Uma mensagem da Mãe Terra/Gaia canalizada por Pepper Lewis em 1º de Maio de 2011
Desejo-lhes um bom dia! Começamos este tópico com a exploração de um assunto que, de certa forma, tem sido considerado mítico, meio folclórico e meio parte dos mistérios antigos, e que, nos tempos modernos, seria inclusive considerado ficção científica. É claro que o assunto diz respeito a tudo isso e a nada disso, como logo descobriremos. Decidi, intencional e espontaneamente, apresentar-lhes este tema sem a ajuda do canal, pois desejava desvendá-lo de forma graciosa para vocês, de modo que enxergassem todos os seus aspectos.
Agora lhes direi que começaremos a explorar aspectos de uma espécie de “magia negra” – da fascinação que a humanidade tem pelo que está do outro lado do véu e que pode ser considerado de natureza sombria. Onde está o poder desses aspectos sombrios? Qual é a sua importância? E por que são celebrados?
E agora lhes direi que o nome que daríamos a este tópico, para que o assunto comece a se desenrolar, seria aquele que normalmente é considerado o tema dos vampiros. É claro que, para deixá-los sossegados, direi que, na verdade, não existem tais criaturas, não existe tal coisa – não da forma que é descrita atualmente, nem como era descrita há muitos tempo atrás. Entretanto é um tema mais velho do que o tempo – não apenas neste mundo, mas em outros também – então devemos nos perguntar o motivo disso.
O INCONSCIENTE EXPLORA A NATUREZA HUMANA ATRAVÉS DA MITOLOGIA
O que há neste tema que seja tão fascinante para humanidade, que faz com que ele continue vivo nas estórias e na mitologia? Bem, de certa forma, ele tem a ver com o seu inconsciente – um aspecto do inconsciente que permanece ignorado até certo ponto. Como permanece ignorado, ele precisa encontrar outro modo de vir à tona e, então, basicamente, encontra seu caminho e se faz ouvir dentro e através de todas as culturas. Este aspecto do seu inconsciente – seja ele medo ou uma fascinação pelo desconhecido ou pelo que está do outro lado do véu – encontra uma voz e uma qualidade visual e, mesmo sendo uma ilusão, se apresenta.
Agora, nos dias de hoje, quando você olha para sua própria imagem no espelho, é provável que queira apagar alguns traços que o caracterizam, um ou dois quilos extras, ou algum elemento que julgue imperfeito na sua aparência. Bem, aí você tem a verdadeira imagem do vampiro atual, pois se for ver suas imagens modernas, vai notar que ele é retratado como um jovem forte, simpático ou de bom aspecto. Ele é sedutor, forte, inteligente e – claro – é eternamente jovem. Esta é a imagem moderna do vampiro.
Naturalmente, para os corações jovens, para as mentes jovens, esta imagem parece extremamente atraente… e para os outros também. E então eles imaginam: “Será que, se eu vendesse minha alma para o lado escuro,” [risos], “se eu vendesse minha integridade, quanto ela valeria? Será que valeria uma bela aparência por toda a eternidade? Que valor ela terá?” Desta forma, o inconsciente explora o valor da sua integridade, da sua própria imagem e de tudo que é considerado importante no mundo terreno.
Então, por que estamos investigando este assunto? É importante dizer. “Oh, Gaia, existem tantos assuntos maravilhosos e espirituais para serem explorados!” Bem, este também é, justamente porque não se fala nisso. Este tema se mantém velado, principalmente entre aqueles que se consideram de categoria superior e da mais alta integridade. Mas, veja, quando você não está vivendo de acordo com a sua verdade mais elevada, onde você se encontra? Quando não está vivendo de acordo com seus ideais mais elevados, onde está você?
Quando você está explorando as idéias da sua cultura, como a acumulação de riqueza, beleza ou conservação da sua imagem eterna através do rejuvenescimento, ao mesmo tempo em que uma parte secreta de você acha que isto é correto – bom para se fazer, bom para se considerar – existe outra parte de você que diz “Oh, este é um pensamento muito vaidoso!”, ou “Este é um pensamento muito mundano! É melhor mudar meus pensamentos para questões mais espirituais ou me preocupar em manter a minha integridade ou em transformar o mundo num lugar melhor.” E como você não se permite considerar os pensamentos inferiores ou os motivos inferiores – porque realmente acredita que já os superou em muitos aspectos – o seu subconsciente continua a levá-los em consideração e a se comparar com eles, para ver onde ele se encaixa.
