Mensagem do Bem Amado ARCANJO ANAEL no site francês:
14 de maio de 2011
(Publicado em 15 de maio de 2011)
Eu sou ANAEL, Arcanjo.
Bem amados Filhos da Luz e bem amadas Sementes de Estrelas, que a Paz e a Alegria estejam em vocês.
Eu venho, hoje, entre vocês a fim de exprimir certo número de elementos complementares relativos ao que eu introduzi, há dois anos, denominado Abandono à Luz.
Convém, hoje, redefinir e se aproximar, um pouco mais, do que é, e do que representa a vivência do Abandono à Luz.
Principalmente, em relação a certo número de modificações essenciais, de seu contexto de vida, de seus contextos de referência habituais, preexistentes nesta Dimensão, onde vocês estão ainda.
Eu abrirei em seguida, já que minha intervenção será curta, um espaço para diálogo, com relação, exclusivamente, a esse princípio mesmo de Abandono à Luz.
Nós vamos sair do individual e penetrar nos fenômenos que eu qualificaria, hoje, de ‘coletivos’, em relação ao Abandono à Luz.
Um dado evento, ocorrendo na superfície da Terra, implica em certo número de reações adaptadas, frente a este evento, a fim de ali encarar, de encontrar o que é chamado, lógica e muito logicamente, de ‘soluções’, frente a uma alteração que pode constituir tal evento.
O evento principal da história da humanidade, desde dois meses, é, como vocês não podem ignorá-lo, a transformação de certo número de elementos, controlados até agora, em meio à radioatividade, em um processo totalmente fora de controle, do que aconteceu, neste local da Terra chamado de Japão.
Frente a tal evento, é perfeitamente lógico que a humanidade, e principalmente, aqueles que estão em causa, pela proximidade com o tema e com o evento, tentem, de uma maneira ou de outra, minimizar a importância do que aconteceu.
E depois, muito logicamente, tentem encontrar ‘soluções’, para encobrir um problema ocorrido, na verdade, ao mesmo tempo, pelos efeitos dos movimentos da Terra, mas também pelos efeitos das tecnologias do ser humano, utilizadas para o controle, aparente, do que é chamado de ‘átomo’.
Tal evento, obviamente, pode, até certo estágio, ser ignorado.
Daqueles que, em todo caso, não estão expostos, ou não entendem o que está acontecendo verdadeiramente.
Do mesmo modo, alguns elementos, ocorridos de maneira perfeitamente concomitante, e relacionados com as modificações do equilíbrio planetário (representados pelas mortes de animais, pelos fenômenos climáticos cada vez mais intensos), requerem, aí também, ao nível coletivo, uma resposta e uma adaptação, frente a um evento denominado imponderável (ou imprevisto, ou em todo caso imprevisível) vindo alterar o funcionamento da vida, considerada como normal, do ser humano.
A lógica do ser humano é sempre responder, a um problema ocorrido, para tentar ali dar uma solução.
É extremamente penoso, para o ser humano, não poder fornecer uma ‘solução’ a um problema ocorrido de forma individual ou coletiva.
O conjunto da vida, nesta Dimensão, recorre, permanentemente, a tomadas de decisão, a tomadas de soluções, relativas a problemas, ou a fatos, ou a eventos, ocorrendo na vida de cada ser humano.
Isso faz parte da lógica inerente do ‘modo de vida’, em meio a esta 3ª Dimensão específica.
Existe, contudo, certo número de eventos aos quais o ser humano, tanto a título individual como coletivo, não tem qualquer meio de ação.
Apenas podem existir formas de gesticulação, formas de dissimulação, formas de recusa, fazendo com que, coletiva ou individualmente, o ser humano entre em um procedimento de ‘negação’ de um processo, todavia bem real, existindo nesta Dimensão.
Em relação a esse gênero de eventos (sobre os quais é preciso bem considerar que, em última análise, o ser humano, qualquer que seja sua ciência e qualquer que seja sua técnica, ele não pode agir): naquele momento, alguns comportamentos podem ser adotados e adaptados pelo ser humano, permitindo-lhe, aí também, encontrar ‘estratégias’ de adaptação a tal evento.
