3 de Julho de 2011
(Publicado em 4 de Julho de 2011)
Muito queridos Irmãs e Irmãos, chamem-me, se vocês o desejam, de Irmão K.
Há algumas semanas, eu lhes dei certo número de elementos relativos a alguns eventos, digamos, devendo ocorrer em um futuro próximo.
Eu lhes disse, naquele momento, que conceber a Autonomia e a Liberdade era algo que precisava antever (mesmo colocando-se questões além da simples interrogação mental), com relação ao sentido de sua vida, da vida, do que vocês são, do que vocês fazem.
Hoje, eu posso, enfim, dizer-lhes que chegou o momento de conceber esta Liberdade e esta Autonomia.
Esta Liberdade e esta Autonomia, que lhes são prometidas, implicam em certo número de condições.
Eu iria expressar-me, se vocês bem o desejam, sob o ângulo exclusivo da Consciência, além de qualquer consideração referente ao próprio desdobramento da Luz que está para chegar nesta Dimensão e mesmo em sua Consciência cujas modalidades ser-lhes-ão definidas dentro dos próximos dias.
Eu atraio, simplesmente, sua atenção para certo número de elementos que devem levá-los a interrogarem-se.
Esta interrogação não é de natureza puramente mental, mas, bem mais, releva diretamente da Atenção e da Intenção da Consciência quanto à sua posição, sua colocação e, sobretudo, o que eu denominaria, de algum modo, seu futuro nos tempos que se instalam doravante.
A Autonomia e a Liberdade são-lhes profundamente desconhecidas em meio ao que vocês vivem quando vocês estão encarnados.
É preciso, para isso, desfazer-se de qualquer forma, de tudo o que é conhecido porque nada do que lhes é conhecido (que isso esteja deste lado do véu estando-se encarnado ou, ainda, estando-se desencarnado) pode estar acessível.
De fato, o conhecido refere-se também ao conjunto do campo de percepções de sua própria Consciência, ao conjunto de suas concepções, ao conjunto de suas percepções, que se aplicam a esta Dimensão (e exclusivamente a esta Dimensão) e isso vale, também, para os momentos que vocês deixam esse corpo e penetram o que é convencionado chamar, classicamente, de ‘além’.
Este além não é, tampouco, a Liberdade e a Autonomia já que, como vocês sabem, cada ser humano se encarna e se reencarna esperando pacificar, purificar e aprimorar o que vocês chamam de ‘elemento kármico’ que, quase nunca, pode se realizar.
Assim, portanto, a Autonomia e a Liberdade não se encontram nesse mundo, seja deste lado do véu como do outro lado do véu denominado morte.
Durante minha vida, eu muitas vezes falei desse conhecido, da maneira de se liberar que era, já, uma interrogação da Consciência pura.
Obviamente, enquanto a Consciência pura não pode aceder ao que está além do conhecido, é muito difícil, para ela, em sua limitação e sua fragmentação, perceber ou aderir ao que é, evidentemente, desconhecido.
As circunstâncias da humanidade, desde 30 anos, são profundamente diferentes e, principalmente, desde algum tempo, porque lhes é dado (através do que é denominado Vibrações, que meu colega Sri Aurobindo chamou, em sua vida, de Supramental) perceber o que está além do conhecido, além do habitual, além das limitações.
Dessa maneira então, as Vibrações, as percepções que podem sentir sua Consciência e seu corpo em encarnação, são as testemunhas de algo que vem, diretamente, do Desconhecido, chamando-os, de algum modo, para este Desconhecido.
A problemática principal da humanidade, qualquer que ela seja (em suas culturas, em suas religiões, em seus fundamentos), é que o Desconhecido é, por essência, ‘temido’ porque, justamente, ele não faz parte do campo de percepções ou do campo de concepções.
Hoje (este hoje significando algumas semanas), um número importante de seres humanos começa a modificar sua percepção do conhecido para aperceber-se, em Consciência, de que alguns elementos que, até então, eram ‘improváveis’, tornam-se cada vez mais prováveis.
Isso é diretamente procedente da ativação das Novas Frequências e, para aqueles de vocês, Irmãos e Irmãs que estão adiantados nesse caminho, abrem-se a vocês percepções e concepções totalmente diferentes do que é conhecido, levando-os a perceber (sob forma de modulações, sob forma de iluminações), por momentos ou por intermitência (raramente de maneira constante), o que é este Desconhecido que se revela a vocês em meio ao conhecido, traduzindo-se, então, por uma espécie de dilatação temporal, mas, também, de dilatação da trama da matriz, fazendo-os, então, perceber o que está além da matriz e que, normalmente, não devia jamais ser percebido (ou mesmo conhecido) por seus olhos ou por sua Consciência.
A percepção pelos olhos traduz então a irrupção da Visão em uma nova gama de frequências, bem além do que pode ver o olho, traduzindo-se pela percepção do Éter ou da Luz Supramental sob forma de Luz Branca onde mais nada do que pode pertencer ao conhecido, ao seu ambiente, existe naqueles momentos.
Isso é uma forma, de algum modo, de sair do conhecido para o Desconhecido, ocorrendo de maneira progressiva.
Muitas vezes, aliás, quando a Consciência retorna ao seu estado comum, naquele momento, aqueles que vivem a experiência podem colocar-se, muito logicamente, questões quanto à realidade do que é vivenciado, fazendo-os sair, de qualquer forma, de sua própria realidade que eu qualificaria de comum.
Este processo é chamado a generalizar-se.
Obviamente, a capacidade de sua Consciência para ter, previamente, estabelecido bases sólidas de acesso a este Desconhecido (cuja combinação lhes é conhecida, para vocês que me escutam ou me ouvem) e que correspondem, perfeitamente, ao que lhes foi dito, particularmente por Um Amigo, com relação à Consciência Vibração.
Portanto, as Vibrações novas aparecendo em suas estruturas, mesmo físicas, são as testemunhas do seu acesso a este Desconhecido que se desenha, pouco a pouco.
Eu não irei mais adiante hoje sobre o que eu desenvolverei em breve, referente à própria Consciência na exploração deste Desconhecido e no acesso a este Desconhecido, denominado ‘desdobramento da Luz Metatrônica’ e se refletindo por funcionamentos novos da Consciência.
Mas eu tenho a especificar que existe certo número de elementos que são fundamentais quanto ao acesso a este Desconhecido e à vivência da Consciência em meio ao Ilimitado, no Estado de Ser se vocês preferem.