Veja, ele precisa fazer isso. Ele realmente não pode considerar apenas o que é da luz ou do sol, senão o seu ser verdadeiro, o seu ser eterno, se afundaria mais no caos, sairia mais do equilíbrio. Então, para que isto não aconteça, seu inconsciente considera todas as qualidades da sua natureza. Ele sempre fez isto. Todos esses aspectos não são tanto uma parte da natureza humana, mas partes da própria natureza. Eles fazem parte da natureza da Terra, e cada dimensão tem seu próprio modo de avaliá-los. Cada dimensão considera a escuridão como uma extensão de si mesma ou como uma matéria escura. E, ao começarmos a examinar este assunto, veremos que, para aqueles que eram desinformados, há muito tempo atrás, matéria escura e magia negra eram consideradas semelhantes.
É claro que você pode abordar este assunto como desejar, mas o orientarei dizendo-lhe que a melhor forma de fazer isso é se permitindo realmente levar em conta os aspectos mais mundanos da natureza, sem chamá-los de “fragilidades da natureza humana”. Estes aspectos são simplesmente uma parte da própria natureza, e estes seres – tanto como são interpretados no folclore ou na mitologia, quanto os aspectos deles que podem ser considerados reais – fazem parte de você também. Eles são parte da humanidade; são parte dos pensamentos da humanidade. Você compartilha o seu mundo com a luz e com as trevas, com as mentes mais refinadas e os ideais elevados, bem como com algumas vibrações inferiores.
A ORIGEM DOS CONTOS DE MORTE E RENASCIMENTO
Assim, dizemos que este tema tem dois fatores associados à sua popularidade: um é a representação da sexualidade, e o outro é um aspecto que chamaremos simplesmente de “mortalidade”; quer você acredite ou não no seu ser mortal, essa parte de você continua a viver além da existência do corpo no terceiro plano. Mais uma vez dizemos que, embora você possa pensar que o próprio assunto é uma ilusão, um vôo da imaginação, ou um pouco de loucura, eu lhe digo o contrário. Digo-lhe que quanto mais você se aproxima da quinta dimensão, mais todos esses aspectos da natureza humana e da própria natureza, dos aspectos mais sombrios da personalidade ou do eu – luxúria, egoísmo, auto-engrandecimento, todos estes – devem ser examinados o máximo possível e explicados.
Em essência, é isto que a humanidade está querendo fazer consigo mesma. Ela está tentando explicar o mundo para si mesma. E, naturalmente, o mundo é feito de muitas coisas: aquelas que são vistas, aquelas que não são vistas, aquelas que são vistas raramente e aquelas que apenas alguns seres podem ver e outros não. Como você sabe, algumas coisas que são invisíveis para uns são bem visíveis para outros. O irreal é real, dependendo de quem investiga o assunto.
Levando o nosso tema a um passado muito distante, como temos feito em algumas das nossas pesquisas (eu disse que este tema também é considerado em outros mundos, mas deixaremos esses casos de lado e trataremos apenas de como a humanidade e os antigos têm se relacionado com esse assunto), toda nação em particular, toda história particular e toda cultura tem sua própria variação de estórias de morte e de mortos-vivos – ou daqueles que simplesmente partiram amorosamente. Naturalmente agora algumas dessas caíram no tempo do mito; na verdade, isto aconteceu com a maioria. Mas vamos abordar a realidade ou os aspectos históricos e como eles vieram a ser conhecidos ou tecidos na sua História.
Na verdade, alguns contos vêm dos tempos antigos, e os mais antigos dos quais iremos falar são os das escolas dos templos dos babilônios. Aqueles que viveram naquela época entendiam que havia uma mudança de estações, assim como todos hoje sabem. Mas, naqueles tempos, eles acreditavam mais em duas estações: a estação mais luminosa e a estação mais escura, ou a estação do crescimento e a estação do repouso. Às vezes, a estação do repouso era também considerada um período em que tudo parecia estar morto.
