Uma mensagem de Jeshua
canalizada por Pamela Kribbe em julho de 2011
Querido amigo,
Eu sou Jeshua e saúdo-o. Estou intimamente conectado a você pelo meu coração. Somos profundamente ligados e existe um nível no qual somos um. A consciência unificada que nos une, pode ser sentida como uma energia de liberdade, criatividade, bondade e alegria. Esta é a sua verdadeira origem e o seu verdadeiro lar. Agora você está manifestado na forma física, localizado no tempo e no espaço, mas é muito mais do que isso. Sinta a energia de Deus no seu interior e perceba como essa energia é simples. Deus não está no topo de uma hierarquia, olhando para você de cima para baixo. Deus é o fluxo de energia que flui através de tudo: através de você, através de todos os seres vivos da Terra, e até através das coisas que parecem inanimadas no seu ambiente material. Deus está em todos os lugares.
Deus não é limitado por formas. Deus é a consciência criativa pura, conectando-se com formas materiais, no tempo e no espaço, para experienciar a vida de inúmeras maneiras diferentes. Agora sinta quem você é nesse imenso fluxo divino: uma centelha de luz dentro de um oceano de consciência viva, mas uma centelha indestrutível que oferece uma contribuição única ao todo. Sinta a força indestrutível no seu interior; ela está aí para sempre. Você faz parte de Deus.
Sua consciência é divinamente criativa. Você escolheu seu caminho de vida e suas experiências. Embora geralmente isto não lhe pareça verdadeiro, nas profundezas do seu ser existe uma força criativa que programa certos acontecimentos importantes na sua vida e atrai as experiências que você deseja ter para entender, crescer e se expandir. Essencialmente, você nunca é uma vítima neste mundo. No âmago do seu ser, você nunca é verdadeiramente impotente nem arruinado. Porque, nesse âmago, está a centelha de Deus que diz “sim” às experiências pelas quais você passa na forma física, e que sabe que você é capaz de aprender com elas, para que sua consciência se torne ainda mais ampla e compassiva.
Acolha esse poder criativo interior, que atraiu para você a vida que você experiencia agora. Acolha sua vida com todos seus altos e baixos. Você tem o poder de vivê-la bem. A maior satisfação que encontrará será lembrar-se quem você é enquanto estiver na forma física, preso nas exigências e nos desafios da vida na Terra. A recordação de quem você é permite que a centelha de luz divina se conecte totalmente com o seu eu humano. Entregar-se a essa centelha de luz criativa, ilimitada, no seu interior, mudará a sua vida e mudará também a vida de outras pessoas.
Você que está lendo isto e que se sente atraído pela energia Crística, é alguém que deseja irradiar sua luz interior para o mundo. Você deseja se manifestar como um trabalhador da luz, isto é, você sente o desejo de difundir a luz e elevar a consciência na Terra. Sua paixão é pura e real; ela vem do âmago de quem você é, da sua alma. É a centelha de Deus no seu interior que o conduz a esse desejo, pois, para Deus, é natural querer compartilhar alegria, luz e compaixão. Sempre que você se sente feliz por expressar aquilo que você realmente é, você está sentindo a alegria de Deus também, pois você e Deus são um só coração!
Muitas vezes você se pergunta o que o trabalho de luz realmente é. O que significa difundir a luz ou oferecer a cura para outras pessoas? Esta é a questão que eu gostaria de abordar hoje. Antes de mais nada, precisamos olhar mais de perto para o relacionamento entre as pessoas, quando uma está ajudando a outra. Gostaria de salientar que está acontecendo uma coisa estranha na distinção que a sua sociedade faz entre saudável e doente, ou inteiro de fragmentado. Quando vai ao médico com um problema de saúde, você é uma “pessoa doente necessitando tratamento”. Os médicos devem saber alguma coisa que você não sabe. Eles são os especialistas e você facilmente tem a sensação de que sua saúde está nas mãos deles. Isto não é muito diferente quando você sofre de problemas mentais ou emocionais. Se uma pessoa vai a um terapeuta, a um psicólogo ou a um médico, ela silenciosamente pressupõe que estes especialistas possuem algum conhecimento ou capacidade superior que pode ajudá-la a resolver suas questões. O próprio modo em que o relacionamento entre paciente e médico ou terapeuta se define faz com que algo aconteça com a auto-percepção de ambas as partes envolvidas.