Primeiramente convém manejar certo número de características da Consciência limitada permitindo, inicialmente, desprender-se, de algum modo, dos condicionamentos do conhecido.
Os condicionamentos do conhecido são inumeráveis.
Eles são, primeiro, o conjunto de apegos a tudo o que faz sua vida e seus condicionamentos em uma personalidade, em um papel, em uma função e eu diria, mesmo, nas atividades que vocês realizam aderindo-se ali como sendo a única verdade possível porque ela é a única acessível à própria Consciência limitada.
Estes apegos são incontáveis.
Um Arcanjo lhes disse que existia certo número de apegos presentes no conjunto da humanidade porque inscritos na própria estrutura do cérebro e nos comportamentos, então, que são inscritos e inatos, eu diria, de algum modo, no funcionamento da Consciência nesta limitação.
Liberar-se do conhecido é, de qualquer forma, aceitar, antecipadamente, os mecanismos de funcionamento (mesmo se eles não são perfeitamente conhecidos) do acesso à Consciência Ilimitada.
Naturalmente, vários escritos, de todos os tempos, em todas as tradições, insistiram sobre a experiência de alguns Seres que atingiram estados desconhecidos, que os vivenciaram de maneira mais ou menos intensa e que citaram um certo vocabulário que, aí também, convém superar intelectualmente.
Este vocabulário insiste, sempre, pesadamente, sobre a noção de Ilusão da encarnação, da Ilusão mesmo desse mundo, da Ilusão da pessoa e da personalidade, da Ilusão dos papeis, traduzido por uma única palavra, “Maya”.
Esta palavra reflete que, finalmente e no final, a Consciência vive um ‘sonho’, como tão bem o descreveu os povos primitivos.
Este ‘sonho desperto’ é, de algum modo, uma realidade que não tem qualquer substância espiritual, mas, simplesmente, uma substância material com suas próprias regras, seus próprios condicionamentos, suas próprias limitações, inscritos mesmo nas regras sociais, regras políticas, regras econômicas, regras mesmo chamadas de predação, características dos mamíferos porque, o homem é um mamífero, não se esqueçam.
Tudo isso faz parte das regras do jogo nesse mundo onde predomina o que é denominado ação/reação ou, se vocês preferem outro termo, também (que está muito da moda em meio à limitação), chamado de ‘livre arbítrio’, ou seja, a capacidade do ser humano para escolher, para fazer escolhas, sempre em meio a esta limitação, fazendo-o dizer que ele é livre, mas, não é preciso confundir o livre arbítro com a Liberdade.
A Liberdade de que lhes falei é aquela que é livre do conhecido e de todos os condicionamentos existentes na Ilusão, para permitir-lhes, em última análise, penetrar os espaços ilimitados da Consciência onde mais nenhuma regra existindo nesse mundo pode perdurar.
De fato, existe uma oposição fundamental entre o livre arbítrio e a Liberdade.
O livre arbítrio é oriundo de certo número de condicionamentos denominado ‘karma’, ação/reação, fazendo-os crer que as Leis do Espírito são rigorosamente as mesmas.
As Leis do Espírito, nos Mundos Unificados, são, eu diria, de certa forma, estritamente opostas ao livre arbítrio e à ação/reação.
No que lhes é desconhecido por enquanto, a única Lei em uso é a Lei de Liberdade ou Lei de Graça ou, ainda, Lei de Ação de Graça onde absolutamente nada pode ser apropriado, onde absolutamente nada pode ser personificado, onde absolutamente nada pode ser confinado, o que é, vocês hão de concordar, exatamente oposto e inverso ao que é vivenciado deste lado (quando vocês estão encarnados) ou morto em meio à matriz.
Efetivamente, todos vocês têm uma identidade.
Esta identidade está localizada no tempo e no espaço.
Ela é limitada por um limite corporal.
Ela é limitada por limites mentais, limites emocionais, limites energéticos e, também, limites causais correspondendo ao princípio existente no livre arbítrio.
Os Mundos Unificados (ou o Corpo de Estado de Ser) não têm rigorosamente nada a ver com o que lhes é conhecido como ‘modo de funcionamento’ em meio ao conhecido.
O conjunto de Vibrações que alguns de vocês, sobre a Terra, começaram a perceber desde alguns anos ou a muito mais tempo, levou-os, progressivamente, a desengajá-los, de algum modo, do conhecido, para prepará-los para viver o Desconhecido.
Esta preparação foi extremamente importante para muitos de vocês porque ela permitiu-lhes preparar sua Consciência a esse ‘salto quântico’ para um Desconhecido e para a Liberdade e a Autonomia.
Na ação / reação, não existe qualquer Autonomia e qualquer Liberdade já que esta Liberdade está confinada em uma ‘Ilusão dimensional’ na qual as regras não são as regras dos Universos além da manifestação tri-dimensional.
Dessa maneira, como lhes foi dito, penetrando o Corpo de Estado de Ser na totalidade, vocês irão se aperceber de que vocês não são nem limitados por um tempo, nem limitados por um espaço e, ainda menos, por um corpo fosse ele aquele do seu próprio Estado de Ser.
Isso é uma mudança radical da Consciência, levando-os à capacidade para experimentar certo número de ‘medos’ ligados aos seus próprios condicionamentos.
Os medos são o apanágio desse mundo, ligados, diretamente, à predação e à competição, ligados, também, à ausência de provas do Desconhecido (que lhes foram, de alguma forma, ocultadas na Consciência como em seus céus), como regras de funcionamento da vida neste universo e, mais especificamente, neste sistema solar.
Portanto, a alteração de ‘paradigma’ que vem a vocês (e que é, agora, como vocês sabem, inexorável e que está extremamente próximo em seus dados de tempo) não pode ser ignorada.
Cada vez mais seres humanos irão perceber, de uma maneira ou de outra (ou em seus sonhos, ou em suas emoções, ou em seu mental e em sua própria razão), a transformação que está em curso que (como lhes disse nosso Comandante) pode expressar-se segundo o ‘ponto de vista’, segundo a visão da lagarta que vê sua morte ou, segundo a da borboleta a vir que vê sua Ressurreição, seu Renascimento ou sua Liberdade.
