terça-feira, 7 de setembro de 2010

O INFINITO HUMANO - INTELIGÊNCIA

Mensagem de Scott Rabalais
10 Agosto 2010

Considerai a inteligência do cosmos, a consciência da existência, a sabedoria de tudo o que é. É inimaginável para as nossas mentes finitas começar sequer a envolver os nossos braços em volta da consciência infinita. Até mesmo a nossa actual Internet é uma infinitésima fracção do conhecimento total do cosmos, um grão de areia relativamente a toda a existência. A infinita inteligência é a consciência de tudo o que é, sempre foi e sempre será. É a totalidade da existência em si.

Talvez a inteligência possa ser vista como uma vasta rede de energia que é o cosmos, em que cada faceta dessa energia está completamente consciente de todas as outras suas facetas. Uma pedra de uma montanha no Peru está plenamente consciente de um único grão de poeira em alguma galáxia distante. A energia do cosmos é auto-consciente a um grau infinitesimal.

Cada ser humano é um aspecto desta inteligência infinita. Como a luz e a energia, nós somos parte do tecido da existência, e somos a própria existência. A um nível profundo, nós estamos conscientes de cada fragmento de cada átomo do cosmos.
Estamos conscientes da borboleta que borda as planícies de África e da foca bebé da Antárctida. Não há nada que escape ao nosso alcance, enquanto “membros” da existência.

Como seres humanos, não estamos equipados para sermos conscientes da totalidade da inteligência infinita. As nossas mentes são capazes de processar os estímulos dos cinco sentidos no nosso ambiente imediato e de pensar e de sentir num nível relativamente limitado, relativamente à enormidade de toda a existência. Felizmente, somos capazes de aceder a inteligência infinita muito no sentido em que podemos procurar por um simples fato na Internet ou numa grande livraria.

Este é um processo pelo qual a luz, a energia e a informação são “canalizadas” da inteligência infinita para pequenas porções decifráveis na nossa consciência. Este processo envolve a inteligência infinita, a energia, a alma, o cérebro, o pensamento e a nossa consciência.

Cada ser humano é uma alma, que pode ser definida como a personificação da luz.
A alma é tão real ou irreal como qualquer outra coisa no cosmos, é composta de luz/energia e vibra numa frequência específica. É este aspecto do oceano da existência que constitui o nosso eu espiritual, ou aquilo que podemos chamar de o nosso eu infinito. E, no entanto, é da luz única e em unidade com toda a existência. Sem a percepção da separação na luz não existe nenhuma alma real, apenas luz pura e infinita luz.

Com o propósito de nos vermos a nós próprios como uma “identidade espiritual” ou “personalidade espiritual”, consideremos a alma como um acúmulo das nossas experiências de luz. A alma é uma partícula de luz, se quiserdes, que apenas existe na percepção como uma identidade única, embora seja inteiramente de luz e a própria luz. Por outras palavras, como uma gota de água do próprio oceano pode ser percebida como uma gota separada; a gota é o próprio oceano e contém todas as qualidades do oceano. Se é considerada ou não como uma gota é apenas uma questão de percepção.

A alma, sendo de luz, é a própria inteligência infinita. É omnisciente, o que torna cada ser humano num ser omnisciente. A alma tem a capacidade de explorar a consciência infinita e de a entregar às nossas mentes, na qualidade de receptores, o que é do bem mais elevado. Num sentido, a alma age como um motor de busca Google, capaz de aceder a toda a informação e possibilidades num instante, de seguida entregar-nos a informação específica ou a energia do pensamento.

Podemos considerar que a alma é de natureza pessoal, sendo uma personificação da luz. O propósito de cada alma é experimentar e expandir-se em consciência, de modo a alimentar a experiência cósmica. Cada alma tem o seu “direito próprio” de experiência e alimentará o cosmos na sua única maneira original. Não existe nenhum julgamento da experiência, nem bom nem mau, nem a experiência de uma pessoa é considerada como mais ou menos importante ou mais ou menos valiosa do que a de qualquer outra. Nós alimentamos o cosmos com uma variedade de experiências infinitas e ele alimenta-nos de volta com tudo o que é.

