quarta-feira, 28 de julho de 2010

SNOW 29-06

Mensagem de 29 de junho
Publicada em 26 de julho de 2010
AUTRES DIMENSIONS


Eu sou Pluma Branca ou Snow.
Recebem o Amor de uma de suas Irmãs.

Irmãos e Irmãs presentes nesta assembléia, eu venho hoje, além mesmo da busca à qual eu os convidei, expressar certo número de elementos relativos à Terra e à natureza.

Os povos nativos, o meu, como tantos outros, sempre guardaram presente, em sua Consciência, a capacidade de perceber o Sopro da vida ou o Sopro do Grande Espírito.

Nós permanecemos próximos da Terra, por instinto e por intuição.
Porque nós sempre aceitamos que nossa vida nesse corpo era possível, de um lado, pela Terra, e de outro lado, pelo Sopro do Espírito e o sol.

Nós jamais procuramos outra coisa além desta harmonia.
Esta harmonia, certamente, não é, como o sabem, uma Verdade absoluta, mas, mesmo assim, na natureza as forças de Vida são muito mais facilmente captáveis e assimiláveis pela Consciência.

Hoje, a maioria dos seres humanos está cortada do Sopro do Grande Espírito na natureza, por seus modos de vida, por seu modo mesmo de encarar a Vida.

O dinheiro colocou, entre os homens, uma barreira e eu me explico: em minha tribo, como em todas as tribos e os povos nativos, quando você sonhava ou desejava algo que não tinha, era preciso propor outra coisa no lugar.

É a grande diferença, com relação ao que vocês chamam de compra ou de comércio e toda a diferença está aí, e ela é essencial.

Obviamente, não falaria do que jamais conheci, que vocês chamaram ainda de finanças, ilusão sobre ilusão.

Assim, portanto, quando um ser de meu povo queria algo, ele devia dar, no lugar, outra coisa.
Isso foi chamado de troca, que foi tão ridicularizada em suas sociedades.

Mas o importante não é a troca em si, era a intenção que estava por trás.

A saber, se eu queria, por exemplo, este bonito ornamento, esse belo animal, era necessário que eu fornecesse algo que era meu, algo que eu conhecia.

E, portanto, havia, nessa troca, uma relação que se estabelecia entre dois seres que trocavam e compartilhavam.
A relação era então direta.
Era um comércio equitativo e, sobretudo, pleno de sentido.

Então, hoje, vocês compram e compram, com algo que não foi criado ou que vocês não possuem.

O objeto que vocês cedem, na troca, é algo que lhes pertencia, que vocês cedem contra outro objeto.

Todas as sociedades tradicionais funcionam segundo esse princípio.
E aí está que o ocidental, desde algumas centenas de anos, não contente de ter criado, como pelas religiões, um intermediário na relação, além disso deram este intermediário todos os poderes sobre a relação.

Vocês perderam então o verdadeiro sentido da palavra comércio.

Então, certamente, àqueles de vocês que me responderiam que o valor de uma tenda não é o valor de um apartamento, eu responderia, certamente, a seus olhos, mas certamente não aos nossos.

E em nome de que o valor que vocês atribuem é mais real que aquele que nós atribuímos?

De fato, esse princípio de simplificação em todos os níveis, tornou tudo complexo.
A Vida se tornou algo que não é natural, porque é preciso ganhá-la.

É através dessas coisas muito simples, que são, para os povos nativos, tão evidentes, que vocês contribuíram, de algum modo, para manter e para desenvolver aspectos cada vez mais abstratos.

Nessa abstração, lhes parece que se desembaraçaram de certo número de obstáculos.

No início, quando tive a oportunidade de ver com meus olhos, por outro canal, quando compreendi que, ao invés de semear a Terra com suas fezes, vocês utilizavam da água limpa, não pude crer e, no entanto, era a Verdade.

Qual é o ser humano, no mundo ocidental, que tem consciência que ele polui a água ao invés de semear a Terra, deste modo?
Eu poderia multiplicar os exemplos ao infinito, mas meu objetivo não está aí.

