com o sofrimento, vivenciado no plano da alma e no plano do que é chamado de psicologia.
Aquele que realiza o Espírito não pode ser afetado, de forma alguma, por um estado emocional, por um estado mental.
Então, é claro, para alguns, isso vai se estabelecer progressivamente e, para outros, isso vai ocorrer de um único golpe, porque cada um é diferente no seu processo de integração do Amor Vibral, permitindo-lhe passar de um ao outro e se estabelecer, finalmente, na Vibração do Coração, ou seja, na Unidade e no Si.
A experiência que vocês estão prestes a fazer, individual e coletivamente, leva-os a reencontrar o Amor, não mais como um Fogo pessoal, mas, sim, como o Fogo da Luz, vindo assumir seu lugar e os devolvendo ao seu próprio lugar.

Existe uma diferença essencial, mesmo ao nível das percepções ditas espirituais.
Eu os remeto, para isso, ao que disse NO EYES, sobre o 3º Olho, sobre a visão do 3º Olho e a Visão do Coração .
Podemos, também, falar, novamente, de diferenças ao nível dos sentidos.
Efetivamente, no sentido do astral (ou seja, da personalidade), a visão espiritual do 3º Olho remete-os a mundos extremamente coloridos (extremamente físicos, de algum modo), mesmo estando situados no plano astral.
Ao passo que desde que vocês penetram a Fusão dos Éteres, do seu próprio Éter, desde que vocês passam as Portas do Coração e que vocês se estabelecem, de maneira quase permanente, na Consciência Vibral e no Amor Vibral, existe apenas uma Consciência que não está mais limitada, nem por esse corpo, nem por qualquer corpo.
Vocês estão, naquele momento, na Luz Branca, e o que vocês veem, pelos seus olhos (como quando vocês viajam no Estado de Ser), é apenas a Luz Branca.
Esta Luz Branca não é uniforme, mas, no entanto (e isso é dificilmente exprimível pelas palavras), quando vocês penetram esses mundos, vocês sabem que vocês penetram as Moradas da Eternidade, porque há numerosas Moradas, mas todas essas Moradas, presentes em meio à Luz Unificada, não possuem coloração no sentido em que vocês o entendem.
O som do astral não é o Som, tampouco, nem a Música das esferas.
A Música das esferas, que acompanha o Samadhi, nada tem a ver com a música do astral associada ao 3º Olho.

Tudo isso, é claro, não me cabe desenvolvê-lo.
Cabe-me, por outro lado, dizer-lhes que lhes é, hoje, fácil (e lhes será cada vez mais fácil) de distinguir, pela experiência, o que é o amor pessoal do que é o Amor Vibral.
Esta confrontação, esta Fusão dos Éteres (que vocês têm a oportunidade de viver antes do momento coletivo da humanidade), leva-os a posicionar-se, e, evidentemente, não pode ali haver dúvida quanto ao posicionamento.
Somente o mental vai tentar interferir para dizer-lhes que isso não é verdadeiro, para dizer-lhes que, se vocês se estabelecerem nesta Luz Vibral e neste Amor, vocês irão perder todos os amores que constituem suas relações, seus afetos e seus laços.
Não.
Eles vão, simplesmente, se transformar por uma maior Liberdade, por uma maior Clareza e pela capacidade, também, pelo que vocês se tornaram, para transformar seu ambiente, sem nada desejar, sem nada pedir, mas, simplesmente, pelo que nós chamamos de sua Presença.
O Amor Vibral é transformador, por si mesmo, mesmo em meio às relações limitadas da personalidade.
É o próprio princípio da Inteligência da Luz que é Graça e que não tem o que fazer de sua intervenção, em meio à personalidade.
Hoje é preciso colocar-se a questão: « o que é que vocês querem ser? » e « o que é que vocês querem fazer? ».
« Será que vocês querem buscar uma luz no exterior, ou através de um conhecimento, ou será que vocês querem se estabelecer na Luz Vibral que é Unidade, Simplicidade? ».

A Porta posterior do Coração, denominada KI-RIS-TI, deu-lhes, para muitos, os meios de estabelecer-se (de maneira muito mais direta) no Coração, incitando-os, de alguma forma, pela Espada de MIGUEL ou pela Espada de METATRON (como eles mesmos dizem), a estabelecer-se, ainda mais, no Coração, e a se afastar de tudo o que é limitante, de tudo o que é condicionante, não por qualquer ação da vontade própria que é a sua, mas, bem mais, pela ação direta da Luz.
Ela própria, levando-os (pela Irradiação e pela Fusão dos seus próprios Éteres) a recolocarem-se, permanentemente, sem o desejar, segundo o princípio da Graça, da Abundância, da Serenidade, da Paz e da segurança (não aquela ilusória, ligada a uma condição material ou afetiva, mas, bem mais, ligada ao seu próprio estado de ser), porque é em meio a este estado de Ser que não pode existir a menor falta.

Eis as algumas palavras que eu tinha para dar a vocês e para trazer à sua reflexão e à sua Consciência, não tanto para fazê-los interrogar ou compreender, mas, mais, para verem o que vocês estão prestes a viver ou não viver.
Muito queridos Irmãos e Irmãs, na humanidade encarnada, eu rendo Graças pela sua Presença e pela sua escuta atenta.
Eu os convidaria a reler essas palavras, além da própria Vibração da minha Presença, a fim de situá-los, não intelectualmente, mas, bem mais, pela sua própria Vibração.
Lembrem-se de que o Amor Vibral é evidência, de que o Amor Vibral é Luz, de que o Amor Vibral não é o amor pessoal, mas que vem transcendê-lo, transformá-lo, liberá-lo e torná-lo autônomo.
Eu lhes digo até dentro de alguns minutos.
No Amor.


Tradução para o português: Zulma Peixinho
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