Mensagem de KRYON canalizada por Lee Carroll
Extraído do Livro I, OS TEMPOS FINAIS, 1991 E 1992
Capítulo 6 - Jesus Cristo
O Jesus metafísico
Este é um breve tratado sobre a visão metafísica de Jesus Cristo e, também, uma rápida abordagem às crenças dos metafísicos. Foi canalizado (oferecido com a responsabilidade do Espírito divino) no mais puro sentido do amor, pela Entidade Kryon. Esta foi a primeira canalização e está escrita desde a perspectiva do escritor que transmite a consciência de Kryon, ao contrário da canalização em directo, onde Kryon fala na primeira pessoa (tal como tem estado a ler até este momento). Não tem a intenção de convencer, defender ou fomentar nenhuma causa ou sistema de crenças. Se não concordar com os pensamentos que se seguem ou se sentir desconforto ao ler estes pontos de vista, deve abandonar a leitura e regressar àquilo
que é correcto para si. Se, no entanto, prosseguir, a informação poderá ser-lhe útil.
No mundo ocidental (conhecido como o «primeiro mundo»), que abrange todo o continente americano e a maior parte do europeu, Jesus Cristo é, porventura, um dos nomes mais conhecidos. Para muitos, o nome de Jesus representa uma tremenda alegria pessoal, e seria difícil falar dele ou analisar algum episódio sobre a sua vida sem despertar sentimentos e emoções muito fortes. Assim é, como convém que seja.
Quase todos nós, pertencentes ao mundo ocidental, ouvimos falar de Jesus a partir do momento em que atingimos a idade da compreensão. Quer sejamos cristãos ou não, conhecemos o nome de Jesus. O poema «Uma vida solitária» indica que nenhuma outra pessoa, que alguma vez tenha caminhado sobre a Terra, exerceu um impacto parecido ao que Jesus causou.
No mundo ocidental, o Natal é uma época do ano muito especial, que todos esperam com ansiedade. Se você é judeu ou pertence a qualquer outra religião não cristã, mesmo assim será afectado por esta quadra, pelo que quase toda a gente se sente como que bombardeado por ela. Isto faz do aniversário de Jesus o acontecimento mais especial e divulgado do ano.
Aos judeus ensina-se que o Messias ainda não chegou... embora vá chegar futuramente; aos cristãos assegura-se que ele não só esteve aqui, como «morreu pelos pecados do mundo»... e regressará para estabelecer uma ordem mundial especial.
Desgraçadamente, ao longo dos últimos 2000 anos surgiram centenas de seitas cristãs, todas elas com as suas próprias ideias acerca não só do que Jesus disse ou quis dizer, mas também sobre a forma como um Ser Humano deveria conduzir a sua vida para ser um verdadeiro crente. Regra geral, cada seita pensava que a sua própria doutrina era mais correcta do que todas as outras... e que já tivera a sua própria verificação espiritual, o que lhe permitia demonstrar as suas afirmações. Assim:
Algumas seitas puseram a sua tónica tanto na adoração da mãe de Jesus, como na dele mesmo; outras enfatizaram aquilo que, na sua opinião, eram segredos que somente os crentes poderiam conhecer, os quais só eram transmitidos numa cerimónia secreta, na presença de uns poucos eleitos.
Algumas seitas defendiam que, para se ser crente nelas, era preciso «assinar» um contrato, estabelecer um compromisso e unir-se a um grupo; para outras, porém, bastava aceitar, simplesmente, Jesus no coração.
Algumas entendiam que os profetas de há 2000 eram os únicos e verdadeiros, enquanto outras acreditavam que os profetas da Igreja continuavam a ser válidos.
Uma ou duas defendiam que devia de existir um líder cristão supremo; outras sustentavam que os líderes locais já eram suficientemente bons.
Algumas asseveravam que somente homens muito especiais (jamais mulheres) podiam comunicar-se com Jesus, e que uma pessoa comum, para chegar a Jesus, tinha que recorrer a esses seres «especiais», confessar-lhes o que tinha feito de mal; outras, bem pelo contrário, defendiam que qualquer um podia falar directamente com Jesus.
Algumas garantiam que somente meia dúzia de privilegiados, naturalmente pertencentes à sua seita, seriam eleitos para estar com Jesus, no final; outras, porém, calcularam em cerca de duzentas mil o número de almas que seriam escolhidas para o acompanhar..., novamente procedentes dos seus próprios seguidores.
Algumas pensaram que qualquer um que cresse no «caminho correcto» poderia ser bem sucedido... mas logo se apressavam a ditar, cuidadosamente, qual era esse «caminho correcto».
Algumas disseram que não se podia estar casado para se ser um sacerdote; outras disseram que isso não tinha qualquer importância.
Algumas garantiram que não se podia viver numa sociedade ocidental tendo algum dinheiro e sendo um líder espiritual; outras disseram que isso não tinha importância nenhuma.
Algumas insistiram que, para adorar Jesus, era fundamental acreditar que o nascimento dele fora um milagre (já que, de outro modo, ele não ouviria as suas orações); outras disseram que tal coisa era irrelevante, pois qualquer pessoa podia adorá-lo (já que Jesus ouvia toda a gente).