Isso foi vivenciado, por alguns seres humanos, nas situações de guerra, onde ele precisou sempre encontrar do que subsistir, do que se aquecer, do que comer.
Hoje, a problemática é diferente.
Porque o que vem, e que está já em curso de instalação, não tem qualquer medida comum com um elemento tendo existido, na memória do homem, ou tendo sido, mesmo, considerado, por qualquer suposição ou por qualquer crença.
Os eventos que se sucedem sobre esta Terra têm um caráter de total inevitabilidade.
Isso concerne, também, ao que aconteceu no Japão, como o que acontece em diversos locais do planeta, superando, já, a inundação bíblica de Noé.
Outros fatores, obviamente, vêm engrossar esta lista de eventos, aos quais nenhuma estratégia humana pode pretender se opor ou confrontar.
Frente a esse processo coletivo, o ser humano, situando-se na reação lógica, não pode, em um primeiro momento, ficar conformado.
Ele apenas pode reagir, para, justamente, não ficar resignado.
Esta necessidade de ação está inscrita na lógica mesmo do funcionamento fisiológico de toda forma de vida, na superfície deste planeta.
A estratégia que é então adotada (em relação também a um mamífero, a um ser humano, a um inseto), poderia ser denominada, com razão, uma estratégia de ‘sobrevivência’, visando, antes de tudo, manter uma integridade biológica e psicológica (quando esse é o caso), permitindo, de algum modo, evitar a própria aniquilação, da pessoa ou de um grupo de pessoas.
Este conjunto de eventos, ocorrendo de maneira visível, tangível, existindo como fatos incontestáveis, é acompanhado (e aqueles, que estão aí, o sabem pertinentemente) pela chegada da Luz.
A chegada da Luz, manifestada Interiormente, Vibratoriamente, e em breve em seus céus, de maneira tangível e visível, com seus olhos, traduzir-se-á, aí também, por uma sobreposição de eventos.
Muitos seres humanos não poderão se Abandonar ao princípio da Luz, porque eles serão arrastados, querendo ou não, para uma reação (lógica, ainda uma vez) aos eventos ocorrendo, atualmente, sobre esta Terra.
Para a maioria de vocês, aqui, e que irão ler o que eu digo, é evidente que a chegada da Luz é um mecanismo se assemelhando a um fato vivido, mesmo se ele não é percebido, ainda por seu ambiente próximo, que não vive as mesmas Vibrações.
Paralelamente a isso, vocês o compreenderam, superpõe-se certo número de eventos, procedentes da Luz, traduzindo-se pelas atividades geofísicas da Terra, e também por circunstâncias astronômicas, extremamente precisas, e cíclicas.
Este conjunto de eventos ocorre então de maneira concomitante e simultânea.
Ambos estão sob seus olhos.
Ambos estão sob sua percepção.
Toda questão é, aí também, mais do que nunca, saber, e antecipar (ou viver desde agora), o que poderia ser uma eventual reação de sua parte, ou o que seria, de preferência, um mecanismo de Abandono à Luz.
Há testemunhas, comportamentais, presentes em cada ser humano, permitindo-lhe precisar, de algum modo, seu comportamento em relação à resistência ou à oposição ao que vem, ou então, o que é mais um mecanismo de Abandono à Luz.
Uma coisa é certa, é que quanto mais vocês mergulham nas Vibrações que vocês vivem, mais sua Consciência será capaz de se Abandonar à Luz, e ignorar os fatos que vêm.
Não para negligenciá-los, não para negá-los, mas para compreender o sentido profundo, por trás da aparência do fato.
Portanto, cada ser humano, cada Consciência, vai ser levado, em um futuro muito próximo, em termos humanos, a se posicionar, ou quanto a uma reação inscrita muito logicamente em seu corpo biológico (e então nos reflexos, poderíamos dizer), ou aceitar o efeito da Luz, Abandonar-se à Luz e aceitar, de algum modo, extrair-se de uma Ilusão para penetrar na Verdade.