Naturalmente, entre os instruídos, havia certo entendimento de como as coisas crescem e se regeneram e passam por uma variedade de ciclos, mas entre os menos cultos, este não era o caso. Quando algo não estava crescendo, simplesmente parecia estar morto – não adormecido, não num estado regenerativo, mas simplesmente morto. Foi assim que eles começaram a querer agradar os deuses ou até aqueles que eram mais cultos entre eles e que podiam lhes mostrar como regenerar uma semente e como levar a quantidade apropriada de água ou luz solar, ajudando os menos instruídos. É claro que aqueles que desejavam ser levados em alta consideração e elevada estima se asseguravam de aparecer no momento em que a nova estação já estava prestes a chegar, quando tudo estava prestes a voltar a florescer com vida, de modo a parecer que eles estavam fazendo sua mágica ou algo do tipo. Isto impressionava os outros, e eles, no mínimo, ganhavam um pedaço de terra ou uma boa reputação… algum benefício eles recebiam.
Nessa época, em especial, surgiram dois deuses diferentes, como vocês bem conhecem, da sua própria perspectiva histórica. Na Babilônia havia uma doutrina que permitia a existência de dois reinos: um deste mundo, ou o mundo dos vivos; e outro do mundo do além, ou o mundo dos mortos. Acreditava-se que um trazia as pragas, enquanto o outro trazia vida. Naquele tempo, Ereshkigal era conhecida com a irmã ou contraparte de Ishtar, e era vista como o símbolo particular da natureza durante a estação não produtiva, durante a estação inerte.
Aqui vocês têm os dois opostos, um contra o outro, pois pensava-se que essas duas irmãs competiam uma com a outra; uma desejava dar vida a todas as coisas, e a outra vinha na estação das trevas, ou estação dos mortos. Naturalmente devia haver algo que pudesse ser feito para banir a irmã “má” do reino e oferecer todas as glórias à deusa “boa”. Embora houvesse um ou dois feriados ou celebrações nos quais havia uma reconciliação entre a luz e as trevas – certas ocasiões em que ambas compartilhavam as honras e ambas eram reconhecidas como governantes da terra – é claro que uma tinha que ser declarada vencedora, e assim, mais uma vez, uma delas precisava ser banida.
Portanto, muito antes de vocês terem suas atividades de Halloween, o Hallow’s Eve [Véspera do Dia de Todos os Santos] e tudo mais, já havia certos dias do ano ou momentos em que a luz e as trevas existiam como unidade. Existiam determinados dias, determinado momento, em que as portas se abriam e elas não estavam em conflito nem em guerra uma com a outra e, em essência, reconciliavam suas diferenças pelo bem de todos.
UMA METÁFORA TRANSFORMADA EM MITO
Esse é um exemplo que lhes ofereço e que deu início à tradição há muito tempo atrás. Então agora podemos continuar nossa viagem pela perspectiva histórica e avançar rapidamente para o período que pode ser chamado de Alta Idade Média, a Idade Média no seu ponto mais elevado. Usemos nossa imaginação para nos levar à Grã-Bretanha, à Europa Ocidental e à Irlanda, e lá encontraremos, mais uma vez, vários tipos de representações medievais dos vivos e dos não vivos daquela época. E, naturalmente, nessas estórias havia muitos aspectos associados àqueles que caminhavam entre os vivos, mas não eram.
A maioria dessas estórias tinha a ver com aqueles que eram considerados malfeitores, aqueles que podiam ser retratados como perversos ou presunçosos, e especialmente aqueles que espalhavam doenças ou eram chamados de “infiéis”, pois este também era um termo comum na época. Os infiéis eram aqueles que não acreditavam no bem nem no mal, que não acreditavam na “boa” palavra da Igreja, que era quem ditava as regras do governo naquele tempo. Naturalmente se afirmava que os mortos-vivos apareceriam muito mais para os infiéis, ou voltariam para estes de alguma forma, para lhes levar alguma maldade. Acima de tudo, dizia-se que os mortos-vivos levavam uma vingança de alguma espécie, junto com qualquer outro tipo de praga que seria dirigida ao infiel.