Se este relacionamento for enquadrado em termos de um ter maior conhecimento e percepção que o outro, fica subentendido que o paciente precisa do terapeuta/médico para receber alguma coisa que ele mesmo não possui e não pode dar a si próprio. Supõe-se que o terapeuta seja inteiro e saudável, e que esteja oferecendo luz e cura a uma pessoa que está doente e/ou despedaçada. Deste ponto de vista, o terapeuta ou médico está à frente do paciente e de posse de algo que ele oferece àquele que carece desse conhecimento ou capacidade.
De uma perspectiva espiritual, este ponto de vista é falso e distorcido. Ele faz com que você já comece com o pé errado. Entretanto, ele está profundamente arraigado na sua sociedade, nos cuidados com a saúde física e mental. Observe como é fácil sentir-se menor do que a pessoa que você está consultando para conselho médico ou espiritual. Você é o que tem o problema; ela é a que tem a solução. Uma armadilha comum para as pessoas que ajudam outras diariamente é identificar-se tanto com o papel de auxiliador a ponto de não conseguir se desapegar dele. Elas se definem através desse papel e isto as torna dependentes dos seus pacientes, do mesmo modo que os pacientes se tornam dependentes delas. O paciente pode sentir que precisa do terapeuta para curá-lo, mas o terapeuta também precisa do paciente para sustentar sua imagem de auxiliador – aquela pessoa entendida, grandiosa, que está disposta a compartilhar suas conquistas com os necessitados. Neste ponto é fácil nascer um relacionamento desequilibrado, centrado em poder e dependência.
O trabalho de luz é algo muito diferente. Para entender o que verdadeiramente é o trabalho de luz ou cura espiritual, você precisa abandonar a imagem tradicional de “terapeuta ajudando paciente” ou “médico curando paciente”. Você precisa abandonar a própria idéia de que ajudar quer dizer dar alguma coisa a outra pessoa. A própria idéia de que falta alguma coisa à outra pessoa é prejudicial ao seu processo de cura. A verdade é que a única maneira de ajudar alguém é conscientizá-lo do seu próprio poder e capacidade de curar a si mesmo. A marca de um bom professor é que ele se faz menor em vez de maior. Os verdadeiros professores encorajam você a reassumir o seu poder interior e não aceitam a sugestão de que você é pequeno, necessitado e dependente de alguém mais. Os verdadeiros professores nunca se apresentam como autoridades. Isto é uma coisa boba de se fazer. O verdadeiro presente de um curador é conscientizar a pessoa da sua própria autoridade interna, do fato de que ela é uma centelha de Deus e tem à sua disposição todo o conhecimento do qual precisa.
A cura verdadeira é muito simples. Ela não requer métodos elaborados nem conhecimentos. Estou falando aqui da cura para a alma. Naturalmente, problemas físicos podem precisar da ajuda de médicos especialistas que possuem conhecimentos e capacidades específicos. Entretanto, a cura que afeta a alma é muito simples. Se você for até a raiz dos problemas mentais e físicos de uma pessoa, de alguma forma encontrará a crença de que ela é impotente, desprezível, indigna de ser amada e está condenada.
A causa mais profunda é que a pessoa se sente desconectada do seu verdadeiro ser, da centelha de luz divina que ela realmente é. Oferecer cura a uma pessoa é abrir sua lembrança do Lar, é relembrá-la da sua beleza perfeita, da sua força e inocência.
Como se faz isso? Em primeiro lugar, não existe nenhum método nem remédio fixos. Não é um procedimento mecânico. É uma transmissão de energia que pode acontecer de várias maneiras. Voltarei a este ponto, mais adiante. Em segundo lugar, ninguém se cura a menos que decida se abrir para a cura. Não se pode forçar a cura a ninguém. Ela é uma decisão da pessoa. Na verdade, a cura real é uma espécie de milagre: é o nascimento de uma nova consciência na alma. É uma criação do indivíduo e não pode ser prevista de antemão.
Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz. A sombra representa a entrega ao auto-julgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo. A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. A escolha depende de cada um.
Mesmo que o mais lindo anjo lhe acene, convidando-o a liberar o passado e entrar no reino de Deus, fundindo-se novamente com a centelha de Luz que você é, a decisão depende de você. Se estiver imerso em imagens profundamente negativas de si mesmo ou de outra pessoa, se estiver sob o domínio do medo e da raiva, talvez você nem repare no anjo. Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de você. Ele é o seu Eu Superior ou Eu Verdadeiro, sua divindade tentando relembrá-lo de quem você é.