Então, é claro, aquele que vive a Ilusão como sua única Verdade, não pode conceber que existe outra Verdade.
Eu lhes responderia que a outra Verdade são, antes de tudo, os estados Vibratórios, os estados de percepção que vocês vivem, em seu corpo biológico, independentemente mesmo de qualquer acesso à Verdade, ou seja, de qualquer acesso à Eternidade ou ao Estado de Ser.
Há testemunhas e marcadores, deste afeto biológico, desta pressão biológica, ligados à Luz, manifestados por suas diferentes Vibrações, que permitem antecipar e saber a priori (pressentir, de alguma forma) qual poderá ser seu comportamento frente ao inelutável.
O inelutável que eu falo, pode ser denominado, segundo os pontos de vista, a morte ou o nascimento.
Morte de certas condições, nascimento de outras condições.
Toda vida, aqui como em outros locais, está em perpétua transformação e transmutação.
Indo sempre para mais Liberdade, para mais expansão, para mais possibilidades, porque a Vida é perfeita desde o início, e ela tem apenas que realizar esta perfeição no conjunto das possibilidades, e no conjunto das Criações.
Só o espaço onde vocês permanecem, no momento, é finito, é confinado, é limitado.
A limitação, como toda coisa, ao nível do ser humano, é um ‘campo de experiência’.
O campo de experiência cria, por ele mesmo e por sua repetição, um processo de confinamento sobre si mesmo, fazendo com que todo elemento irrompendo em meio a este equilíbrio (desta adaptação realizada, qualquer que seja), virá modificar o equilíbrio existente, e provocar então, uma ‘reação’, que vem, muito naturalmente, se opor ao Abandono à Luz.
Lembrem-se: o que a lagarta chama de morte, a borboleta denomina nascimento.
E que vocês são, ao mesmo tempo, a lagarta e a borboleta.
O momento em que a Luz se manifesta em vocês, por esta pressão biológica e por esta percepção de suas Vibrações, o momento em que (para aqueles que buscam, em todo caso, a informação correta), desde o início deste ano, as mortes de animais, o número de sismos, o número de vulcões, o número de revoltas humanas, o número de acidentes, nucleares e outros, vão ao sentido de uma mudança importante da humanidade.
Esta mudança importante, vocês são afetados, ou vocês não são afetados.
Novamente, se vocês estão a milhares de quilômetros do local onde ocorre esta transformação, obviamente, vocês podem considerar que isso não lhes diz respeito algum.
Chegará o momento, muito próximo, em que toda a humanidade será, de maneira conjunta, tocada.
Naquele momento, se lembrem, qual é o ponto de vista que vocês adotam?
Aquele da lagarta irá arrastá-los nas reações permanentes, na elaboração de estratégias de sobrevivência, de manutenção de alguma forma de vida, em detrimento da Luz.
O ponto de vista da borboleta irá levá-los, coletivamente (em todo caso para a franja da humanidade aberta e Desperta), a viver esta transformação em plena lucidez, e em plena aceitação.
O ego do ser humano é assim construído, de maneira artificial, a se conceber como confinado e limitado, não podendo admitir o que quer que seja de exterior às suas próprias áreas de experiência, ou às suas próprias áreas de crença.
Há então, vocês o compreenderam, através deste período que se abre, uma oportunidade única de viver a Liberação, e a Liberdade.
Mas, compreendam bem, como lhes disse Omraam (ndr: Omraam Mikhaël AÏVANHOV), que vocês não podem permanecer, sobretudo agora (e vocês o constatarão cada vez mais), entre duas cadeiras.
Vocês devem ir firmemente, para o que, sua consciência lhes pende.
A passagem da lagarta para a borboleta apenas pode se realizar, de maneira perfeita, se o Abandono à Luz tornar-se total.
Isso significa, e pode se traduzir, pela intervenção, é claro, do ego em meio mesmo à sua vida de Luz.
Traduzindo-se, ou por pensamentos opostos à Luz, ou por pensamentos de negação, ou de degeneração, de suas próprias percepções biológicas, de suas próprias Vibrações.