Agora, entre todas as estórias que eram contadas, aqueles que entendiam o folclore nelas contido e compreendiam que, numa época em que não era santo falar de certos termos como reencarnação, por exemplo (pois isto era um tabu), o conhecimento tinha que chegar por um outro caminho. E assim era explicado cuidadosamente – novamente, aos mais instruídos – que o ser humano volta para completar o que não foi terminado. Isto era uma forma de dizer: “Cuide da sua própria vida, concentre-se na sua própria vida. Trabalhe pelo seu aperfeiçoamento, aprenda suas lições, descubra suas verdades, e trabalhe compassivamente pelos outros.” Portanto, era um jeito de explicar o ciclo de vida e morte; era um modo de explicar as estações, a reencarnação e todos os ciclos da alma.
Mas lembrem-se que, naqueles tempos sombrios, era preciso esconder algumas verdades – ou, pelo menos, ocultá-las dentro de outras que eram aprovadas. Portanto, quando se falava daqueles que “retornavam”, isto era interpretado, num determinado círculo de pessoas, como o meio mais elevado, mais importante de redescobrir a si mesmo, de completar seu aprendizado e depois se elevar, elevando o inconsciente para o consciente. Mas, naturalmente, aqueles que não queriam ouvir falar nisso, ou cuja doutrinação era profunda e severa demais, interpretavam “aquele que retorna” como aquele que se levanta – como a Igreja diria – aquele que se levanta dos mortos para comer os vivos.
Bem, daí surgiram muitos dos seus termos mais antigos, e daí surgiram algumas das separações entre escuridão e luz também. Esta é uma batalha – a batalha dos céus, a batalha entre os vivos e os maus, a batalha entre a luz e as trevas, entre a consciência e a inconsciência. Tudo isto é um debate contínuo que se desenrola de muitas maneiras diferentes.
Trago-lhes este tópico mais uma vez, pois exploramos todos os lados dessa questão, mas é mais do que isto. Lembrem-se que, quando os saudei, eu disse que, ao se aproximarem mais dos portais dimensionais (pois estão quase chegando no limiar agora), vocês começariam a ver essas “ameaças” ressuscitarem: ameaças de pragas em potencial, ameaças daqueles que as carregam.
“Elas vêm de outras culturas?” – alguns perguntarão. “Elas vêm de uma determinada crença… ou da falta de crença? É verdadeira? Não é verdadeira? Quem é portador?” E eu lhes direi que mesmo aqueles de vocês que seguem as verdades mais científicas dirão que existem alguns com “um caso avançado” disso ou daquilo, que existe um DNA que é capaz de se expandir e outro que não é. Vejam, mesmo partindo da ciência e de todas as fronteiras diferentes, vocês começarão a ver o que pode ter relação com este tópico.
Então, nós o exploramos aqui de um ponto de vista diferente, entendem? Eu poderia facilmente ter lhes trazido o assunto e dito: “Olhem aqui, falaremos sobre pragas falaremos sobre dimensões e falaremos outra vez sobre 2012 e o que virá.” Mas alguns destes termos já foram tão desgastados, vocês não concordam? E, assim, aqui temos uma investigação bem diferente, que é atual, que está presente na sua cultura de crentes e descrentes.
SEUS JOVENS ESTÃO SE ATIVANDO ATRAVÉS DOS MITOS RECONTADOS
Provavelmente vocês notarão como os jovens estão interessados neste assunto. Notaram isto? Notaram como eles estão interessados no novo folclore? Vejam, eles não estão tão interessados no antigo; eles têm uma nova versão disso agora. E é assim que eles estão ensinando a si mesmos sobre as trevas e a luz, sobre quem é confiável e quem não é, sobre poderes ocultos e como cultivar esse poder, e sobre o modo de se libertarem dos dominadores e do seu jugo.
Vejam, eles estão ensinando a si mesmos como desarmar aqueles que parecem manter o poder ou reinar sobre eles. Vocês verão que, à maneira deles, eles estão ensinando a si mesmos (e talvez a vocês) sobre soberania, sobre verdade, sobre a qualidade eterna da bondade e da natureza. Eles estão ensinando a si mesmos como serem líderes em vez de seguidores, como se envolverem com certos campos de força de Deus ou da Luz, como confiar no invisível, e como lidar com o que aparece do nada. Vocês conseguem começar a perceber a importância de algumas destas lições? Conseguem começar a perceber um pouco do que está escondido atrás de uma estória simples ou de um épico seguido pelos seus jovens?