Algumas vezes na sua vida, você encontra pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo. Pode ser que nem estejam conscientes disso, mas elas o ajudam a se lembrar de quem você realmente é. O modo com que elas o escutam ou falam com você permite que uma centelha do seu Eu Verdadeiro repentinamente penetre a sua consciência e você se sinta alegre e inspirado depois de estar com elas. Isto pode inspirá-lo a escolher a luz, e tomar decisões na sua vida que sirvam ao seu Eu Superior, à sua paixão e amor pela vida. A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na sua vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é sua. Só você pode fazer o milagre acontecer!
Você deve ter encontrado anjos de cura na sua vida, e provavelmente deve ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubesse disso. O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz. Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética. Todas essas ações pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas. A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.
Se você tem a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que você lhe oferece é realmente uma mudança de percepção. Em vez de se concentrar nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, você se concentra na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante. Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão. Se você for capaz de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento autodestrutivo de uma pessoa e enxergar o anjo de luz em seu rosto, você lhe oferece algo muito precioso. Ao enxergar a essência verdadeira da pessoa, você invoca essa essência e a convida a se apresentar. Perceber o verdadeiro poder e a luz interior de um ser humano, mesmo quando eles não se mostram na superfície, é como chamá-lo por seu nome verdadeiro. Não há nada mais poderoso do que ser chamado por seu nome verdadeiro.
O que eu fiz, quando realizei as supostas curas milagrosas, durante a minha vida na Terra como Jesus, foi entrar em contato com a essência divina das pessoas. Quando eu enxergava e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não eu. A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas. Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam do indivíduo abrir-se ou não para a cura. O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que você trabalhar com pessoas com o propósito de cura.
Toda cura espiritual vem de dentro. Você não cura ninguém como trabalhador da luz. Você cria um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva. Em vez de tentar resolver qualquer problema externo, você contata a alma do outro e mantém uma visão de confiança e clareza para ele. Esta é a forma de ser do trabalhador da luz. Você tenta devolver ao outro a sua própria grandeza, em vez de se concentrar na sua pequenez. Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida. Se você fizer isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal. Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, você espelha a própria força dele através dos seus olhos e palavras. Concentrando-se no que é inteiro e puro no outro, você reforça isso nele.
Você só pode fazer isso se acreditar verdadeiramente que é possível. Se, em algum nível, você duvidar que o outro seja capaz disso, confirmará o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocar sua força. Você é mais poderoso como curador quando confia plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandona qualquer idéia de que ele seja dependente de você. Talvez você sinta que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo. Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que você não esteja mais à disposição do outro para ajudá-lo. Você continua lá, mantendo sua fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser. Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que você lhe oferece.
Sei que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são seus entes queridos. Pode lhe parecer impossível parar de “ajudá-los”, se desapegar deles e pôr sua energia em outro lugar. Mas, por favor, pare por um instante e pense se você está realmente ajudando-os desse modo. Se eles dependem da sua energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios? No nível da alma, você pode estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior. Isto afeta a ambos negativamente.
Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma. No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém. Todos são centelhas da existência que vocês chamam de Deus. No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra. Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto. Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento. Pode ser que você esteja ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida. Pode ser que, neste ponto do tempo, você seja aquele que está oferecendo ajuda. Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar seu professor e lhe mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que o surpreenderão.
Para oferecer cura espiritual ou ser um trabalhador da luz, é importante ter sempre em mente que você é igual aos outros no nível da alma. É essencial que você reconheça a sua própria humanidade e que você está realmente no mesmo barco que os outros. Você pode estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não o torna diferente dele, no sentido de “ser superior” ou “estar acima” dele. Não se identifique com “ser um trabalhador da luz”. Se você se sente atraído para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, siga sua paixão e faça o que você ama fazer.
O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia. Geralmente, se você fizer o que realmente ama fazer, verá que inspirará os outros a fazer o mesmo. Ser uno com a centelha de Deus no seu coração o conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar. Viver a partir do coração é realmente muito simples. É se conectar com o desejo do seu coração, sua alegria verdadeira, e ousar agir de acordo com isso. É isto que o torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”. Porque, ao trazer para o mundo a canção exclusiva da sua alma, você inspira outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta. A luz se irradia naturalmente para fora. Você não precisa se preocupar sobre como difundir a luz no mundo. Não tente ser bom e útil. Tente viver de acordo com sua natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso.