O mental, o emocional, são assim feitos, eles buscarão arrastá-los para o medo, para a reação, para a ação, voltada para este mundo, e não voltada para seu Ser Interior.
Eu não voltarei sobre a noção de Amor e de Serviço, representada pela Vibração real do Ser, mas eu prossigo sobre esta noção de Abandono à Luz.
O Abandono à Luz, alguns de vocês o vivenciaram, a título individual, com ou sem resistência, permitindo-lhes estabelecerem-se em meio à sua Vibração atual da Consciência.
O mecanismo coletivo de Abandono à Luz representa, de certa forma, outra intensidade de Consciência.
Porque ela não está mais ligada a um grupo de indivíduos, mas a uma totalidade de indivíduos, a uma totalidade de Consciências, correspondendo ao conjunto da humanidade, que poderíamos denominar, de algum modo (e englobando também os animais), a Noosfera, que é a esfera de Consciência da Vida da Terra.
Esta Consciência de Vida da Terra, pertinentemente, ela alcance o fim da Limitação, ilustrado pelas partidas em massa de animais, de mamíferos marinhos, reconectando sua Dimensão de Eternidade.
O ser humano não escapa desta regra.
A questão é saber qual é a força de Amor, e de potência de Amor, que irá surgir de vocês, a fim de limitar, de algum modo, sem se opor, as forças de resistência ou de contração à Luz.
Minhas palavras têm por objetivo atrair sua atenção sobre esse processo.
É preciso, aí também, aceitar ver de frente, e claramente, as coisas.
O que não quer dizer ali se implicar.
Na verdade, qual é sua possibilidade de ação sobre a radioatividade?
Exceto tornarem-se vocês mesmos radioativos, e então Luz.
Qual é sua possibilidade de ação diante de um muro de água de mais de cem metros de altura?
A questão não terá tempo de ser colocada, naquele momento.
Ela deve, já, colocar-se no Interior de vocês mesmo, enquanto exame de sua própria Consciência (estado de ligações, se vocês preferem, da personalidade e do Espírito), permitindo-lhes saber, muito precisamente, onde vocês estão, e onde vocês estarão, no momento do Abandono final da humanidade à Luz, e do derramamento final da Luz sobre esta Terra.
Através de sua própria vida, através do que vocês vivem, em seu ambiente o mais próximo, qualquer que seja, é-lhes dada oportunidade de testar (em tempo real, de algum modo), sua capacidade para Abandono à Luz.
Vocês são capazes de se instalar no Instante?
Vocês são capazes de superar o medo do amanhã?
Vocês são capazes de superar o medo da privação?
Vocês são capazes de superar, de algum modo, seus últimos apegos?
Coloquem-se claramente a questão.
Isso irá lhes permitir, através de emoções que podem nascer, colocando-se esta questão, ou atividades mentais que podem nascer, ou justamente a ausência de emoção e de reação, vocês poderão, de maneira quase perfeita, determinar aí onde vocês estão, em relação ao que vem.
As circunstâncias de sua vida, tais como vocês são levados a viver, cada um de vocês, hoje, desde algumas semanas ou alguns meses, mostram-lhes, de maneira extremamente precisa, o que acontecerá para vocês, no momento global.
Não há melhor possibilidade de observação do que sua própria vida, neste momento mesmo.
O que quer que a vida ofereça a vocês, isso lhes é oferecido por força da Fusão dos Éteres, da conexão Interdimensional realizada para a Terra, e para vocês mesmos.
Permitindo, a partir desta noite, colocar em operação a parte terminal do trajeto indo do topo de sua cabeça ao Bindu, e permitindo-lhes, assim, serem fecundados pela Energia Metatrônica, que é, pode-se dizer, uma Liberação.
Liberação do Espírito.
Sob a condição de que o Espírito predomine sobre a personalidade.
O Espírito é Doação.
A personalidade não é doação, é apropriação.
O Espírito é Liberdade, Liberação, e Alegria.
A personalidade é sofrimento, tristeza, e ausência de Alegria.