É assim que a sua cultura passa pelos mesmos mitos, pelas mesmas estórias dos tempos antigos, recontadas, reinventadas, re-imaginadas e, a seu próprio modo, transformadas em realidade – porque, sim, aquilo que é invisível para uns é visível para muitos, especialmente para os jovens. Eles enxergam o que vocês não vêem. Na maior parte das vezes, eles percebem o que é mais óbvio e o que é mais sutil, mais do que vocês percebem, porque o alcance deles é maior do que o de vocês, a audição deles é um pouco diferente e a visão deles é um pouco diferente também.
Naturalmente, por suas próprias escalas, se fossem medir os tons auditivos deles e sua visão 20/20, vocês poderiam aplicar a mesma medida, mas teriam que usar instrumentos mais refinados e então veriam que alguns deles são realmente capazes de enxergar um pouco mais dimensionalmente do que vocês, com um pouco mais de profundidade do campo visual. Eles são capazes de ver, são capazes de controlar, e são capazes de fazer com que aquilo que está ativo se manifeste dentro de um determinado campo. Em outras palavras, eles podem separar e ativar moléculas e átomos para dançarem ou serem animados de mais maneiras. A capacidade de apresentar e manifestar algo do nada já está ativa nesses jovens. E o interesse deles nestes assuntos está viabilizando isso mais do que antes.
Então, este é um parêntese, para que reflitam sobre isso. Vocês conseguem fazer o que as novas gerações fazem? Até certo ponto, existem uns poucos que conseguem. Se puderem reunir essas habilidades e forças, vocês saberão que conseguem. E com alguma prática, há aqueles que conseguirão muito mais do que os outros. Mas nem tudo está perdido, mesmo para aqueles que não conseguem, pois verão que, à medida que essas capacidades dos jovens se tornarem mais e mais comuns, elas se tornarão contagiosas à sua própria maneira – “virais”, vocês diriam – de modo que alguns da próxima geração, os que estiverem mais próximos a eles, possam ser levados ao seu campo de entendimento.
A CULPA MANIFESTADA COMO UM DUPLO ETÉRICO
Agora, para voltar um pouco no tempo enquanto nos movemos para frente e para trás no nosso tema, falaremos sobre aqueles que começaram a pensar nas artes mais sombrias ou no que os que tinham morrido eram capazes de fazer. É claro que eles não tinham as ciências forenses que vocês têm hoje, e houve muitos que faleceram por delito, por homicídio ou algum tipo de crime, sem que isto fosse investigado ou punido. E é lógico que a culpa com que alguns conviveram os consumiu. Basicamente, eles não procuraram a luz para perdoá-los, abençoá-los ou lhes permitir isto, mas a própria culpa produziu uma essência do próprio ser de cada um deles – o que vocês imaginariam como um duplo etérico da natureza mais sombria dessas pessoas – para instilar culpa dentro delas, para que assim se libertassem dessa culpa em vida, ao invés de depois da vida.
Assim as almas desses seres, para benefício deles, manifestavam um lado mais sombrio deles mesmos para atormentá-los, assombrá-los e falar com eles durante o sono e nas horas de vigília. Faziam isto para que eles seguissem seus próprios conselhos e pudessem se libertar, trazendo à tona a verdade e não a carregando para outra dimensão ou outra vida. Algumas vezes a alma era bem sucedia nisto, outras não.
Quando uma alma não conseguia seu propósito e o ser terminava sua vida, parte dele – a parte que era considerada culpa ou pecado ou trevas – às vezes, devido à sua densidade, não ficava tão intimamente associada aos aspectos luminosos desse ser. Em essência, podemos pensar nisso como se fosse a cauda de um cometa: essa parte ficava um pouco atrás da luz que fazia a transição para o mundo seguinte. Assim, o aspecto mais denso daquele ser permanecia um pouco mais de tempo, para ver se conseguia completar alguma coisa por si mesmo, antes de seguir para a dimensão seguinte.