Eu sou Jeshua e saúdo-o. Estou intimamente conectado a você pelo meu coração. Somos profundamente ligados e existe um nível no qual somos um. A consciência unificada que nos une, pode ser sentida como uma energia de liberdade, criatividade, bondade e alegria. Esta é a sua verdadeira origem e o seu verdadeiro lar. Agora você está manifestado na forma física, localizado no tempo e no espaço, mas é muito mais do que isso. Sinta a energia de Deus no seu interior e perceba como essa energia é simples. Deus não está no topo de uma hierarquia, olhando para você de cima para baixo. Deus é o fluxo de energia que flui através de tudo: através de você, através de todos os seres vivos da Terra, e até através das coisas que parecem inanimadas no seu ambiente material. Deus está em todos os lugares.
Deus não é limitado por formas. Deus é a consciência criativa pura, conectando-se com formas materiais, no tempo e no espaço, para experienciar a vida de inúmeras maneiras diferentes. Agora sinta quem você é nesse imenso fluxo divino: uma centelha de luz dentro de um oceano de consciência viva, mas uma centelha indestrutível que oferece uma contribuição única ao todo. Sinta a força indestrutível no seu interior; ela está aí para sempre. Você faz parte de Deus.
Sua consciência é divinamente criativa. Você escolheu seu caminho de vida e suas experiências. Embora geralmente isto não lhe pareça verdadeiro, nas profundezas do seu ser existe uma força criativa que programa certos acontecimentos importantes na sua vida e atrai as experiências que você deseja ter para entender, crescer e se expandir. Essencialmente, você nunca é uma vítima neste mundo. No âmago do seu ser, você nunca é verdadeiramente impotente nem arruinado. Porque, nesse âmago, está a centelha de Deus que diz “sim” às experiências pelas quais você passa na forma física, e que sabe que você é capaz de aprender com elas, para que sua consciência se torne ainda mais ampla e compassiva.
Acolha esse poder criativo interior, que atraiu para você a vida que você experiencia agora. Acolha sua vida com todos seus altos e baixos. Você tem o poder de vivê-la bem. A maior satisfação que encontrará será lembrar-se quem você é enquanto estiver na forma física, preso nas exigências e nos desafios da vida na Terra. A recordação de quem você é permite que a centelha de luz divina se conecte totalmente com o seu eu humano. Entregar-se a essa centelha de luz criativa, ilimitada, no seu interior, mudará a sua vida e mudará também a vida de outras pessoas.
Você que está lendo isto e que se sente atraído pela energia Crística, é alguém que deseja irradiar sua luz interior para o mundo. Você deseja se manifestar como um trabalhador da luz, isto é, você sente o desejo de difundir a luz e elevar a consciência na Terra. Sua paixão é pura e real; ela vem do âmago de quem você é, da sua alma. É a centelha de Deus no seu interior que o conduz a esse desejo, pois, para Deus, é natural querer compartilhar alegria, luz e compaixão. Sempre que você se sente feliz por expressar aquilo que você realmente é, você está sentindo a alegria de Deus também, pois você e Deus são um só coração!
Muitas vezes você se pergunta o que o trabalho de luz realmente é. O que significa difundir a luz ou oferecer a cura para outras pessoas? Esta é a questão que eu gostaria de abordar hoje. Antes de mais nada, precisamos olhar mais de perto para o relacionamento entre as pessoas, quando uma está ajudando a outra. Gostaria de salientar que está acontecendo uma coisa estranha na distinção que a sua sociedade faz entre saudável e doente, ou inteiro de fragmentado. Quando vai ao médico com um problema de saúde, você é uma “pessoa doente necessitando tratamento”. Os médicos devem saber alguma coisa que você não sabe. Eles são os especialistas e você facilmente tem a sensação de que sua saúde está nas mãos deles. Isto não é muito diferente quando você sofre de problemas mentais ou emocionais. Se uma pessoa vai a um terapeuta, a um psicólogo ou a um médico, ela silenciosamente pressupõe que estes especialistas possuem algum conhecimento ou capacidade superior que pode ajudá-la a resolver suas questões. O próprio modo em que o relacionamento entre paciente e médico ou terapeuta se define faz com que algo aconteça com a auto-percepção de ambas as partes envolvidas.