Naturalmente, o ser humano percorreu (durante tempos longos e distantes) os caminhos da encarnação e, então do livre arbítrio (com regras que se tornaram cada vez mais densas e cada vez mais aplicadas), resultando em uma privação cada vez mais total da ‘Liberdade dimensional’ gradualmente e à medida dos milênios (como de sua Liberdade tão estreita nesse mundo tal como vocês vivem no final do ciclo) pela restrição de Liberdades, quaisquer que elas sejam, pelo confinamento e pela necessidade de segurança neste confinamento cada vez mais consequente, em meio a regras cada vez mais rígidas, a leis cada vez mais draconianas, levando-os, progressivamente, a colocarem-se questões (ao menos nós o esperamos) sobre sua própria condição nesse mundo.
O conjunto do próprio ‘desenvolvimento’ (denominado tecnologia moderna, como foi realizado sobre esta Terra desde a era industrial) contribuiu pesada e grandemente para aumentar o confinamento sob pretexto de uma Liberdade e de um conforto de vida que, na realidade, os afastaram ainda mais da Dimensão do Espírito, a Dimensão do Espírito, que apenas restou uma vaga lembrança (mesmo nas religiões as melhores organizadas), aprisionando-os ainda mais na Ilusão e lhes prometendo um futuro maravilhoso que não existirá, é claro, nunca nesta matriz, deste lado do véu como do outro lado do véu.
Deste modo, não existe Luz além, contrariamente ao que lhes fizeram crer porque, ir para esta ‘Luz além’ necessita, integralmente, liberarem-se do conhecido para percorrer, com toda Liberdade, o Ilimitado da Consciência (chamado de Desconhecido, por enquanto, para vocês), em todo caso para aqueles que não têm acesso, inteiramente, ao seu Estado de Ser.
Ora, qual é a característica fundamental (independentemente da lei de livre arbítrio, existente deste lado, ou da lei da Ação de Graça, existente além desta matriz e além da morte), a diferença fundamental está, acima de tudo, aqui, nesse corpo (como eu dizia), e nesta Consciência, vocês estão ‘limitados’, limitados por suas próprias crenças, limitados por seus próprios condicionamentos, por suas próprias experiências, confinando-os nas certezas e nos medos (e, aliás, a certeza é feita para lutar contra o medo), como para a crença de então, quando na verdade eles escondem, ainda mais, sua noção de graça e sua possibilidade de acesso ao Desconhecido.
A principal armadilha desta matriz (nesses condicionamentos e em sua Ilusão) é fazê-los crer que vocês são uma pessoa (e somente uma pessoa ou uma personalidade) que vive uma vida, limitada por um momento chamado de nascimento e, por um outro momento chamado de morte, durante o qual ocorre uma Consciência que vai fazer escolhas, experimentar coisas, mas que, em momento algum (mesmo em um caminho espiritual), poderá jamais se libertar, de certa maneira, destes condicionamentos e desta lei de ação / reação.
Então, é claro, tem-se, num certo sentido, encorajado-os (através de algumas religiões e de alguns condicionamentos ditos espirituais), a crer no Espírito, mas em um espírito onde as leis seriam as mesmas, estritamente as mesmas como no confinamento.
Isso é totalmente falso.
A Liberdade não tem nada a ver com o livre arbítrio.
A Lei de Graça não tem nada a ver com a lei de ação e de reação.
A ação e reação, aliás, como compreenderam alguns mestres do budismo, compreenderam perfeitamente que era totalmente ilusório querer recolher ou pagar o resultado do conjunto das ações conduzidas desde tempos imemoriais.
Isso é simplesmente impossível.
Então, alguns seres, além do budismo, foram capazes de realizar o que é chamado de Unidade, ou seja, eles, literalmente, extraíram-se dos condicionamentos por completo.
Eles extraíram-se, completamente, do conhecido.
Eles extraíram-se de sua própria pessoa, de sua prórpria personalidade e, naquele momento, descobriram o que é, realmente, a Verdade além da Ilusão desse mundo, seja neste lado do véu como na morte.
É muito difícil, para esses seres, testemunhar com palavras, e mesmo com Vibrações, o que é a Verdade além da Ilusão porque, desde que uma palavra é colocada sobre a experiência vivida, real, da Consciência, há, já, uma falsificação pela própria linguagem do que é vivido.
A Luz da experiência Unitária não pode ser, em caso algum, comparável à luz que vocês veem com seus olhos ou com seu ‘3º olho’.
Ela não tem estritamente a mesma composição.
Ela não tem estritamente os mesmos efeitos.
Ela não tem estritamente os mesmos limites que a luz tal como vocês a descrevem, como a analisam nesse mundo como na Ilusão do outro lado do véu quando vocês morrem.
É para isso que, desde o início, em meio ao que nós lhes demos, a palavra que foi escolhida pelos Anciãos e pelos Arcanjos foi a palavra ‘Luz Vibral’ para bem diferenciá-la da luz ilusória desse mundo, seja deste lado do véu como do lado da morte.
Hoje, devido à ativação de certos potenciais de Consciência (ainda limitados em relação ao que vai se desenvolver e se revelar), vocês são progressivamente mais numerosos percorrendo espaços etéreos ‘novos’ onde a visão do sol não é mais de forma alguma a mesma, onde a visão do que seus olhos podem ver, os olhos abertos, não é de forma alguma a mesma.
Há, na realidade (como lhes disse o Bem Amado Sri Aurobindo), uma Efusão de Luz Vibral sobre esse mundo, uma Fusão dos Éteres, traduzindo-se pelo aparecimento da Luz Branca que alguns olhos começam a ver já que a matriz, deste lado do véu, desta vez (aí onde vocês estão presos), está em via de se dissolver por completo sob seus olhos.
É isso que é chamado de Ascensão.
É isso que poderia ser chamado, de outra maneira, de ‘eterização do planeta’ e de ‘eterização da Consciência’, permitindo-lhe reencontar, de algum modo, sua Autonomia, sua Liberdade e então, flutuar para o Desconhecido.
As armadilhas são numerosas nesse caminho a tal ponto que isso pode ser denominado o Fogo do ego e, aliás, ele foi assim chamado pelo nosso Comandante.
Alguns seres, de fato, captaram esta Luz Vibral, em seus momentos de descida e o foram, de certa maneira, aprisionados e confinados em seu próprio ego tentanto (como faz as religiões, aliás) traduzir esta Luz e dela se apropriar em sua personalidade, levando a dizer Sri Aurobindo (quando ele foi São João) que haveria muitos chamados, poucos eleitos, que esses chamados seriam marcados na testa, ao passo que os eleitos seriam marcados no Coração.