Naturalmente, daqui poderíamos extrapolar e partir para a investigação daquilo que vocês consideram fantasmas ou “poltergeists”, se quiséssemos, mas não faremos isto aqui – não nesta conversa. Temos muito a nos concentrar neste tópico e não desejo me desviar do pensamento original que o inspirou.
EQUÍVOCOS ORIGINADOS DA IGNORÂNCIA
Em qualquer dos casos, os cadáveres eram enterrados – e volto a lembrar-lhes que a maioria das pessoas daquela época não tinha o benefício das ciências que vocês têm hoje e nem sabiam como preparar adequadamente um corpo, um cadáver, para ser enterrado. Muitas vezes isto era muito rudimentar e, por isto, e também porque o lugar onde eram enterrados nem sempre era considerado terreno consagrado ou cemitério, muitas vezes havia a necessidade de desenterrar o corpo e enterrá-lo outra vez.
Bem, ás vezes, quando um desses cadáveres era desenterrado, uma variedade de aspectos da sua aparência podia ser notado. Vocês devem entender que o lugar onde o cadáver é enterrado, o tipo de recipiente em que ele é colocado, o tipo de solo, a própria composição do solo, seu conteúdo mineral, a temperatura, sua umidade e muitos outros fatores têm a ver com a rapidez ou o tempo que o corpo vai levar para se decompor – e se realmente vai. Então, ás vezes, quando o cadáver era exumado, sua aparência era um tanto… bem, um pouco mais rechonchuda do que se esperava, e algumas vezes, nem mostrava sinais de decomposição.
Existem motivos para isto também – motivos muito particulares. Por exemplo, quando um corpo começa a deixar os sinais de vida para trás, existem muitos gases dentro dele, e estes começam a se acumular, principalmente no tronco. Isto começa a aumentar determinadas pressões dentro da cavidade do corpo, que então, por necessidade, força o sangue a se elevar para a parte superior do corpo. E ás vezes uma quantidade pequena ou grande de sangue pode sair do nariz ou até da boca.
Como vocês podem imaginar, quando estes pobres cadáveres eram exumados, parecendo muito frescos e quase radiantes (dependendo, como eu disse, do tipo de solo) e com um pouco de sangue para colorir os lábios e o nariz, isto acabou se tornando a parte da sua História que foi associada com a arte do vampirismo. [risos] E aqui eu lhes ofereço uma definição simples. Mesmo aqueles que eram mais magros podiam parecer muito gordos, se seus corpos inchassem; eles pareciam estar muito bem alimentados. E assim surgiu a suposição errada de que eles tinham se alimentado de sangue.
Além disto, quando esses gases ficavam presos dentro do cadáver, algumas vezes até um som parecido com um gemido poderia dar a impressão de estar sendo emitido através das cordas vocais. E imaginem se isto não fazia muitos ladrões de túmulos saírem correndo! [risadas]. E por que não? Quem não saíria? Pois aqueles que eram ladrões de covas – bem, será que estes não mereciam um pequeno susto de vez em quando? Talvez sim.
Naturalmente o folclore também acrescentou outros aspectos a estes. Imaginem que não havia absolutamente nada numa pequena vila que tivesse a ver com roubo de gado ou de ovelhas ou qualquer coisa semelhante. Nas épocas mais sombrias, estes desaparecimentos eram às vezes atribuídos aos vampiros, ou aos infiéis, ou aos mortos-vivos, pois quem desejaria admitir que o ladrão fosse o vizinho ou o próprio irmão? E assim vocês têm alguns mitos associados aos desaparecimentos misteriosos também.
Naquela época também havia diferentes formas conhecidas de paralisia – precursoras daquelas que mais tarde vocês considerariam pólio e outras formas de paralisia. Algumas pessoas acordavam paralisadas assim, e então se dizia que aqueles que haviam vivido com elas antes tinham voltado durante a noite, tão ávidos por vida, que se pressionaram contra o corpo delas para capturar sua respiração e acabaram paralisando ou matando o corpo de algumas.