Se este relacionamento for enquadrado em termos de um ter maior conhecimento e percepção que o outro, fica subentendido que o paciente precisa do terapeuta/médico para receber alguma coisa que ele mesmo não possui e não pode dar a si próprio. Supõe-se que o terapeuta seja inteiro e saudável, e que esteja oferecendo luz e cura a uma pessoa que está doente e/ou despedaçada. Deste ponto de vista, o terapeuta ou médico está à frente do paciente e de posse de algo que ele oferece àquele que carece desse conhecimento ou capacidade.
De uma perspectiva espiritual, este ponto de vista é falso e distorcido. Ele faz com que você já comece com o pé errado. Entretanto, ele está profundamente arraigado na sua sociedade, nos cuidados com a saúde física e mental. Observe como é fácil sentir-se menor do que a pessoa que você está consultando para conselho médico ou espiritual. Você é o que tem o problema; ela é a que tem a solução. Uma armadilha comum para as pessoas que ajudam outras diariamente é identificar-se tanto com o papel de auxiliador a ponto de não conseguir se desapegar dele. Elas se definem através desse papel e isto as torna dependentes dos seus pacientes, do mesmo modo que os pacientes se tornam dependentes delas. O paciente pode sentir que precisa do terapeuta para curá-lo, mas o terapeuta também precisa do paciente para sustentar sua imagem de auxiliador – aquela pessoa entendida, grandiosa, que está disposta a compartilhar suas conquistas com os necessitados. Neste ponto é fácil nascer um relacionamento desequilibrado, centrado em poder e dependência.
O trabalho de luz é algo muito diferente. Para entender o que verdadeiramente é o trabalho de luz ou cura espiritual, você precisa abandonar a imagem tradicional de “terapeuta ajudando paciente” ou “médico curando paciente”. Você precisa abandonar a própria idéia de que ajudar quer dizer dar alguma coisa a outra pessoa. A própria idéia de que falta alguma coisa à outra pessoa é prejudicial ao seu processo de cura. A verdade é que a única maneira de ajudar alguém é conscientizá-lo do seu próprio poder e capacidade de curar a si mesmo. A marca de um bom professor é que ele se faz menor em vez de maior. Os verdadeiros professores encorajam você a reassumir o seu poder interior e não aceitam a sugestão de que você é pequeno, necessitado e dependente de alguém mais. Os verdadeiros professores nunca se apresentam como autoridades. Isto é uma coisa boba de se fazer. O verdadeiro presente de um curador é conscientizar a pessoa da sua própria autoridade interna, do fato de que ela é uma centelha de Deus e tem à sua disposição todo o conhecimento do qual precisa.
A cura verdadeira é muito simples. Ela não requer métodos elaborados nem conhecimentos. Estou falando aqui da cura para a alma. Naturalmente, problemas físicos podem precisar da ajuda de médicos especialistas que possuem conhecimentos e capacidades específicos. Entretanto, a cura que afeta a alma é muito simples. Se você for até a raiz dos problemas mentais e físicos de uma pessoa, de alguma forma encontrará a crença de que ela é impotente, desprezível, indigna de ser amada e está condenada.
A causa mais profunda é que a pessoa se sente desconectada do seu verdadeiro ser, da centelha de luz divina que ela realmente é. Oferecer cura a uma pessoa é abrir sua lembrança do Lar, é relembrá-la da sua beleza perfeita, da sua força e inocência.
Como se faz isso? Em primeiro lugar, não existe nenhum método nem remédio fixos. Não é um procedimento mecânico. É uma transmissão de energia que pode acontecer de várias maneiras. Voltarei a este ponto, mais adiante. Em segundo lugar, ninguém se cura a menos que decida se abrir para a cura. Não se pode forçar a cura a ninguém. Ela é uma decisão da pessoa. Na verdade, a cura real é uma espécie de milagre: é o nascimento de uma nova consciência na alma. É uma criação do indivíduo e não pode ser prevista de antemão.
Na vida de toda e qualquer pessoa existe um momento em que ela se defronta com a escolha entre a sombra e a luz. A sombra representa a entrega ao auto-julgamento, ao ódio de si mesmo, a pensamentos negativos e ao medo. A luz representa a abertura para a bondade, o perdão, a alegria e a abundância que são verdadeiramente a marca da divindade. A escolha depende de cada um.