Hoje, as coisas são profundamente diferentes com relação ao que vivi em minha última vida.
Simplesmente, vocês deverão retomar Consciência da pulsação da vida que existe na natureza, porque a natureza será seguramente sua maior ajuda no que vocês são chamados a viver.

Antes do retorno na Unidade, do Grande Espírito, vocês devem, eu diria, com urgência, domesticar de novo a natureza e se domesticarem de novo, a vocês mesmos, se reconectarem, em todos os sentidos do termo, com o pulso da Terra, o pulso dos vegetais, a vida dos animais.

Como o sabem, muito grandes entidades anunciaram a fase que vocês vivem como um período de dissolução de tudo o que não é natural, de tudo o que é artificial.

Assim como as frases muito conhecidas que foram pronunciadas pelas pessoas dos povos nativos, vocês chegaram a este extremo.

Quando lhes disseram que o dinheiro não se come, e fomos muitos a dizê-lo, olhavam-nos com olhos perplexos, dizendo-nos que não se tinha mais necessidade de ter alimentos sobre si, porque era suficiente sacar um bilhete para comprá-los.

Tínhamos verdadeiramente muita dificuldade para transmitir o que vivíamos.
Nós éramos então como todos os outros povos nativos: os selvagens que se opõem ao progresso, à evolução.

Em sua desmedida, o homem ocidental jamais viu que não era uma evolução, mas, bem mais, uma involução e uma degradação profunda de sua própria Consciência e de sua confiança e de sua orientação.

Vocês então, vocês todos, sem exceção (e mesmo nos povos nativos, em seguida, por avidez, por conveniência), foram cortados voluntariamente desta conexão à natureza, aos elementos.

Ora, na dissolução que vem a vocês, apenas isso restará.

A natureza é vida.
A natureza está bem mais próxima do que vocês chamam de Dimensão Superior que o ser humano.

Começando, já, pelo reino mineral que Vibra e que permite a própria coesão e a manutenção de certa dose de Sopro do Grande Espírito, sem o qual tudo seria apenas escuridão.

A vida, na natureza, está repleta de elementos, elementos que, seguramente, falam conosco.

Compreendam bem que o que falo não está ligado a uma visão que vocês chamariam de xamânica, mas bem além.
A natureza, em sua totalidade, é sinais e manifestações.

Eu lhes digo isso porque, no que vocês vivem hoje, o apoio o mais maravilhoso que vocês podem encontrar é, obviamente, vocês mesmos, em sua Dimensão Uma, interior.
Mas a natureza é uma grande ajuda para isso.

Vocês ali encontrarão reconforto, reconciliação, apaziguamento, o que jamais seus bilhetes ou seus plásticos poderão lhes trazer.

Os acontecimentos da Terra vão forçá-los a repensar, no pouco tempo que lhes resta nesse mundo, sua relação com esse mundo e com muitas coisas que vocês devem deixar para encontrar o Sopro do Grande Espírito e estar em acordo com ele.

Existem homens insensatos que não compreenderam mesmo que eles não podiam mais viver uma geração sem natureza.

Que digo eu uma geração?
Uma dezena de anos.

Como o sabem, alguns povos abandonam já a Terra: as abelhas, os golfinhos, as baleias.
Eles não abandonam a Terra para se salvar, mas eles abandonam a Terra para ir para a nova Terra.
Eles ali estão já, aqueles que devem ir.
Eles realizaram seu sonho.
Eles escaparam da ilusão e do sofrimento.

Nós sempre dissemos, como outros povos, que a vida é um sonho que se tornou um pesadelo.
É de fato possível, era de fato possível, mesmo no que vivo agora, em minha Consciência, com minhas Irmãs, que esse mundo era uma ilusão, mas uma ilusão que tinha sido ordenada, preparada, para a qual a vida podia se expressar e se religar ao Grande Espírito, antes que a Sombra chegasse.

A vida nesta dimensão pode ser mágica.

Muitos povos, irmãs das estrelas, vivem, aliás, em total liberdade, em comunhão com a natureza, nos mundos Unificados.

Em meio a todos os povos há necessidade de compreender o que é lógico, mas o problema vem que a necessidade de compreender veio substituir a necessidade de viver e a percepção da vida.