O Fogo do ego vai se traduzir por uma apropriação da Luz e por uma reivindicação do ego para ser, de algum modo, um servidor da Luz.
Vocês não podem servir a Luz já que vocês são a Luz.
Portanto, pretender servir a Luz ou um papel qualquer que seja, leva-os, inevitavelmente, a distanciarem-se da Luz Vibral que vocês receberam.
Esta é a armadilha magnífica do ego ocorrendo nesses tempos finais onde, por ‘medo’, o ego, o mental ou o emocional, vai apropriar-se da Luz fazendo algo que vai permitir certa forma de continuidade da consciência limitada com um pouco mais de Luz.
O que se revela (através do ‘choque da humanidade’ e do desdobramento da Luz) não pode, em caso algum, ser compatível com um procedimento qualquer da personalidade, com um papel, com uma função, do mental, do ego, do emocional.
É uma mudança total de vida denominada Ressurreição ou Renascimento não tendo mais nada a ver com qualquer condicionamento religioso, social, econômico, político, afetivo e, até mesmo em meio a papeis que vocês desempenham em um casal ou em uma família.
A Liberdade não pode se sobrecarregar com vínculo algum.
A Liberdade não pode se sobrecarregar com história alguma, fosse ela a mais prestigiosa desse mundo que vocês tenham vivido em uma vida passada.
Vocês devem então, por completo, liberar-se e se preparar para liberar-se de qualquer identificação ao que quer que seja existente em meio ao conhecido.
Sem isso, vocês não poderão ir com facilidade para o desconhecido.
Isso foi chamado, pelo Arcanjo Anael, de Abandono à Luz que lhes é, hoje, solicitado para concretizar plenamente.
Este Abandono à Luz, compreendam bem que não se trata de fugir de sua própria vida, não é preciso fugir de tal trabalho ou de tal pessoa, mas é preciso, ao contrário, tornarem-se cada vez mais conscientes deste Desconhecido mantendo esse corpo em meio ao conhecido.
A Luz Vibral, que está depositada em vocês, nas diferentes Coroas, permitiu facilitar, de alguma maneira, essa Passagem do conhecido para o Desconhecido que, no momento, eu lhes preciso, não lhes é ainda conhecido e não lhes está ainda acessível por completo, exceto para alguns seres.
Entretanto, esta preparação permitiu (para aqueles que aceitaram) soltarem-se de certo número de condicionamentos, esses condicionamentos que são, antes de tudo, as crenças, quaisquer que sejam (as crenças no que seus filhos sejam seus filhos, as crenças no que sua profissão é sua vida, as crenças entre o que vocês aderem como país, como cultura), e a Verdade.
Não existe qualquer verdade nesse mundo e não pode, portanto, existir qualquer verdade em tudo o que vocês conhecem nesse mundo que é, ainda uma vez, um sonho ou uma Ilusão, Maya.
Isso não é uma visão do espírito mas sim a Verdade final que vocês terão que enfrentar e viver.
Dessa maneira, então, vocês não podem manter qualquer inquietação em relação a esse corpo (que é, ele também, uma Ilusão), no entanto, nele se realiza o Desconhecido pela Luz Vibral, mas, é preciso desvencilharem-se, literalmente, de todo condicionamento e de todo apego.
Sem isso, vocês não poderão penetrar o Desconhecido.
Isso poderia parecer extremamente simples, mas a armadilha a mais importante irá se situar, sempre, ao nível do seu ego que irá tentar, de uma maneira ou de outra (enquanto vocês não viveram sua própria Ressurreição, enquanto vocês não passaram a Porta da Crucificação correspondente ao desdobramento da Luz como deve acontecer), vocês não podem ter certeza, completamente, de penetrar o Desconhecido.
Penetrar o Desconhecido é soltar-se, totalmente, do que é conhecido, esse conhecido sendo, aliás, seu próprio corpo, suas próprias concepções, mas, também, sua própria história já que a história (em meio a esse mundo mesmo) é uma Ilusão, mesmo se isso pode acontecer nos tempos antigos ou atuais, mesmo se isso pode refletir certa forma de realidade observável, ainda (através de dados arqueológicos ou outro), elas pertencem, de maneira irremediável, à Ilusão desse mundo.
É disso que é preciso, hoje, extrair-se, por completo, a fim de (nós o esperamos, para a maior parte de vocês) conectar as esferas da Liberdade, do Desconhecido, isto é, além da 3ª Dimensão e percorrer, com total Liberdade, esses estados multidimensionais ou estados de densidade diferente que a sua.
A armadilha do ego é, sempre, limitar, lembrem-se disso.
Ele vai limitá-los querendo apropriar-se quando vocês não são os Servidores da Luz, mas os Ancoradores da Luz e é na condição de tornar-se, plenamente, transparentes (ou seja, não retendo absolutamente nada da Luz) que vocês se tornam, vocês mesmos, Luz.
Mas, ‘tornar-se Luz’ quer dizer não mais existir enquanto pessoa situada neste tempo, neste espaço, nesta idade, nesta vida.
Vocês não são esta vida que vocês vivem.
Enquanto vocês têm a esperança, ou enquanto seu ego embala a esperança de se servir da Luz para transformar alguma coisa desta vida, realmente não se compreendeu ‘grande coisa’ do que é este acesso ao Desconhecido independentemente da Luz Vibral que vocês vivem em uma de suas Coroas Radiantes.
A única Porta (como lhes foi dito) é o Coração e permanecerá o Coração e, quando eu falo do Coração, eu não falo de ‘boas ações’, eu falo simplesmente do estabelecimento da Coroa Radiante do Coração, da Vibração do Coração, do acesso consciente à Unidade e ao Samadhi como o realizaram seres cada vez mais numerosos sobre esta Terra e como o realizaram representantes nas diferentes correntes tradicionais e culturais desse mundo em encarnação.
A Liberdade e a Autonomia requerem abandonar-se e precipitar-se, de alguma forma, no Desconhecido.
Isso necessita transcender todos os apegos, todos os medos e, principalmente, eu o especifico, todo apego ao seu ego e, evidentemente, é em meio a esta Ilusão mesmo que deve ocorrer essa Passagem e não em qualquer além situado do outro lado do véu, chamado de morte.