Estas crenças deram origem, então, ao que se poderia chamar de práticas apotropaicas, as práticas de celebração de elementos tanto mundanos quanto sagrados para proteção. É aqui que vocês encontram o galho de rosa selvagem e da planta do espinheiro, do alho e da água benta – todos estes usados em certas regiões e religiões para afastar o mal. A utilização de sementes de mostarda numa casa, ou de qualquer outro elemento como um crucifixo ou um rosário, passou a ser entendida como uma forma de proteção, incluindo todas as outras invenções que surgiram em diferentes regiões, como cruzar um arbusto em chamas, cruzar uma água corrente, e muito mais.
A CELEBRAÇÃO DO SANGUE COMO SAGRADO É UMA PARTE INTEGRAL DA HISTÓRIA DA HUMANIDADE
Agora, ser formos falar de sangue, existem muitas culturas antigas que foram conhecidas por celebrarem com uma gota de sangue, uma picada no dedo, ou outras artes de sangue. E mesmo aqueles que vocês admiram atualmente, como os maias que viveram em grandes templos e hoje são conhecidos por muitos grandes feitos relacionados à construção e à matemática, aqueles que hoje são respeitados como povos que vocês gostariam de imitar – estes também tinham suas próprias cerimônias que, às vezes, envolviam derramamento de sangue.
O sangue é algo sagrado e bendito para a humanidade; é um cálice de vida. É algo conhecido por oferecer a vida, por oferecer as flores da vida, as águas correntes da vida, até na morte, como vocês podem ver. E então vocês vêm que este modo de celebrar também é conhecido como aquele que traz medo – aquele que dá a vida e aquele que parece tirar a vida. As celebrações das quais vocês participam hoje, e que têm mais a ver com o ato de bebericar o vinho, são derivações dos rituais muito antigos que começaram com o sangue. Isto também faz parte de tudo que existe na sua História e de tudo o que existe de mistérios também.
Então, a nosso modo, estamos passeando pela História, trazendo-lhes uma precisão histórica um pouco maior, enquanto observamos o folclore e como ele foi se formando. O motivo de estarmos chamando sua atenção para isto é que a sua cultura – esta cultura deste momento – vai criar suas próprias estórias. E de certa forma, estas estórias já estão sendo criadas. Pode lhes parecer que a popularidade dos mitos que atualmente estão sendo trazidos à tona é passageira… é só um filme aqui, uma estória ali… mas percebam como eles são fascinantes. Vocês podem ver pela popularidade deles como os mitos estão renascendo. É por isto que é importante observar esta questão e outras que se apresentarão também. É tempo para uma nova mitologia.
Vejam, muitos dos mitos mais antigos estão se tornando obsoletos agora; eles têm sido descartados pela ciência; têm sido postos de lado pela religião ou por aqueles que apresentaram uma precisão histórica maior nesta época. Mas o mundo vive pela mitologia e cria seu novo mundo com base nos mitos dos Céus e da Terra. E assim, como o novo está prestes a nascer, existem alguns mitos que estão sendo postos de lado, mas quanto mais mitos forem abandonados, mais haverá aqueles que, em essência, desejam surgir – e devem surgir.
EXPLORE AS VERDADES DO SEU INCONSCIENTE
Chamo a atenção para isto porque cada um de vocês pode trabalhar com sua consciência e seu inconsciente para estabelecer uma certa realidade mítica para si mesmo que funcione para ambos. Faça o possível para não permitir tanta separação entre luz e trevas, entre certo e errado ou entre integridade e falta dela. Não se permita culpar aqueles que ainda não descobriram por si mesmos que existe outro caminho. Isto não quer dizer que você deva celebrar ou defender a injustiça, mas quer dizer que existe um lugar no seu interior onde você pode tecê-los juntos.
Quanto mais você os tecer juntos, formando uma única vestimenta, mais perceberá que o claro e o escuro, a luz e a sombra é que dão textura à sua vida, dão uma realidade ao seu ser e lhe darão certa coragem para redescobrir todos os seus próprios aspectos. Não ligue todos os interruptores para acender a luz, ignorando os outros, porque, basicamente, assim como acontece com o painel de circuito, se você se dedicar demais a isto e não àquilo, poderá sobrecarregar seus circuitos. Então, se olhar para o Sol, olhe para a Lua também; se olhar para a luz do céu azul, olhe também para a noite escura e veja as estrelas mais distantes também. Não se permita se concentrar apenas em um e não no outro.