Não tendo mais esse sentido, o sentido não aparece mais, o significado, ainda menos.
É necessário portanto fazer intervir suposição, análise.

Eu intervenho essa noite para bem marcá-los no que é o mental e o que é a empatia.

Para bem fazê-los observar que o ocidente, como muitos povos nativos, infelizmente, escolheram o mental, o que vocês chamam de razão, de lógica.
E o drama é que o homem quer se apreender, com o mental, da vida e do sentido profundo da vida.
É um erro funesto que os leva a viver o que chamo, eu, de ruptura e a sede perpétua.

Vocês sabem essa palavra: «por que», «por que», «por que», «por que», que volta, mais ou menos conscientemente, durante o dia, esta injunção tão oposta à injunção da vida que é «Vida», «Vida», «Vida».

«Porque» não é a vida.
«Porque» é uma construção, que não é você e à qual vocês são identificados, tão identificados.

Certamente, sejam minhas Irmãs, sejam os Anciões, sejam os Arcanjos, nós transbordamos literalmente de amor por vocês.
Isso nada tem de excepcional, é normal.

E estamos entristecidos, não falo por vocês, em particular, neste espaço, mas pelo conjunto da humanidade, por ver que sempre e sempre, mesmo quando os sentidos da vida se instalam, para alguns de vocês, novamente, em seu Coração, a cabeça continua: «por que», «por que», «por que».

Será que a vida pergunta por que está viva?
Será que seu Coração pergunta por que ele bate?

Eu exprimo, com minhas palavras, certamente o que deveriam exprimir as formas de Consciência bem além da humana.

Vocês descobrirão que, hoje, se vocês querem ir para onde seu Coração quer conduzi-los, vocês devem redescobrir, com toda urgência, o que é a simplicidade.

A simplicidade não quer dizer sofrimento, ela quer dizer Alegria.
A Alegria só pode se instalar se vocês são simples.
Já em acordo com vocês mesmos, não com a cabeça que diz «por que», «por que», «por que», mas com o Sopro, esse Fogo que está em vocês.
Porque absolutamente tudo ali está, tudo, sem exceção.

Um dos grandes neófitos, pertencente mais ao ocidente que aos povos nativos, veio vê-los.
Não havia necessidade de vir nos ver, nós, porque sua mensagem nós a conhecemos desde o início dos tempos.
Ele veio lembrá-los, tentar ao menos lembrá-los, ele lhes disse que vocês deviam voltar a ser como crianças, maravilhadas pela vida, que não se preocupam nem com o amanhã nem com outra coisa que o que vivem, no instante em que vivem.

Mas, certamente, o mundo os levou em conceitos.

Ganhar a vida.
Como se se pudesse ganhar a vida, eis que a vida É, de qualquer modo.
Ela não tem necessidade de ser ganha.
Isso faz parte de crenças que falsificam ainda mais o pouco de vida que restou nesse mundo.

Era necessário, naquele momento, se proteger, eis que era preciso ganhar sua vida, da doença, da velhice e mesmo da morte, até ignorar o sentido e a função.

Até considerar que a morte não lhes concernia, que era algo tão distante que era indecente dela falar ou evocá-la.

Fizeram-nos então penetrar, com seu consentimento, em camadas muito mais pesadas, mesmo, que a armadilha inicial.
E vocês consentiram.
Nós consentimos.

Aquiescência à ilusão, aquiescência a uma maior falsidade, a tal ponto que alguns disseram que o homem era um lobo para o homem, e é a Verdade.

Então, sim, a natureza, contra ventos e marés, vive e prossegue seu papel.

O ser humano, entre os mais estúpidos entre eles, pensou mesmo em suprimir a natureza, suprimir as árvores, suprimir a vida.

Ali havia apenas essa palavra: negócios.

E, depois, negócio tornou-se negócio, como sempre (o negócio é a vida), enquanto é anti-vida.

As relações entre os seres se tornaram sem graça, não impregnadas de vida.

De fato, trocar um animal por um pulôver é trocar uma parte de si.
Comprar com uma peça, é anônimo.