Vocês têm, portanto, que enfrentar e viver o que vem de maneira lúcida e consciente em vocês desapegando cada vez mais de sua história e de sua pessoa.
Enquanto existe um resíduo de identificação a um papel, a uma função ou a uma pessoa, vocês não podem penetrar estados multidimensionais do Ser ou denominados, ainda, estados múltiplos do Ser.
Os estados múltiplos do Ser estão associados à Consciência Livre.
Vocês não podem, jamais, experimentar isso enquanto vocês estão condicionados por vocês mesmos ou por um sistema exterior seja qual for.
O ‘choque da humanidade’ corresponde à revelação total da Luz e ao desdobramento desta Luz em suas estruturas, aqui mesmo, ilusórias.
Na realidade, o que se revela é seu Espírito, sua Consciência Ilimitada e a Consciência, é claro, Ilimitada da Terra fazendo com que, ela mesma (efetuando esse salto quântico), esteja em via de desagregar e de dissolver tudo o que pertence ao domínio da Ilusão, da compressão, da falsificação.
A Terra, então, vai virar, como vocês, virar em todos os sentidos do termo (fisicamente, geograficamente), do mesmo modo que sua Consciência, finalmente, vive sua última Reversão, seu último Cruzamento, ligado ao último cruzamento da cabeça, revelando-se, doravante, no corpo (como eu lhes darei alguns elementos), o que irá permitir-lhes realizar (se vocês aceitam deixar todo conhecido) sua transformação final e seu acesso ao seu status de borboleta ou de Semente de Estrelas realizado.
Mas, ainda uma vez, vocês não poderão, de maneira alguma, manter o que vocês creem ser hoje e o que vocês serão amanhã que vocês ainda não conhecem.
É ou um ou outro.
Cabe, então, desde hoje, colocarem-se as questões corretas.
O que vocês querem viver?
Se vocês querem viver, ainda uma vez, em uma estrutura em carbono com um pouco mais de Luz, ser-lhes-á feito exatamente segundo sua Vibração.
Mas, vocês não poderão pretender a Luz permanecendo nesse corpo de carbono.
Deste modo, então, será preciso escolher entre a Vibração Ilimitada e a Vibração limitada.
Esta escolha, novamente, não é uma escolha da consciência porque, obviamente, o ego vai sempre dizer que ele escolheu a Luz, mas desde que ele subsista e permaneça no mesmo estado.
Ora, o estado que vem não tem nada a ver com o estado do ego.
O ego é uma ilusão criada para a Ilusão desse mundo não tendo qualquer substrato em meio aos Mundos Unificados.
Nos Mundos Unificados, vocês não são uma pessoa.
Evidentemente, existe ainda uma individualidade, mas esta individualidade não se exprime através de uma pessoa ou de um corpo limitado, mas sim como uma Consciência totalmente liberada de todo entrave, que isso seja a possibilidade de viajar nas diferentes densidades temporais, nos diferentes multiversos, nas diferentes Dimensões, desde A Fonte até o extremo limite dos mundos em estrutura de carbono.
Eis então o que vocês têm que integrar.
Eis então o que vocês têm que assumir como desafio.
Eis então a questão essencial que sua Consciência deve colocar em meio à limitação: vocês querem permanecer um ego ou vocês querem se tornar, plenamente, livres?
Não há alternativa.
O ego não pode jamais tornar-se livre.
Compreendam bem e se apreendam bem disso.
O ego será sempre confinante e limitante em um papel, em um corpo, em um tempo limitado.
O Espírito é totalmente livre de tudo isso.
Simplesmente, sua Consciência está, ainda, em grande parte, submissa a esta Ilusão.
A ‘preparação Vibratória’ (que, eu espero, vários de vocês vivem) é destinada a fazê-los passar mais ou menos facilmente, conforme sua Vibração, nesses espaços unificados.
Alguns de vocês começam a perceber esses espaços Unificados, ou como uma espécie de dilatação da Consciência, não estando mais consciente dela própria em seu corpo (mecanismo aproximando-se da obliteração da Consciência), levando ao que é chamado de 4º Estado da Consciência ou Turiya (estado Unitário) ou, ainda, pela percepção (de maneira lúcida e consciente), diretamente, dos Éteres Unificados traduzindo-se, por exemplo, pela Visão do Sol azul ou, ainda, traduzindo-se pela Visão do desaparecimento de seu ambiente aos olhos abertos.
É assim que ocorrerá, efetivamente, a Passagem do conhecido ao Desconhecido.
É preciso, portanto, agora, profundamente dentro de vocês, colocar-se a questão e ver, com Verdade, aí onde vocês estão.
O desdobramento da própria Luz (tal como deve intervir) irá permitir-lhes ‘ver claramente’, por completo, o que quer dizer que novamente e até mesmo a um grau ainda mais importante, vocês não poderão mais trapacear com seu ego.
Ou vocês aceitarão seu ego, ou vocês o rejeitarão (mas, vocês o rejeitarão integrando), mas vocês não poderão mais manter a Consciência nos dois.
Isso irá se tornar cada vez mais evidente para cada um de vocês que percorrem os caminhos da Luz Vibral, vocês tornar-se-ão, ou o Ilimitado, ou vocês permanecerão limitados.
E vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas do Ilimitado ou vocês penetrarão, cada vez mais, nas esferas da limitação, qualquer que seja a vivência da Coroa Radiante da cabeça.
Lembrem-se de que a Porta de saída é e permanecerá, sempre, o Coração através de sua Vibração da Luz Vibral quaisquer que sejam as sete etapas existentes.
Deste modo, então, a Liberdade e a Autonomia são sua Essência, são nossa Essência e nossa natureza.
Cabe a vocês, então, ali aderir, não como se adere a uma religião ou a uma crença, mas a adesão apenas poderá ocorrer pela própria vivência deste acesso ao Desconhecido.
É a isso que vocês são prometidos nas semanas que se abrem a vocês, diante de vocês e que vão colocá-los no desafio de passar neste Desconhecido integralmente.
Naturalmente, lembrem-se de que o ponto de vista da limitação será oposto e estritamente oposto ao ponto de vista da Ilimitação.
A lagarta vai chamar tudo o que vai se desenrolar (e se desenrola, já, sobre a Terra) de uma destruição total da vida porque ela apenas percebe a vida através do filtro da Ilusão.