Conforme seus momentos passados na paz, em quantidade e em qualidade, e conforme seus momentos passados na preocupação, no medo, na emoção, ou no mental, em quantidade e em qualidade, vocês estão aptos, totalmente, durante este mês, para determinar qual maneira irá se viver o que vocês têm a viver.
O objetivo, é claro, não é viver por antecipação, mas sim perceber, desde já, os efeitos, sobre seu corpo biológico, e sobre suas estruturas mentais e emocionais.
Isso lhes dará uma visão geral confiável do que lhes aguarda.
Esta visão geral confiável do que lhes aguarda, pode, evidentemente ser modificável por sua própria Consciência, que irá decidir, naquele momento, ir ou não para o Abandono à Luz.
A tranquilidade do mental, a tranquilidade das emoções, é um marcador, hoje, também importante, senão mais, do que sua própria capacidade de percepção do corpo biológico através das Vibrações.
Diante das vicissitudes da vida comum, a maneira mesmo que vocês têm de se comportarem, traduz, e mostra, antecipadamente, a maneira que vocês irão se comportar ao nível coletivo.
Vocês têm então, em vocês, e como sempre, todos os meios de darem-se conta, por vocês mesmos, do que resta em vocês de apegos, do que resta em vocês de noção de território, de confinamento, de limitações, de engramas (ligados às suas vivências, desta vida como de outras vidas).
Insistindo no fato que não há que trabalhar em cima, de uma forma ou de outra, mas sim aceitar olhá-los de frente, vê-los, porque a Luz, então, irá transcendê-los.
Vocês não podem mais nada esconder.
Vocês não poderão mais nada esconder, a vocês com aos outros.
A instalação da Luz torna Transparente.
Ou então, resistente, e opaco.
A Transparência é fácil
A opacidade tornar-se-á cada vez mais difícil.
Portanto, hoje, cada Consciência humana, olhando o que ela vive, vai poder determinar, de maneira muito precisa, o que ela haverá de viver no momento do Abandono coletivo, ou do não Abandono coletivo, à Luz.
Eis os alguns elementos, muito simples, que eu tinha para dar a vocês.
Eu o faço enquanto Embaixador do Conclave, preparando-os para seu próximo mês, e, sobretudo, para a intervenção do Arcanjo METATRON.
Se existem em vocês, e em relação a isto, perguntas, então eu escuto.
Questão: quando um evento é criado pelo ego, ele é proposto pela vida como teste?
Sim.
Poder-se-ia quase dizer inteiramente.
Hoje, a Luz permite que a lei de Atração e de Ressonância manifeste-se a vocês.
Assim, o que quer que lhes aconteça, particularmente hoje, ou seja, neste período, esse evento será significativo.
Não como uma acusação, não como uma culpa, mas, bem mais, como um elemento iluminador, para integrar e superar.
Integrar e superar não querendo dizer compreender dele o significado, o sentido, cármico ou outro, mas, bem mais, como uma iluminação, para olhar de frente.
Olhar de frente um evento da vida, mesmo submetido pelo ego, permite superá-lo pela Luz.
É também uma regra muito simples.
Como saber se é o Espírito que fala ou a personalidade?
Eu serei, de algum modo, muito abrupto.
Se vocês não veem diferença alguma, segundo seus estados, segundo os dias e segundo os eventos, se vocês não são capazes de distanciar e de diferenciar outro estado de Consciência produzindo-se em algumas ocasiões, é que o que se desenrola em sua vida faz-se sob a influência do ego.
Apenas aquele que, de uma maneira ou de outra, tocou o Espírito, é que se torna capaz (pela diferenciação e distanciamento) de compreender, e viver, o fato de que ou ele está no ego ou no Espírito.
Mas, enquanto essa Dimensão do Espírito não foi vivida, ao menos uma vez, obviamente, todos os eventos desenrolam-se sob a influência do ego.
Somente o Abandono à Luz (de que falei há dois anos) permite, justamente, fazer a distinção e a diferença dos momentos e instantes em que vocês estão no Fogo do Espírito e dos momentos e instantes em que vocês estão no fogo do ego.
Não para condenar ou reprimir o fogo do ego, mas para efetivamente estar e aceitar estar, lúcido, sobre o que acontece.