Mesmo que o mais lindo anjo lhe acene, convidando-o a liberar o passado e entrar no reino de Deus, fundindo-se novamente com a centelha de Luz que você é, a decisão depende de você. Se estiver imerso em imagens profundamente negativas de si mesmo ou de outra pessoa, se estiver sob o domínio do medo e da raiva, talvez você nem repare no anjo. Na verdade, o anjo da cura sempre está perto de você. Ele é o seu Eu Superior ou Eu Verdadeiro, sua divindade tentando relembrá-lo de quem você é.
Algumas vezes na sua vida, você encontra pessoas que fazem o papel do anjo da cura por algum tempo. Pode ser que nem estejam conscientes disso, mas elas o ajudam a se lembrar de quem você realmente é. O modo com que elas o escutam ou falam com você permite que uma centelha do seu Eu Verdadeiro repentinamente penetre a sua consciência e você se sinta alegre e inspirado depois de estar com elas. Isto pode inspirá-lo a escolher a luz, e tomar decisões na sua vida que sirvam ao seu Eu Superior, à sua paixão e amor pela vida. A presença do anjo pode servir como um lembrete, e pode ser a chave para a mudança na sua vida, mas mesmo assim, a decisão de confiar e dar um salto de fé é sua. Só você pode fazer o milagre acontecer!
Você deve ter encontrado anjos de cura na sua vida, e provavelmente deve ter sido um anjo de cura para os outros em diversas ocasiões, mesmo que não soubesse disso. O ponto importante aqui é que isto é o trabalho de luz. Não se trata de curar ou consertar as pessoas, não se trata de lhes oferecer soluções para os seus problemas, não se trata de lhes ensinar certas habilidades ou conhecimentos ou regras de ética. Todas essas ações pressupõem que lhes falta alguma coisa, que elas são pequenas e indefesas. A cura espiritual vira esse quadro de cabeça para baixo.
Se você tem a intenção de oferecer cura espiritual para uma pessoa, o que você lhe oferece é realmente uma mudança de percepção. Em vez de se concentrar nos problemas dela, nas suas questões e nos seus sentimentos de impotência, você se concentra na essência da pessoa, na sua inteireza, na sua beleza radiante. Se existe alguma coisa que um curador espiritual pode oferecer, esta é a dádiva da verdadeira visão. Se você for capaz de olhar através da dor, da raiva, do medo e do comportamento autodestrutivo de uma pessoa e enxergar o anjo de luz em seu rosto, você lhe oferece algo muito precioso. Ao enxergar a essência verdadeira da pessoa, você invoca essa essência e a convida a se apresentar. Perceber o verdadeiro poder e a luz interior de um ser humano, mesmo quando eles não se mostram na superfície, é como chamá-lo por seu nome verdadeiro. Não há nada mais poderoso do que ser chamado por seu nome verdadeiro.
O que eu fiz, quando realizei as supostas curas milagrosas, durante a minha vida na Terra como Jesus, foi entrar em contato com a essência divina das pessoas. Quando eu enxergava e sentia a centelha divina em alguém, essa essência despertava e era ela que realizava a cura, não eu. A recordação da própria divindade é que restaurava a saúde mental e até mesmo física daquelas pessoas. Esses encontros nem sempre resultavam em cura, porque sempre dependiam do indivíduo abrir-se ou não para a cura. O milagre estava nas mãos do interessado, e isto é importante lembrar sempre que você trabalhar com pessoas com o propósito de cura.
Toda cura espiritual vem de dentro. Você não cura ninguém como trabalhador da luz. Você cria um espaço de abertura, de não-julgamento, que convida o outro a olhar para si mesmo de uma forma aberta e compassiva. Em vez de tentar resolver qualquer problema externo, você contata a alma do outro e mantém uma visão de confiança e clareza para ele. Esta é a forma de ser do trabalhador da luz. Você tenta devolver ao outro a sua própria grandeza, em vez de se concentrar na sua pequenez. Trabalhar com uma pessoa no nível da alma significa mostrar-lhe a responsabilidade que ela tem por sua própria vida. Se você fizer isto amorosamente e sem julgamento, a pessoa não vai sentir que essa responsabilidade seja um fardo; vai sentir que assumir a responsabilidade é libertador e que a ajuda a reassumir o seu poder pessoal. Ao acreditar realmente nos poderes criativos do outro, você espelha a própria força dele através dos seus olhos e palavras. Concentrando-se no que é inteiro e puro no outro, você reforça isso nele.