A borboleta, pelo contrário, vai chamar todas essas modificações da própria Luz e da densidade, de uma liberação e da verdadeira Vida, ou seja, a Ressurreição ou o Renascimento.
Respeitem o ponto de vista da lagarta.
Respeitem o ponto de vista da borboleta.
É a vocês que cabe determinar-se, descondicionar-se, sendo, ou um, ou outro e, cada vez mais, irão se tornar, ou um, ou outro, em Consciência e com toda lucidez.
Vocês não poderão mais trapacear com o conhecido e com o Desconhecido.
Vocês tornar-se-ão, ou o Desconhecido, ou o conhecido.
Tornando-se o Desconhecido, vocês penetrarão, cada vez mais, as esferas do Estado de Ser (e de sua própria dissolução desta Dimensão nas esferas do Estado de Ser), em seus veículos multidimensionais, além dos papeis da personalidade, além de qualquer função e de qualquer identificação a uma função em meio à Ilusão.
Cristo lhes disse: “ninguém pode conhecer-me, se não renasce de novo”.
Este Renascimento não é uma reencarnação, mas, realmente, uma ressurreição nos Domínios do Espírito.
O Domínio do Espírito é-lhes rigorosamente desconhecido na encarnação.
Apenas pode haver projeções, projeções de construção mental, imaginando, supondo, segundo o que lhes é conhecido, o que lhes é desconhecido, além do além.
Todas as construções ligadas ao conhecimento dito ‘esotérico’ são apenas suposições não tendo qualquer realidade e qualquer verdade quando vocês penetram a Unidade, se tanto é que vocês a penetram.
É preciso, então, rejeitar toda forma de conhecimento exterior, aí também, toda forma de esoterismo, toda forma de espiritualidade, para penetrar, em cheio, na vivência do Espírito (ou seja, não mais estar na aplicação de uma espiritualidade oriunda do conhecido), mas penetrar em cheio o Espírito de Verdade, isto é, o que vocês são na Luz.
Eis alguns elementos de interrogação que eu desejava dar-lhes, que verão, certamente, amplo desenvolvimento da própria Consciência durante o desdobramento da Luz ao qual eu participarei ao nível humano na vivência da própria Consciência.
Naturalmente, se existem em vocês, hoje, aí em sequência, perguntas, e se eu tenho tempo, eu bem desejo tentar dar mais elementos permitindo-lhes ir para este Desconhecido.
Mas lembrem-se de que nenhuma palavra pode traduzi-lo e de que apenas vocês podem ali ir.
Ninguém pode fazê-lo em seu lugar.
Pergunta: o Desconhecido nos é conhecido enquanto Semente de Estrelas?
Meu Irmão, o que você percebe ao nível Vibral (na Vibração das Estrelas, por exemplo), na ativação de certos potenciais ligados aos chakras principais (denominados, neste caso, Coroas Radiantes), seja ao nível do Sacro, da Kundalini (chamada de Canal do Éter), seja ao nível do Coração ou da cabeça, dá a você uma pequena compreensão do que é o Desconhecido.
É a penetração do Desconhecido no conhecido que, justamente, permite construir a ponte e é uma ponte denominada Antakaranah* que possibilita, então, religar e reunificar o Espírito.
*Ponte de Luz unindo o princípio inferior ao princípio espiritual e divino; permite estabelecer o contato (por meio de 12 tubos/raios de Luz que partem da cabeça) com o corpo de Estado de Ser; são em número de duas, existentes lateralmente em relação às orelhas e subindo nos planos sutis os mais elevados, até o Sol; também denominadas Cordões Celestes, Cordão de Cristal. (SRI AUROBINDO – 17.09.2010)
Dessa maneira, então, sem conhecer o Estado de Ser, há a possibilidade, para o ser humano (e já desde muitíssimo tempo, bem antes deste período de 30 anos), a possibilidade de penetrar estados de felicidade total denominado Sat Chit Ananda, como descreveu vários seres que atingiram este estado.
Assim, o estado alcançado em meio a esse corpo egotista, presente nesse mundo, permite dissolver, por completo, o ego, colocá-lo a serviço do Espírito mesmo se o Espírito não pode ser vivenciado completamente.
Isso se deve ao desaparecimento da matriz astral coletiva, da dissolução da Ilusão programada desde muitíssimo tempo (e acontecendo desde 30 anos, como eu disse) e, sobretudo, desde as Núpcias Celestes.
Assim, então, o Desconhecido é conhecido através apenas da Luz Vibral que vem modificar (se você a aceita) comportamentos oriundos mesmo do seu próprio ego, de sua própria pessoa, fazendo (como isso foi dito) com que o conjunto do que pertence a esse corpo egotista (ou seja, o corpo de desejo e o conjunto dos desejos) desapareça, progressivamente, do seu campo de Consciência e do seu campo de interesse.
Enquanto existe um desejo, qualquer que seja (seja reconhecimento como pessoa, seja permanecer como pessoa), enquanto desejar reconhecimento como ser espiritual em meio à matriz, vocês não podem atingir, na totalidade, o Desconhecido porque, naquele momento, o ego se apropria da Luz.
A melhor maneira de se liberar dessas armadilhas, por completo, irá acontecer pelo desdobramento da Luz.
Mas, agora, alguns de vocês tiveram acesso, ou ao Estado de Ser, ou às manifestações diretamente associadas às novas funções espirituais chamados de Novos Corpos (que são apenas uma das partes do desdobramento da Luz Vibral) permitindo-lhes, no devido momento, ‘atravessar esse Rubicão’ [tomar uma decisão temerária, enfrentando as consequências] para ir ao Desconhecido integralmente.
A problemática principal do ego é que ele tenta sempre apropriar-se do que é vivenciado em meio à Consciência Unitária para fazê-lo seu.
É preciso estar lúcido e perfeitamente consciente de que o Fogo do ego não será jamais o Fogo do Coração.
O Fogo do ego é um Fogo que vai reivindicar: “eu, eu, eu sou isso, eu faço isso”, quando o Fogo do Coração sabe pertinentemente que ele nada faz.
Enquanto existe a menor reivindicação, mesmo da Luz, há, é claro, persistência do ego.
Pergunta: eu vivenciei um tocamento de Eternidade em minha individualidade. Isso é uma Ilusão?
Meu Irmão, eu posso responder-lhe a seguinte coisa: aquele que vive, apenas de forma fragmentária, a dissolução da Ilusão e do ego, realmente pode se colocar a questão da Ilusão do que é vivido.