Como vocês dizem, o dinheiro não tem cheiro.
O pulôver e o animal têm cheiro.
O cheiro daquele que o fez, daquele que o alimentou, que ali se investiu.
E, sobretudo, não há intermediário.

O que nos tem mais chocado, com a vinda do homem branco, é essa necessidade de se tranquilizar por ritos, por igrejas, eu creio, pelos tempos.
Como se o ser tivesse se tornado tão impuro que ele precisava outro ser se dizendo puro (mas, frequentemente, ainda mais impuro que ele mesmo) para entrar em contato com o Grande Espírito.

Mas o Grande Espírito está por toda parte.
Ele não pode ser fechado em nenhum lugar.

Então, sim, a natureza os restitui ao que vocês são, nesta dimensão, falsificada ou não.
Ela os restitui à Verdade.

A natureza é um inimigo, assim os ensinaram, assim vocês acreditaram.
A natureza, agora, apenas restituirá o que a humanidade abafou.
A natureza, nos tempos que lhes restam, se tornará cada vez mais seu salvo-conduto, seu meio de prover todas as suas necessidades.

É diferente voltar à natureza e em meio à natureza voluntariamente, do que esperar para ser forçado.
A natureza se abre a vocês, se vocês se abrem a ela.

Ela é paz, se vocês são paz.
Ela é violência, se vocês são violência.
Não há qualquer punição aí.
Há somente uma ressonância, somente uma evidência.

Na natureza não há “por que”.
Há somente evidência e a aceitação do Supro do Espírito que ali está.

A Terra é viva e a Terra não tem que aceitar e, aliás, ela não aceita, a visão deformada da vida.
A Terra vai se liberar, ela dá à luz.
Ela vai se liberar de certo número de forças que a forçaram a permanecer.
E se ela ali permaneceu, não é por ela, mas por vocês, para nós.

Vocês acreditam que, desde tanto e tanto tempo, a Terra não teve os meios de se liberar de todo parasita, de toda vida, em sua superfície?
Ela não o fez, por vocês.

Ela respeitou suas vidas até certo ponto, até o momento em que o Grande Espírito chegou, há quase 30 anos, e lhe disse: «agora é a hora, você deve se liberar».

A Terra bem que respondem ao Grande Espírito: «mas eu apoio muitas Consciências e vida, não posso, assim, mudar».

Então, o Grande Espírito disse à Terra: «eu a deixo viver ainda, o tempo que alguns homens despertem, que alguns homens aceitem reviver a verdadeira vida».

E a Terra esperou, pacientemente.

Ela suportou ver a natureza desfigurada.
Ela suportou ver seu éter poluído pelas ondas contrárias à vida.
Ela suportou tudo isso, por vocês, e unicamente por vocês.

O que lhes digo é a estrita Verdade.
Quem rende graças à Terra, quem agradece a Terra por ter esperado?
Quem se dá conta disso?

Os povos nativos, alguns Guardiões e Guardiãs da sabedoria.
Não todos, alguns.

Hoje, a Terra se libera e vai se liberar, inteiramente.
O momento chegou.
Ela lhes pergunta: «vocês querem fazer parte da vida, da nova vida?
Vocês querem se juntar a mim, à Unidade, às dimensões da liberdade?
Vocês querem ir também a outros planetas, outras dimensões?».

Para isso, é preciso mudar.
Para isso, é preciso parar: «por que», «por que», «por que».
E viver.
Viver.

Como em sua linguagem, vocês podem lhe dizer, saber é: ter a si mesmo.
O saber não é o conhecimento.

A mãe Terra dá.
Ela dá sem distinção.
Ela lhes deu tudo, apesar do constrangimento.
Vocês acreditam que a Terra pôde suportar tudo o que ela suportou se não tivesse, nela, um Amor imenso pelo conjunto de vidas que ela nutria?

Hoje, as coisas são diferentes, porque o momento chegou;

Então, sua busca, esta busca de vocês mesmos, os levará mais facilmente que vocês perceberão a vida da natureza, da Terra.
Porque, lembrem-se também que a Terra, em seus aspectos íntimos, em seu Coração, tem o cristal, a Fonte.