Você só pode fazer isso se acreditar verdadeiramente que é possível. Se, em algum nível, você duvidar que o outro seja capaz disso, confirmará o sentimento de fraqueza da pessoa, em vez de invocar sua força. Você é mais poderoso como curador quando confia plenamente na capacidade do outro de resolver seus próprios problemas e abandona qualquer idéia de que ele seja dependente de você. Talvez você sinta que devolver a responsabilidade para o outro desta forma significa abandoná-lo ou dizer-lhe que resolva suas questões por si mesmo. Entretanto, desfazer os laços de dependência não quer dizer que você não esteja mais à disposição do outro para ajudá-lo. Você continua lá, mantendo sua fé na verdadeira força e poder interior dele, encorajando-o a ultrapassar suas limitações auto-impostas e ser tudo que ele pode ser. Mas ele é que vai decidir o que fazer com o espaço de cura que você lhe oferece.
Sei que muitas vezes é difícil ver outras pessoas sofrerem, especialmente quando são seus entes queridos. Pode lhe parecer impossível parar de “ajudá-los”, se desapegar deles e pôr sua energia em outro lugar. Mas, por favor, pare por um instante e pense se você está realmente ajudando-os desse modo. Se eles dependem da sua energia de bondade e apoio para se sentirem bem, como poderão algum dia enfrentar a falta de bondade e apoio deles mesmos em relação a si próprios? No nível da alma, você pode estar reforçando a fraqueza deles em vez de despertar seu verdadeiro poder interior. Isto afeta a ambos negativamente.
Ser um trabalhador da luz ou curador espiritual significa procurar se conectar com os outros de alma para alma. No nível da alma, todos os seres humanos são iguais e ninguém está à frente de ninguém. Todos são centelhas da existência que vocês chamam de Deus. No nível humano, pode parecer que uma pessoa seja mais entendida, evoluída ou sábia do que outra. Mas, da perspectiva da alma, este tipo de julgamento torna-se obsoleto. Todas as almas estão viajando através do universo infinito e passam por vários ciclos de experiência e crescimento. Pode ser que você esteja ajudando alguém que está sofrendo de grave desequilíbrio emocional, devido às circunstâncias muito difíceis que encontrou na vida. Pode ser que, neste ponto do tempo, você seja aquele que está oferecendo ajuda. Mais tarde, porém, quando esse ser sofredor tiver recuperado sua força, ele pode se tornar seu professor e lhe mostrar sabedoria e compaixão tão profundas, que o surpreenderão.
Para oferecer cura espiritual ou ser um trabalhador da luz, é importante ter sempre em mente que você é igual aos outros no nível da alma. É essencial que você reconheça a sua própria humanidade e que você está realmente no mesmo barco que os outros. Você pode estar mantendo um espaço de luz e compaixão para alguém, mas isto não o torna diferente dele, no sentido de “ser superior” ou “estar acima” dele. Não se identifique com “ser um trabalhador da luz”. Se você se sente atraído para ajudar as pessoas a descobrirem o verdadeiro poder que existe dentro delas, siga sua paixão e faça o que você ama fazer.
O trabalho de luz pode tomar todos os tipos de formas; ele certamente não se limita a oferecer terapia. Geralmente, se você fizer o que realmente ama fazer, verá que inspirará os outros a fazer o mesmo. Ser uno com a centelha de Deus no seu coração o conduzirá naturalmente para o tipo certo de trabalho ou de relacionamento ou de lugar para morar. Viver a partir do coração é realmente muito simples. É se conectar com o desejo do seu coração, sua alegria verdadeira, e ousar agir de acordo com isso. É isto que o torna um trabalhador da luz, e não necessariamente o fato de “ajudar outras pessoas”. Porque, ao trazer para o mundo a canção exclusiva da sua alma, você inspira outras pessoas a também acreditarem em si mesmas e a trazerem o melhor de si para o planeta. A luz se irradia naturalmente para fora. Você não precisa se preocupar sobre como difundir a luz no mundo. Não tente ser bom e útil. Tente viver de acordo com sua natureza divina e única, e o mundo será um lugar melhor por causa disso.
© Pamela Kribbe 2011
Tradução de Vera Corrêa veracorrea46@ig.com.br -
Direitos Autorais Pamela Kribbe - A permissão é concedida para cópia e distribuição deste artigo na condição de que o endereço www.jeshua.net, esteja incluído como recurso e que ele seja distribuído livremente. E-mail: aurelia@jeshua.net
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