Veja que estamos explorando um assunto aqui que lhe traz um outro aspecto da natureza, um outro aspecto do seu ser e da sua verdade. Aqui, em essência, estamos explorando o seu inconsciente – não o seu subconsciente, mas seu inconsciente – um aliado muito poderoso em sua vida. Seu inconsciente é muito interessante para a sua alma. Sua alma trabalha com seu inconsciente. De certa forma, ele é mais aplicado do que sua mente consciente. Enquanto a sua mente consciente procura adquirir mais em termos de informação e orientação – “faça isto, mas não aquilo… afaste-se dos outros… aqui está um novo professor e um novo livro…” – o seu inconsciente só está interessado em seguir o próximo passo natural para você.
O seu inconsciente está em sintonia com a natureza; está em sintonia com todas as vidas que você já teve; está em sintonia com seu estado de sono, seu estado de sonho, sua consciência. Ele não é simplesmente o oposto ou aquilo que se opõe ao seu ser natural ou ao seu ser desperto. Seu inconsciente é seu aliado; ele guarda suas maiores verdades; ele é mais neutro, é mais equilibrado e, a seu próprio modo, está muito mais desperto do que você imagina que sua consciência esteja.
Assim, eu lhe trago este tema, eu o revelo a você e o apresento a você para a sua consideração. Naturalmente a mitologia, o folclore e as outras estórias antigas permanecerão exatamente onde estiveram até agora; um pouco para o seu entretenimento, mas um pouco também para acionar, no seu inconsciente, a lembrança do seu próprio modo de criar, de desvendar o passado a fim de poder tecer o novo e o seguinte nesta vida em particular.
PROCURE CENTELHAS VINDAS DO NADA
Mais uma vez afirmo que o próximo ciclo em que a humanidade está entrando agora – na realidade, este ano está trazendo este novo ciclo – é uma época em que a luz se definirá. A verdade se ampliará, e algumas coisas que são mais verdadeiras do que você pode imaginar, também são um pouco mais absurdas do que pode imaginar. Você esperou muito tempo para que as explicações e as verdades se apresentassem e, naturalmente, ouviu dizer que às vezes a verdade é mais estranha do que a ficção. Eu confirmarei isto.
Então, enquanto sua mente está tentando pôr ordem no caos deste momento, quando certas verdades se apresentarem sua mente desejará colocá-las em ordem, colocá-las numa sequência, para que pareçam apropriadas no seu mundo lógico e linear, mas você verá que elas nem sempre se juntam desse jeito. Verá que, ao invés disso, a verdade tem uma qualidade dimensional. Ela virá à tona. Às vezes isto acontecerá espontaneamente; será como uma faísca surgindo do invisível. Você verá uma centelha – uma centelha de vida, uma centelha de esperança, uma centelha de verdade. E algumas vezes essa centelha terá saído do nada: de uma imagem do passado, de um mito moderno, de alguma coisa que ainda está começando a criar a si mesma.
Estamos falando aqui dos incrédulos tornando-se crédulos – e, em alguns casos, esse incrédulo será você. Por mais que você se considere crédulo e diga, “Posso acreditar nisto, posso acreditar naquilo. Foi para isto que eu sempre trabalhei, é nisto que eu acredito…”, verá que haverá momentos em que dirá, “Não pensei que acontecesse desta forma!” ou “Posso acreditar muito nisto… mas não a este ponto.” E nesses momentos, lhe direi, “vá um pouco mais adiante, um pouco mais longe, um pouco mais profundo”, e você verá que eu o acompanharei nessas horas.
Então, digo a todos vocês, meus queridos, que investiguem, descubram, reúnam-se, fortaleçam-se. Tentarei fazer o mesmo e lhes trazer temas como estes que estimularão, provocarão e atrairão elementos que vocês provavelmente não levariam em consideração por si mesmos.
Até a próxima vez; desejo-lhes um bom dia!
©2010 Pepper Lewis and The Peaceful Planet.
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Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br
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