Hoje, esta busca de vocês mesmos deve se viver.
E viver é estar inteiramente imerso no Sopro do instante, no Sopro da Verdade.

Mas é a vocês que cabe viver a experiência de apreender o alcance, não com compreensão ou saber, mas com o Coração.

A Terra os levará para o mundo novo.
Ela conhece o caminho.
Ela conhece a estrada.
Aí também, dêem-lhe confiança.
Ela sabe qual povo ela deve levar primeiro, na nova dimensão.
Ela obedece à vida, ao Sopro.

Assim, a busca que vocês levaram, além do sentido pessoal, é um convite para se voltarem para o verdadeiro valor, que é a vida.

Certamente, a cabeça vai responder, ela responderá sempre, aliás: «eu devo ganhar minha vida, devo pagar isso ou aquilo. Eu devo.».

Mas quem disse?
As leis.
Quais leis?
Aquelas do homem ou aquelas da vida?
A Sociedade.
Qual sociedade?
Uma sociedade que fala de direito e que não lhes atribui nenhum.
Uma sociedade que fala de liberdade, enquanto vocês não têm nenhuma.
Onde está a liberdade?
Será que está no fato de comprar o que bem lhes parece, ou será que ela está no fato de viver?

Vocês vão viver em breve uma mudança de condições, uma mudança de vida, uma mudança de paradigma.

A chave, certamente, é o Coração.
Mas uma das chaves do Coração é a natureza.

Então, vocês me responderão: «eu não vivo na natureza».
Então, eu responderia: «é que você não sentiu a vida».

Certamente, assim que se fala de natureza, o humano civilizado vai compreender: perda de muitas coisas, perda da civilização.
E se eu dissesse que a Terra não se importa com suas sociedades, com suas civilizações?
Ela respeitou a vida que corre em vocês e nada mais.
A mulher sempre foi bem mais próxima da natureza que o homem, porque, inconscientemente, ela sabe o que é a vida e levar a vida.
O que faz a Terra.

Agora, não é mais tempo de voltar atrás e viver como os povos nativos, é muito tarde.
É simplesmente tempo de acolher, urgentemente, o Sopro, o Sopro e o batimento de sua própria vida, que vocês poderão reencontrar na natureza.

Dirijam-se à Terra, não para lhe pedir a cura das pragas que os homens lhe infligiram voluntariamente.
Isso a nada serve.
Mas, simplesmente, lhe dizendo que vocês querem entendê-la, rendendo-lhe graça pelo que ela é.

A Terra vai tomar uma importância essencial, a partir de agora, porque sua Consciência, para ela também, muda: ela se libera, como vocês.
Os seres que se liberam podem se compreender mais facilmente, porque vão já no mesmo sentido, com mais ou menos resistências, mais ou menos facilidade, mas vão no mesmo sentido.

O sonho da Terra vai se tornar sua Verdade.
Que vocês estejam sobre esta Terra ou em outro lugar, depois, vocês viverão no Coração.
Vocês assimilarão o papel da Terra, apesar da falsificação.
A Terra é o que há também em sua base, porque ela vem da Terra, não é?, mesmo se o homem transformou isso.

Como disse um dos filhos do Grande Espírito, vocês estão sobre esta Terra, sobre esse mundo, mais precisamente, mas vocês não são desse mundo.

Igualmente a Terra não é desse mundo.
Ela tolerou.
Ela esperou pacientemente a oportunidade de viver o que ela vive.

Então, sim, é preciso render graça ao céu, render graça aos guias, aos grandes seres que vêm vê-los, mas é preciso render graça, também, à Terra.

Ela jamais foi, voluntariamente, sua prisão.
Mas ela sempre tudo fez para que os filhos da Terra pudessem encontrar, em seu seio, consolação e vida.

Alguns seres fizeram, de maneira consciente, conscientemente, conscientemente destruíram as árvores, as florestas, a vida dos vegetais, dos animais.
Então, não é questão agora de desenvolver uma culpa que a nada serviria.
É simplesmente questão de se tornarem lúcidos e conscientes.

Lúcidos e conscientes, não quer dizer compreender e saber.
Lúcidos e conscientes quer dizer Ser.