Muitos dos significados das Escrituras originais puderam ser verificados a partir dos Rolos do Mar Morto, descobertos recentemente. Estes textos fundamentais, no entanto, foram sequestrados durante mais de 50 anos, e o seu estudo só foi permitido a certos eruditos autorizados, pertencentes a um certo grupo, nomeado para o efeito. São poucos os homens que continuam a controlar quem pode analisar esses documentos (...o que será alterado brevemente, com algumas revelações assombrosas).
No passado, era habitual mostrar desacordo em relação a Jesus ao que se supunha que um Ser Humano deveria fazer com os ensinamentos dele. Porém, e quase sem excepção, todos acreditavam que Jesus fora a representação da essência do amor de Deus. Fora o Amor em si mesmo e tivera que vir à Terra de uma forma muito especial, como um indivíduo sobrenatural, para ensinar.
Ninguém que acreditasse que Jesus tinha estado aqui, descorou este aspecto. Não obstante, os detalhes acerca do que fazer com o conhecimento transmitido e a que grupo aderir foi algo tão intensamente debatido.
Realmente, muitas das chamadas «guerras santas» ou «religiosas» ocorreram em nome de Jesus, sendo que muitos inocentes morreram por se terem aliado aos chamados «não crentes». Inclusivamente, na actualidade, tem que se ter muito cuidado em certos países europeus, onde uma pessoa se vê confrontada com guardas que lhe perguntam a qual de duas seitas cristãs ela pertence. Fornecer a resposta errada pode dar mau resultado!
Explicar tudo isto a um visitante, acabado de chegar de outro planeta, poderia causar-lhe certo desconforto. (Na realidade, seria desagradável explicar fosse o que fosse a um visitante do espaço). Não é que estejamos a sugerir que viremos a ter a oportunidade de explicar isto a um visitante do espaço; apenas foi dito a título de exemplo. E, se esse viajante tivesse conhecimento da história da Terra, da sua cultura e dos acontecimentos actuais, até se tornaria difícil justificar a importância de Jesus. Porém, o dito visitante poderia dar uma ajuda sustentando que a grande maioria da população humana da Terra adora um ou dois indivíduos «sobrenaturais» diferentes, e que, apesar das muitas seitas instituídas, estão unidos no que toca à necessidade de adorar a Deus. Milhões de Seres Humanos reúnem-se para rezar em conjunto e darem graças a Deus; depois, continuam com as suas vidas, sem darem qualquer importância a Jesus.
A parte verdadeiramente embaraçosa para os seguidores de Jesus é que esses outros consideram o seu próprio sistema de crenças com uma seriedade altamente impressionante. Passe você um tempo na companhia de uma pessoa do Médio Oriente, do terceiro mundo, e compare quanto tempo dedica ao seu culto ou preste atenção aos sacrifícios que suporta. Conviva com uma pessoa asiática e observará o mesmo; depois passe um tempo com um crente cristão moderno, do primeiro mundo. A comparação levá-lo-ia a fazer perguntas bastante inquietantes acerca da fé.
É claro que se interrogar os dirigentes cristãos acerca disto, eles dirão que todos os outros estão enganados (quer dizer, a maioria da população da Terra). São «pagãos» e, dado não conhecerem Jesus, são uma espécie de «almas perdidas». Depende, pois, dos cristãos o levar-lhe a boa nova (sobre Jesus).
É ensinado aos cristãos que Deus escolheu Jesus para vir à Terra falar apenas a um grupo muito selectivo de europeus caucasianos, que viviam numa zona, conhecida actualmente como Médio Oriente. Em seguida, esse grupo (ou aqueles que, nesse grupo, acreditavam nele) assumiria a tarefa de levar os ensinamentos do Mestre aos 4 mil milhões de Seres Humanos que viriam a povoar a Terra, no período entretanto decorrido, antes de Jesus regressar!
O que é verdadeiramente irónico em tudo isto é que aqueles outros, que não «conhecem» Jesus, adoram os seus próprios indivíduos sobrenaturais... baseados em premissas muito similares às que os cristãos utilizam na sua própria adoração de Jesus! De facto (por muito incrível que pareça), algumas das «Escrituras» desses crentes pagãos são muito parecidas, nos seus ensinamentos, aos que surgem na Bíblia Sagrada. A maior parte do Sermão da Montanha e dos clássicos mandamentos do Antigo Testamento encontram-se claramente incluídos, no que toca aos seus fundamentos e intensidade, em todas as outras Escrituras do mundo.
Algumas delas parecem até que acabaram de ser extraídas das Escrituras cristãs. No entanto umas foram escritas muito antes da vinda de Jesus, e outras durante os anos que faltam da vida dele.
O mais estranho de tudo isto é o facto de os «outros» acreditarem que os seus Mestres também foram a representação da essência do amor de Deus; que também chegaram à Terra de forma milagrosa, como indivíduos sobrenaturais, para ensinar e realizar milagres, enquanto aqui estivessem (tal como os cristãos pensam em relação a Jesus). E, se esses «outros» forem questionados sobre este assunto, ficaremos a saber que, afinal, os cristãos é que são os pagãos e os «não crentes». (Tenha muito cuidado em não escrever um livro que esteja em desacordo com eles, porque podem dar-lhe caça e matá-lo)...
Por Ginaiá Brito
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