Somente o ego vai fazê-lo crer que era uma ilusão.
Aquele que se instala, de maneira mais ou menos constante, em meio à sua Unidade, não pode, em caso algum, ser enganado por qualquer ilusão porque, naquele momento, os componentes do ego nesse mundo tendem a desaparecer diante da majestade da Unidade.
Deste modo, então, não pode ali haver qualquer dúvida sobre o que é vivido no Fogo do Coração.
Quem irá perguntar será sempre o ego, mas o ego, nesses casos, desaparece e desaparecerá, cada vez mais, diante do Ilimitado.
Assim, portanto, desde que você me coloca ou, desde que você se coloca a questão da realidade do que foi vivido, isso traduz simplesmente, ainda que por um instante, a preeminência do ego porque é o ego que duvida e jamais a Unidade.
Compreendam bem que não há oposição (mesmo se possa parecer-lhes assim e é normal quando a Consciência se situa na limitação), esta oposição ‘aparente’ entre o que é limitado, conhecido e, Ilimitado, Desconhecido, é apenas uma aparência absolutamente relativa que existe, justamente, no confinamento em meio ao ego.
A partir do momento em que o Coração, de uma maneira ou de outra, penetra no Fogo do Coração, o Fogo do ego (porque aí é um vaso comunicante) desaparece.
Essa Passagem do ego ao Coração corresponde à Porta Estreita da Crucificação e da Ressurreição em um segundo momento.
Há, obviamente, no momento da própria Passagem, uma dúvida derradeira ilustrada, também, de maneira simbólica, pelo Cristo na Cruz.
É o momento onde é preciso abandonar-se integralmente à Luz.
É o momento onde a própria Consciência vai compreender que ela não tem qualquer papel em relação à Luz exceto tornar-se esta Luz, e se tornar a Luz é possível apenas se há parada de tudo o que é da ordem emocional, mental, apego, crença, sem exceção, mantendo, ainda, este corpo.
Existem testemunhas deste acesso ao Ilimitado ou ao Desconhecido.
Elas são testemunhas indiretas, mas, entretanto, a prova formal do que é vivido.
São as 12 Estrelas, acima de tudo.
São as Coroas Radiantes: aquela da Cabeça, aquela do Coração e aquela do Sacro.
É o único meio que existe, eu diria, racionalmente, de saber que vocês vivem esta transformação.
Todo o resto é apenas ilusão.
A reminiscência de suas vidas passadas, o acesso a suas vidas passadas, a reivindicação de um papel nesse mundo, como chefe ou como ser desperto, é uma armadilha importante do ego porque, como disse também, em sua vida, Mestre Philippe, é não sendo nada aqui, absolutamente nada, que vocês são tudo em outro lugar.
Mas se vocês são alguma coisa aqui, como podem ser alguma coisa ou tudo em outro lugar?
É impossível.
Dito de outra forma (e eu espero que essas algumas palavras irão lhes falar), enquanto vocês creem possuir a Luz, é o ego que possui vocês.
A Luz irá possui-los e liberá-los a partir do momento em que vocês não sejam mais nada aqui.
Em outras palavras (e em sua terminologia ocidental), isso se chama humildade e simplicidade.
Essas não são palavras em vão.
Esse não é um conceito em vão, mas a estrita verdade.
Compreendam bem, também, que quando eu falo do corpo de desejo, os desejos não devem ser contrariados porque, se vocês se opõem aos seus próprios desejos, vocês fortalecê-los-ão inelutavelmente.
Mas os desejos são realmente transmutados, não por sua vontade, mas pela própria Luz pondo fim a todos os desejos ilusórios, sem exceção, em graus diversos para cada um, em função de sua progressão para o Desconhecido.
Pergunta: como encontrar a causa da defasagem causada pelo fato de não se estar na Alegria enquanto vivendo o Fogo do Coração?
Buscar a causa não quer dizer encontrar uma explicação.
O acendimento ou a ativação do que é chamado de Fogo do Coração corresponde, na verdade, à ativação conjunta do que vocês denominam 8º e 9º Corpos (ponto OD e ponto ER), traduzindo-se pela ignição da Coroa Radiante do Coração, acontecendo (como isso já lhes foi detalhado) em sete etapas.
A primeira etapa não é necessariamente na Alegria.
Ela corresponde às primícias desta abertura e se traduz muitas vezes por percepções de compressão e de dores ocorrendo na região do coração ou em torno da região do coração ou acima.
O ego está ainda presente naquele momento.
A Porta Estreita, a Passagem real e total e definitiva do ego ao Coração acontece quando o ego é dissolvido.
É naquele momento que a Alegria pode se instalar de maneira definitiva.
Quando eu digo definitiva, isso não quer dizer que vai ser permanente.
Alguns seres foram capazes de manifestar esta permanência por tempo prolongado.
O melhor exemplo que eu daria é a vida de Ma Ananda Moyi.
Mas alguns seres manifestaram este estado de Alegria em certos momentos de sua vida, podendo manifestar, ainda, raiva quando eles voltavam na personalidade porque a Porta Estreita não estava ainda fechada.
Ela estava entreaberta, permitindo passar do ego ao Coração e do Coração ao ego.
É esta Porta que, durante o desdobramento da Luz, vai se fechar novamente por completo, traduzindo, então, a separação final da Consciência entre aqueles que vivem a Consciência do Desconhecido (e ali penetrando em plena Consciência e em plena lucidez) e aqueles que permanecerão na Consciência limitada, contudo, deixando os mundos da separação e da Ilusão.
Portanto, para responder, de outra maneira, a esta pergunta, se existe uma percepção, mesmo em meio às primeiras etapas do Fogo do Coração, e que a Alegria não está presente, é que o ego está lutando contra o Coração.
A esfera da Unidade vivenciada em Samadhi em meio à Consciência Unificada (estado de Turiya, Sat Chit Ananda), propicia uma espécie de distanciamento e não uma indiferença a todos os jogos existentes na matriz porque vocês não estão mais identificados à sua pessoa, vocês não estão mais identificados a um papel, vocês não estão mais identificados a uma função nem a qualquer ilusão presente nesse mundo, e isso propicia um estado de Alegria.
A Alegria é a própria Essência do Espírito.
O medo é a própria essência do ego.
Pergunta: como fazer então para diminuir essa defasagem?