Terem-se de pé.
Dentarem-se também, para sentir a Terra.
Pedir-lhe que os nutra, corpo, alma e Espírito.

Aí está, meus irmãos e Irmãs, o que tinha a lhes dizer.
Fui um pouco longa.

Se há respostas a trazer e eu possa trazê-las, então, eu as trarei de bom Coração.

Questão: como me lembrar de meus sonhos?

Cara irmã, estou mesmo ainda surpresa que você saiba o que é o sonho, porque, como vocês querem sonhar, dormindo fechados?

Você quer sonhar?
Então, durma sem obstáculos entre a Terra e o céu e você.
Reencontre o sono, fora.
Banhe-se dos raios da lua.
Recolha o raio da vida da Terra e, então, você percorrerá o espaço do sonho.

A maior parte dos sonhos que vocês vivem, fechados em suas casas, são bem insípidos, e apenas traduzem uma pequena fatia de vida.

Sonhar é possível, então, é preciso estar reconectado ao céu e à Terra.
Para isso, é preciso dormir sem uma estrutura acima de vocês e abaixo de vocês.
E o sonho se estabelecerá.

Não penso que haja muitos irmãos e Irmãs aqui que tenham pensado em dormir, como assim se chama, na bela estrela.
O sonho ali se encontra, eis que, instantaneamente, naquele momento, a Consciência indo para outros lugares, o espaço do sonho se abre, coisa que ele não pode fazer, ou então de maneira muito alterada, num espaço fechado.

Questão: como se pode o melhor possível render graça à Terra pelo que ela faz por nós?

Você pode acender um fogo, você pode cantar louvores.
O mais simples é ainda dar-lhe as palavras de seu Coração.
E vibrar por ela em seu Coração e dar-lhe esta Vibração.
Ela a tomará, ela a acolherá.
Simplesmente, muito pouco, no mundo ocidental, pensam.

Questão: para os Aborígenes Australianos, o sangue das regras das mulheres é importante?

Sim.
No sangue das mulheres, como no sangue da Terra, se esconde o mistério da criação.

Algumas tradições quiseram fazê-los crer que esse sangue era impuro, eu creio, no que vocês chamam de suas religiões monoteístas.
Obviamente, porque toda a magia da vida se esconde nesse sangue.
Mas eles sabiam o que faziam, privando-os desse sangue.

A tal ponto que, agora, não ocorreria a qualquer ser humano, no espírito, encarar esse sangue como puro e sagrado.

Certamente, certo número de poluições podem se eliminar nesse sangue, mas antes dessas poluições, o papel sagrado permanece.

Para além das tradições ou religiões monoteístas que os induziram nesta crença, o conjunto de povos da Terra, ditos primitivos, sabem e utilizam esse sangue sagrado.
Isso está tão distante, agora, do que é aceitável pelo homem civilizado, que não vale a pena ir mais longe.

Questão: os cantos ameríndios que ouvi durante sua intervenção são cantos de homenagem à Terra, em ressonância com sua Vibração?

Inteiramente.
Hoje, não cantarei, mas, em breve, eu lhes cantarei o canto da Terra.
Porque a Terra canta.
Ela canta verdadeiramente.

Assim como o cosmos canta, assim como as diferentes radiações cantam, cada uma, seu canto.
Assim como existe um canto em todas as partículas, a Terra, também, tem um canto.

Trata-se, portanto, certamente, do canto da Terra.
O cristal canta.
Mas, para ouvir esse canto, é preciso, certamente, estar na escuta.
E estar na escuta no Coração, e, portanto, no silêncio.

Questão: as estrelas, entre elas, cantam?

Sim.
Do mesmo modo que as árvores se comunicam entre elas pelos raios de Luz e pelos cantos.
A vida é canto.
Aliás, quando vocês conectam o Grande Espírito, em vocês, o som se faz ouvir.
São cantos.

Questão: na tradição ameríndia, que representa o lobo branco?

É o símbolo, como todo animal branco, de uma grande pureza.
É o símbolo também da renovação.