A natureza da alma é a da luz, e é a luz que procura uma maior consciência. Assim, as almas movem-se na direcção do crescimento (expansão da consciência). A energia da alma é benevolente, sustentadora, protectora e cuida de nós. O que traz para a nossa consciência é sempre para o nosso bem maior, independentemente das aparências. Sendo única na nossa “personificação” da alma, ela trar-nos-á experiências originais em relação a qualquer outra alma – e, em última análise, ela realiza.

A alma é a “criadora” da nossa realidade, atraindo para nós tudo o que serve a sua inteligência infinita. Trabalha através do veículo do pensamento, o qual é de luz e de vibrações específicas. O cérebro-mente é o receptor/transmissor que é capaz de ler a energia da alma e de a converter em pensamentos e sentimentos, a fim de que a experimentemos na nossa consciência.

A capacidade de ser consciente da luz que é transformada em pensamento/sentimento é chamada de intuição. É através da intuição que nós somos capazes de aceder à inteligência infinita e, deste modo, criar a realidade fora da consciência plena em vez de, apenas, a consciência relativamente infinitesimal das nossas mentes pensantes.

É imperativo que os humanos pratiquem a quietude da mente pensante, pois é apenas no silêncio que somos capazes de ouvir a voz da nossa alma. É o silêncio que permite ainda a expressão livre e natural da energia da alma, uma partilha dessa energia de volta para e através do cosmos. O ser humano que domina a quietude da mente está bem no caminho para experimentar uma sensação magnífica e divina da realidade.

A intuição é a quietude, o silêncio, a calma, a pequena voz que fala de dentro. Pode ser experimentada através de qualquer dos cinco sentidos e/ou através de um apurado sentido cinestésico. É inequívoca na sua sensação energética, caracterizada por uma frequência que a distingue do pensamento “típico” da tagarelice da mente.

Abundam histórias dramáticas de avisos intuitivos que contornaram a mente racional somente para trazer um grande benefício aos que estão no domínio da expressão desse pensamento. Talvez alguém seja alertado no meio de um sono profundo para despertar e ir verificar um vizinho, unicamente para descobrir fumaça a elevar-se da casa dele. Ou, num exemplo mais comum, quantas vezes escapámos de acidente de tráfico, alertados por um pensamento que, aparentemente, surgiu do nada? A inteligência infinita vê tudo, sabe tudo e comunica-nos instantaneamente, de modo a criar a realidade que diz respeito à consciência da nossa alma.

Exemplos mais comuns que não envolvem esses dramas podem incluir orientação sobre onde morar, o que comer, que emprego aceitar, como gastar dinheiro ou telefonar a um amigo. A orientação intuitiva está lá para ser solicitada em cada situação, independentemente do grau de percepção da sua importância para nós.

A intuição pode dar-nos uma orientação que chega sem razão ou compreensão, indicando, por exemplo, que nos devemos meter no nosso carro e conduzir em direcção a leste. Nós seguimos estes apelos intuitivos e confiamos que a inteligência infinita é consciente, a um nível mais expandido, do objectivo da viagem. O raciocínio e o entendimento poderão, depois, ser usados em retrospectiva.

Os curiosos de entre nós podem perguntar porque é que a inteligência infinita não nos diz com antecedência os números da lotaria ou o cavalo vencedor das Corridas de Cavalos de Kentucky. Podia-se ganhar fortunas! Isto porque a alma fornece informação e orientação relativas ao seu crescimento, o que não significa necessariamente crescimento financeiro. A alma está interessada na experiência e na consciência, não necessariamente na “engorda” da carteira. A alma concede o que é necessário, não necessariamente o que se quer.

O ser humano está destinado a viver de acordo com a inteligência infinita. Do mesmo modo que a liberdade, é quem nós somos e temos todo o direito de lhe aceder para o nosso próprio bem-estar. Viver de acordo com a nossa consciência infinita permite-nos experimentar o topo da montanha como nada mais permite. Conceder-nos-á uma experiência que constitui a obra-prima da realidade. Ouvir e expressar a inteligência infinita através da alma constitui a mais elevada expressão para um ser humano neste planeta. É o que estamos aqui para ser, e é o que estamos aqui a fazer.


Direitos de Autor Scott Rabalais
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Tradução: Ana Belo anatbelo@hotmail.com

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