Uma mensagem de Caroline Myss
17 de Março de 2011.
A catástrofe apresenta o lado mais compassivo da humanidade, sem dúvida. Todos os olhos se voltam para a tempestade perfeita que paira sobre o Japão: não podemos ajudar, mas nos perguntamos: “Haverá algo que eu possa fazer?” Responder aos seres humanos que precisam, é apenas instintivo. Nós simplesmente temos que – está em nossa verdadeira natureza. As notícias estão agora concentradas na crescente ameaça de um desastre nuclear, o terceiro e talvez o mais devastador da trilogia de crises que atingiu o Japão. Após o terremoto de 9.0 e do tsunami, o subseqüente desastre nuclear ameaça fazer o dano mais destrutivo de todos. E assim, a mídia está destacando a questão nuclear e a crise em potencial que poderia ocorrer se um colapso em grande escala acontecesse. Está crise já tem sido chamada por alguns porta-vozes da mídia como a “pior”, deixando de lado Chernobyl. Dezenas de relatórios se concentram nas trágicas conseqüências para a população Japonesa, caso ocorresse este envenenamento por radiação. Quais são os sintomas, eles perguntam? E o que pode ser feito para tratá-los? E quanto tempo uma pessoa pode viver, se seriamente exposta?
Não se pode deixar de recordar que o Japão foi a única nação a sofrer um verdadeiro ataque nuclear, que culminou na II Guerra Mundial e agora é a nação que está enfrentando o pior acidente nuclear – uma ironia extraordinária. A verdadeira ironia, como eu a vejo, é como a mídia e o mundo estão respondendo à ameaça de um colapso nuclear e a todos os danos e destruição que isto trará, sem mencionar o tempo que este dano durará (bem mais do que um século, ou mais.)
Fico maravilhada ante o derramamento de compaixão pelas pessoas que enfrentam a possibilidade de um inferno nuclear, enquanto, ao mesmo tempo, vivemos em um mundo que acumula as suas armas nucleares – cada uma das quais iria fazer mais estragos incontáveis do que um reator nuclear. Eu me pergunto: “O que a nossa mídia diria se deixássemos uma de nossas armas voar em pessoas que declaramos como nossas inimigas?” Eles – e outros – então diriam: “Como podemos esperar que o nosso inimigo morra logo?” Então estaria tudo certo com a destruição, porque todas estas pessoas estão na lista dos “inimigos”? Quão INSANA é esta raça humana? A destruição nuclear SOMENTE é trágica quando é um acidente, mas NÃO quando DELIBERADAMENTE usamos armas nucleares? Será que somos assim tão insanos? Tudo o que temos a fazer é olharmos para a loucura e o caos colocados em movimento pelas explosões neste local Japonês de energia nuclear e então imaginarmos – apenas imaginarmos – que tipo de inferno nós desencadearíamos se usássemos todas estas terríveis armas nucleares que insistimos em ter, como um resultado de não sermos capazes de alcançarmos a paz?
Assim, aqui estamos – compassivos diante de um acidente nuclear, mas nós temos o que é preciso para usarmos este material, caso fôssemos provocados o suficiente por um inimigo. Há algo fundamentalmente errado com a nossa humanidade para até mesmo criarmos tais armas e pretendermos até usá-las? Quem no mundo destruiria o seu próprio planeta? Que tipo de espécie é assim tão insano? Somente os seres humanos.
Temos que ser capazes de sair da trágica experiência nuclear que está novamente atingindo a nação japonesa. Se já precisamos de uma razão para unirmos forças e gritarmos em voz alta: “SEM ARMAS NUCLEARES NESTE PLANETA, NEM AGORA E NEM NUNCA”, é agora. A natureza tem que abalar este planeta apenas um pouco, ou enviar uma onda, e Ela poderá deixar toda uma nação de joelhos. A Terra em que pisamos não é terra firme – ela é um ser em movimento, um ser vivo, que respira, que pode explodir com facilidade tanto sob uma usina nuclear, como sob uma grande cidade. Será que somos cegos – ou arrogantes – para não compreendermos a mensagem que tem a Mãe Natureza para alterar significativamente a economia de toda uma nação em menos de 15 minutos?
Os seres humanos têm que repensar o seu conceito de poder e o mais importante de tudo, com que tipo de poder eles estão realmente qualificados para lidar, uma vez que eles não têm noção do que envolve o Sagrado em seu trabalho. Se alguém fosse refletir verdadeira e profundamente sobre as questões da vida e da morte, do poder e do ritual, poderia perceber que somente um tolo mexeria indevidamente com a energia nuclear sem o auxílio de um guardião sagrado, de um xamã ou sacerdote. Eu me pergunto quantos destes “cientistas” tiveram a “presença de espírito” de pedir bênçãos e a graça da proteção em relação a estas usinas? Ou quantos deles poderiam sequer conceber o seu trabalho dentro do padrão de atos que requeiram a parceria com o Sagrado? Mas as pessoas que estão trabalhando no reino da “energia” estão fazendo apenas isto – eles estão trabalhando no domínio do sagrado, no domínio do invisível... no reino da energia, pensamentos, idéias.
Nós somos uma espécie cheia de paradoxos intermináveis, com certeza, e um deles é que estas tragédias em grande escala extraem o melhor de nós. Quanto maior a tragédia, mais nós nos relacionamos com a humanidade nas outras pessoas. Novamente, o paradoxo é que pode bem ser que esta perfeita tempestade de uma tragédia no Japão, trazida pelas forças da natureza, pode vir a inspirar a humanidade para compreender os danos nucleares que isto pode fazer. Mais uma vez, eis a mensagem que está vindo do povo Japonês, que tem mantido esta mensagem desde 1945, mas talvez em união com a voz da Mãe Natureza – devamos recebê-la novamente. E somente a Mãe Natureza poderia entregar um aviso como este. Nenhum ser humano poderia jamais levar uma mensagem desta magnitude à Terra.
Com Amor,
Caroline
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Tradução: Regina Drumond – reginamadrumond@yahoo.com.br
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