Assim, quando um animal branco aparece (para os Indianos, quando um visão branco nasce), anuncia grandes mudanças.
É a mesma coisa, em todas as partes sobre a Terra, para os povos religados.
O elefante branco, o urso branco, nas regiões onde não existe, quando aparece, assinala a renovação.
O lobo branco é a liberdade reencontrada.

Questão: a lua é uma Consciência à parte ou ela está incluída na Consciência da Terra?

Nem um, nem outro.
A lua não é uma criação natural.
A lua é uma embarcação criada do zero.

Questão: com qual intenção?

Remeter o fluxo e o refluxo e as forças gravitacionais.

Questão: qual é seu papel exato na dinâmica dos sonhos, eis que você preconizou dormir na bela estrela, portanto, a maior parte do tempo, sob a lua ou a irradiação da lua?

Não unicamente.
Antes de tudo, sob a irradiação das estrelas.
Mesmo se a lua possa, em alguns casos, e vocês o sabem, favorecer algumas visões, mas essas visões são apenas reflexos.

É aliás aconselhado evitar as noites de lua cheia para dormir fora.
Escolham antes, na bela estrela, um céu sem lua, onde as estrelas são mais brilhantes possível.

Questão: podem-se obter os cantos da Terra de que fala sob forma de gravação, isso já foi feito?

Isso foi feito, eu diria, em muito numerosos exemplares.
Segundo os povos índios, os cantos são muito diferentes, porque passam por um suporte para cantar a Terra.

Para alguns, eles cantam o ar.
Para outros, eles cantam a água ou as árvores.
Alguns cantam, podem cantar a Terra, inteiramente.

Algumas tribos foram mais centradas no canto da Terra, diretamente, eu diria.
Entre eles, os Lakotas, meu povo e, certamente, os Hopis.

Em meio a esses povos existem muitos cantos que cantam a Terra, diretamente.

Cabe-lhes fazer sua própria experiência.

Guardem, entretanto que, o que vão ouvir com seus ouvidos no que chamam de gravação, a mais autêntica e a mais pura que seja, não lhes retransmitirá jamais a cerimônia desse canto tal como é praticada na natureza.

Mas é, assim mesmo, uma aproximação.

Render graça à Terra, assim como foi pedido há pouco, pode se fazer cantando, vocês mesmos, esse canto espontâneo, aquele que sai de vocês, por exemplo, quando vocês cantam [vibram] de Alegria.

Questão: as cores do arco-íris têm um significado como os chacras no ser humano?

Qual relação, qual ressonância existe entre os chacras e o arco-íris se não é o elemento cor?
Mas a cor do arco-íris não é a cor de um chacra.

Questão: há uma ligação entre as cores do arco-íris e as funções específicas da Terra?

Quem agiria sobre a Terra?
Não, absolutamente não.

Questão: participei da criação de espaços de cura. Qual é sua contribuição?

A contribuição da intenção daquele que o criou.
Nada mais.

A própria Terra, sua natureza, é curadora.
Por que querer limitar?
O que é importante é a intenção.

A Terra tem vários espaços de cura, mas a Terra não tem necessidade de ser curada.
São vocês que têm necessidade de ser curados.

A Terra pode se curar de um dia para outro, sem qualquer ajuda exterior.

Questão: em sua tradição, a noção de sacrifício dos animais tinha um valor específico? Se sim, qual?

O sacrifício de um animal, como de uma árvore, particularmente em meio ao meu povo, era um ato maduramente reflexivo.
O sacrifício do animal é ligado a um agradecimento que oferecemos à Terra pelo alimento trazido.

Houve, certamente, tribos que sacrificaram animais com outros objetivos.
Mas, de uma maneira geral, o único sacrifício aceitável é aquele que permite de se nutrir.

Não temos mais perguntas, agradecemos.

Meus Irmãos e minhas Irmãs, terei talvez a oportunidade de voltar entre vocês.
O que quer que seja, Snow lhes transmite, agora, todo o Amor que este em meu Coração.

Compartilhamos essas informações em toda transparência.
Agradecemos de fazer o mesmo, se a divulgarem, reproduzindo integralmente o texto e citando a fonte:
Tradução - Célia G.

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