Abandonar-se à Luz.
Não há outra possibilidade.
Enquanto vocês não se doam para aLuz, vocês não podem penetrar o Espírito.
Enquanto vocês mantêm uma ilusão de pessoa, através mesmo de sofrimentos passados realmente vividos, vocês estão no passado, vocês não estão no Aqui e Agora.
Se vocês estivessem inteiramente no Aqui e Agora, seu Coração estaria saturado de Alegria, do mesmo modo que Ma Ananda Moyi ou muitos outros.
Assim, portanto, não há nada a fazer porque o fazer irá se situar sempre ao nível do ego.
Agora, cada vez mais, há apenas que Ser.
E o Ser encontra-se apenas no Espírito, no Aqui e Agora, não por constrangimento do ego, mas pelo Abandono do ego em benefício da Luz.
Isso é muito complexo, o que eu digo, para perceber pelo ego porque, justamente é o ego que escuta.
Mas aquele que vive, mesmo que parcialmente, o Ilimitado, compreenderá facilmente já que ele vive o que eu digo.
A Alegria apenas pode existir quando o medo está ausente.
Todo medo, qualquer que seja, é um condicionamento do ego e, portanto, um não Abandono à Luz.
Enquanto vocês creem que vocês dirigem, ministram, controlam a Luz, vocês não são a Luz já que, evidentemente, vocês estão longe do que vocês consideram como exterior.
Vocês permanecem no conhecido e então, na limitação e então, no sofrimento e então, no medo.
Dito de outra forma, o medo ligado ao ego gostaria muito de desaparecer incorporando a Luz em meio ao medo ou às Sombras.
Isso é impossível.
A Luz deve preencher todos os lugares, banindo todas as partes reptilianas de seu cérebro.
Pergunta: como fazer, diariamente, para ir para o Abandono à Luz?
O que é que não acontece ali senão o ego?
E o ego não conseguirá jamais.
O Abandono à Luz não é uma vontade.
Não é, tampouco, um fazer.
Não é um trabalho em suas próprias Sombras mesmo se a Luz ilumina as Sombras.
É a aceitação, pura e simples, da Luz.
Há, apenas, sofrimento e afastamento da Luz pela adesão ao que você é em verdade ou, em todo caso, ao que você crê ser em verdade, ou seja, este corpo, esta presença em meio a este corpo que apenas é, de fato, uma projeção do seu próprio espírito em meio a uma Ilusão na qual você foi aprisionado.
É preciso agora aceitar esse conceito.
A partir do momento em que você aceita, inteiramente, esse conceito, você toma já certa forma de distância em relação ao que é denominado sua própria personalidade.
Esta tomada de distância em relação à personalidade é já uma primeira etapa para a crucificação da personalidade que não vai desaparecer.
A Passagem ao Coração faz, simplesmente, com que aquele que conduz o veículo não seja mais a personalidade, mas o Espírito.
Mas o ego gostaria muito de se apropriar do Espírito.
Aliás, foi para isso que ele criou regras do Espírito nesse mundo, chamado de livre arbítrio, que absolutamente não existe na Graça.
Pergunta: um sentimento de paz profunda é o que você chamou, agora, de Desconhecido?
Não.
Isso são as primícias.
O Desconhecido liberta-os, completamente, do jogo do ego e, isso, vocês não podem ignorar quando vocês o vivem porque é uma mudança radical, de percepções, de concepções, mas, é claro, antes de tudo, de Consciência.
Tudo o que é vivenciado na matriz pode aproximá-los, pela Luz Vibral, deste estado que eu falo.
Mas ele não pode ser referenciado como experiência pertencente a esse mundo.
Vocês estão nesse mundo mas vocês não são desse mundo.
O Reino dos Céus é inexistente sobre a Terra já que esta Terra é uma projeção que foi privada do Espírito.
Portanto, vocês não podem pretender encontrar o Espírito, na totalidade, nesse mundo, mas, sobre esse mundo.
Nesse sentido, a Luz Vibral vem liberá-los.
Pergunta: você pode nos ajudar, justamente, a superar este ego e este mental?
Além das minhas palavras referentes à Consciência pura, o conjunto do Yoga da Unidade, da Verdade (transmitido a vocês por Um Amigo), e o conjunto das Núpcias Celestes, contribuem, de maneira formal, a fazê-los percorrer esse caminho, cada um ao seu ritmo, mas, compreendam bem que o que chega agora é o desdobramento da Luz e que o desdobramento da Luz nela mesma vai acontecer na totalidade para todo ser vivo, que ele queira ou não, que ele aceite ou não.
Portanto, não há necessidade de se preocupar com o desaparecimento do mental.
Simplesmente, as circunstâncias de seu desaparecimento serão profundamente diferentes segundo sua capacidade para extrair-se ou para manter o que eu chamei de Fogo do ego ou os jogos do ego.
Gradualmente e à medida que vocês penetram a Luz Vibral, ou melhor, mais exatamente, gradualmente e à medida que a Luz Vibral os penetra, sua Consciência vive acessos temporários a estados de Samadhi.
É neste estado de Samadhi que vocês tomam consciência da Verdade da afirmação que esse mundo é Ilusão, não antes.
Senão, isso é apenas uma crença, aí também, mental.
Vocês apenas podem viver a experiência da Ilusão e a experiência do Desconhecido e isso não é função de um fazer do ego, bem ao contrário.
É nesse sentido que a Luz Vibral tem por vocação primeira, durante seus primeiros desdobramentos (anteriores ao desdobramento da Luz agora), levá-los a viver a proximidade dessa Passagem que é, de qualquer modo, a última Porta.
É o local onde vocês se despojam de todas suas ilusões, de todas suas pretensões, por completo.
De certa maneira, vocês de despojam de vocês mesmos.
Vocês aceitam, ou não, não ser mais nada para poder ser tudo.
Nós não temos mais perguntas, nós lhe agradecemos.
Muito queridas Irmãs e muito queridos Irmãos, eu transmito-lhes toda a Graça que é possível transmitir a vocês através do corpo onde eu estou.
Eu digo-lhes até muito em breve para prosseguir, de maneira, eu espero, mais explícita, as diferentes Passagens ocorrendo durante esta última Passagem do conhecido ao Desconhecido, durante a revelação da Consciência Ilimitada, Sat Chit Ananda.
Saudações e Bênçãos.
Tradução para o português: Zulma Peixinho
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