Questão: como as forças do Amor podem nos ajudar a superar os limites da personalidade e a nos engajar no Abandono à Luz?
Bem amado, o Abandono à Luz realiza-se apenas por si mesmo.
O Amor pode apenas propor-lhes a Luz, mas é você mesmo que acende sua Luz.
Nós estamos, aqui, bem além de um amor conceitual, nós estamos bem além de um amor no sentido humano.
É por isso que nós preferimos a palavra Luz Vibral, ou amor Vibral, ilustrando a tonalidade específica desse Amor Unitário, conduzindo-os a superar e a transcender as noções de personalidade, as noções de fogo do ego.
As forças do Amor (como você as nomeia) estão aí apenas como testemunhas, permitindo-lhe, se as aceita, iluminar-se a si mesmo.
Mas não se esqueça que o Fogo do Espírito ou o Fogo do Amor, para o ego, assinala sua destruição.
A passagem do ego ao Espírito é uma Transcendência total.
Procedendo por pequenos toques, até o presente, mas indo proceder, cada vez mais, por toques cada vez mais violentos, permitindo-lhes, justamente, como eu o dizia, efetivamente distinguir o que é do domínio do ego, o que é do domínio do Espírito, a partir do instante em que vocês a tiverem vivido uma primeira vez (se não foi já feito).
Questão: a título de solidariedade, pode-se doar sangue?
Bem Amada, as circunstâncias coletivas de que falo não lhes permitirão esse gênero de doação.
Agora, além da questão aparente há a questão: Pode-se doar sangue? Ou: Deve-se doar sangue?
A resposta é eminentemente pessoal.
Ela é eminentemente função das circunstâncias.
E ela engaja a Consciência do doador, como do receptor.
Agora, lembrem-se de que as circunstâncias de que eu falo são sem qualquer medida comum com os eventos habituais, como eu disse, vividos pela humanidade.
Questão: tendo-se o vislumbre do que acontece no Japão, pode-se projetar o que será nosso próprio fim como lagarta?
É necessário, efetivamente, compreender algo, Bem amado.
Cada fim de um ser humano, no curso de sua encarnação, é diferente: doença, acidente, velhice.
As causas são inumeráveis, e vocês as conhecem.
Há uma diferença essencial, em relação ao processo coletivo engajado atualmente: é que, no caso da morte (habitual, eu diria), vocês desaparecem, mas o mundo continua.
Aí, o que vai acontecer é estritamente o oposto: o mundo desaparece, mas vocês, vocês continuam.
Como vocês querem continuar, se o mundo não existe mais, tal como vocês o conhecem?
O que isso significa?
Isso significa, simplesmente, que a borboleta evolui num outro mundo.
Não há, portanto, que se colocar a questão de uma projeção em seu próprio fim, uma vez que isso nada tem a ver.
O novo Nascimento concerne ao desaparecimento da Ilusão.
Ora, nesse mundo, tudo é Ilusório, mesmo esse corpo, que é sua própria projeção e, no entanto, o Templo Interior, onde se efetua a Transmutação.
Portanto, se a Ilusão desaparece, se o conjunto do mundo desaparece, o que resta?
A Consciência, e unicamente a Consciência.
Que fazer com essa Consciência?
Isso, obviamente, vocês saberão e viverão no momento vindo.
Mas ainda é necessário estar totalmente lúcido sobre isso.
Ou seja, não são vocês que morrem.
Não são vocês que perdem a Consciência.
Mas é a Ilusão que morre e que desaparece.
E isso concerne ao conjunto da Humanidade.
Então, é claro, aquele que estiver centrado, unicamente, nos eventos elementares (ocorrendo no lugar onde ele está ou em outros lugares) e que não tem a capacidade de tornar-se borboleta, ele se tornará, necessariamente, depois.
O sentido é profundamente diferente, de tornar-se borboleta antes, durante, ou depois.
Porque antes, durante ou depois assinala, simplesmente, sua Evolução na Consciência Ilimitada.
Se é após, isso se fará sobre mundos ditos carbonados, mas unificados.
Se é antes, isso pode traduzir-se pelo que foi chamado, por seus sábios e místicos, a Dissolução Bramânica, a Fusão no Tudo.
E se é durante, então, naquele momento, a possibilidade, tanto de aceder a essa Dissolução como simplesmente penetrar os espaços Ilimitados da Criação.
Mas compreendam, efetivamente que o que é fundamentalmente diferente é que não são vocês que desaparecem do mundo, mas é o mundo que desaparece de vocês.
E isso é profundamente diferente.
A Luz (chamada também partículas Adamantinas, Ultravioleta, irradiação do Espírito Santo, da Fonte, pouco importam os termos e as palavras que vocês empreguem) não é desse mundo.
Ela se revela nesse mundo, desde algum tempo.
Ela permite a Transmutação que vocês vivem ao nível Vibratório.
E, portanto, a mudança de estado de consciência.
A Luz foi desviada desse mundo, pouco importa os modos.
Esse mundo, Ilusório (Maya, como dizem os Orientais), é um mundo que não existe.
Na hora em que seus cientistas descobrem que as irradiações (do sol, da luz, do cosmos) mudam a matéria, o que era impossível de pensar, imaginar ou conceber há ainda alguns anos, tornou-se uma realidade.
Que faz a Luz?
Ela faz desaparecer os jogos de Sombra e de Luz.
Ela faz desaparecer, portanto, o que pertence a essa densidade falsificada.
Eu repito, ainda uma vez: não são vocês que desaparecem, mas é o mundo que desaparece.
E é exatamente assim que isso acontecerá.
Assim como o viram numerosos profetas.
Assim como o chamou, de modo humorístico, o Comandante: «o planeta grelha» (ndr: O. M. AÏVANHOV).
O planeta grelha não vem destruir a vida, mas fecundá-la e permitir-lhe renascer.
A dificuldade, e a única dificuldade, é o não Abandono de tudo o que é Ilusório e efêmero.
Esse corpo, que é seu Templo, é efêmero.
Ele não é eterno.
Suas relações não são eternas, elas duram o tempo da Atração.
Os ciclos da humanidade e das diferentes civilizações jamais foram eternos.
A Eternidade não faz parte desse mundo.
Vocês estão sobre esse mundo, mas vocês não são desse mundo.
O Abandono à Luz permitir-lhes-á encarar esse momento como deve ser: em seu exato alcance e em seu exato valor e em sua exata finalidade.
O momento da Autonomia.
O momento da Liberdade e da Liberação.
Agora, vocês devem vivê-lo em plena Consciência, em plena Lucidez.
E vocês devem vivê-lo, além disso, de maneira sincrônica, com o solo de onde vocês estão e com o planeta, em sua totalidade.
O que deve realizar-se é, portanto, esse Abandono coletivo à Luz.
Que ele seja desejado ou não, ele se realizará.
Não se esqueçam, tampouco, que os pensamentos do humano são condicionantes e que vocês penetrarão os espaços da Criação Ilimitada e Instantânea.
Se vocês passam um tempo atual, precioso para sua evolução, a construir um mundo melhor, a passar seu tempo projetando sua consciência e sua energia num mundo melhor, vocês não podem aceder ao novo mundo.
Aí está o paradoxo, de algum modo.
De continuar a estar Presente, Aqui e Agora, na Atenção e na Intenção desse Abandono à Luz, estar liberado de todo apego e, no entanto, Amar, em toda Liberdade, o que vocês são.
Os testemunhos, os marcadores, eu os dei.
Quanto mais vocês vão para seu desapego, mais vocês irão para sua Existência e sua Eternidade, mais vocês aceitam sua Autonomia e sua Liberdade, mais vocês são capazes de viver a Paz.
Não temos mais perguntas, agradecemos.
Bem amados filhos da Luz, Bem amadas Sementes de Estrelas, que o Amor, a Paz e a Alegria sejam seu guia e sejam sua Natureza.
Eu lhes digo até muito em breve, mas eu volto, Vibratoriamente, em vocês, em alguns minutos, para participar de uma Efusão e de uma Comunhão.
Até muito em breve e até já.
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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